Por Larissa Feitosa, g1 Goiás


Gusttavo Lima no Jaguariúna Rodeo Festival — Foto: Antonio Trivelin/g1

A defesa do cantor Gusttavo Lima disse que recebeu “com muita tranquilidade e sentimento de justiça” a decisão que revogou, na tarde desta terça-feira (24), a prisão preventiva e a apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo do cantor. Equipe jurídica do cantor afirma que ele é inocente e não tem envolvimento com o suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas online.

“Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem”, afirmou a defesa.

A revogação da prisão do ‘embaixador’ foi decretada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Eduardo Guilliod Maranhão, que é relator do caso. A ordem tinha sido determinada há cerca de 24 horas pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife.

A equipe jurídica do cantor também afirmou que a relação de Gusttavo com as empresas investigadas “era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave” e que tudo relacionado a isso “foi feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes”.

Conforme os advogados do cantor, os contratos de Gusttavo com a Vai de Bet tinham “diversas cláusulas de compliance” e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso.

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Por que o cantor é investigado?

Dono e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do casal Gusttavo Lima e Andressa Suíte em festa na Grécia; Governador de Goiás Ronaldo Caiado aparece ao fundo — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conforme documento ao qual o g1 teve acesso, para embasar a ordem de prisão contra Gusttavo Lima, a juíza Andréa Calado da Cruz fala da "conivência" do artista com pessoas que eram consideradas foragidas da investigação em questão.

A magistrada, inclusive, cita a viagem que o cantor fez com o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, sócios da Vai de Bet, de Goiânia para a Grécia. Lá, ele celebrou os 35 anos em super iate avaliado em quase R$ 1 bilhão.

"Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Batista Lima e o casal investigado, realizando o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla tenham desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha", diz o documento.

O casal era considerado foragido, mas uma decisão também de Eduardo Guilliod Maranhão, na segunda-feira (23), acatou um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, e estendeu a concessão da liberdade para outros 17 presos na operação.

Conforme a Polícia Civil de Pernambuco, os suspeitos de integrar o esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais compraram duas aeronaves da Balada Eventos e Produções LTDA, empresa da qual Gusttavo Lima é dono. Os suspeitos também teriam viajado para fora do Brasil com uma terceira aeronave da Balada Eventos e Produções.

As investigações também revelam que a empresa de Gusttavo Lima é investigada por dissimular a propriedade da aeronave Cessna Aircraft, modelo 560 XLS, apreendida no dia 4 de setembro deste ano também em meio à Operação Integration.

Após a apreensão, o cantor usou as redes sociais para dizer que “não tem nada a ver” com o avião, alegando que ele foi vendido.

A Polícia Civil também afirma que as empresas de Gusttavo Lima receberam cerca de R$ 49,4 milhões da Esportes da Sorte e da Vai de Bet desde 2023.

Íntegra defesa Gusttavo Lima

A defesa do cantor Gusttavo Lima recebe com muita tranquilidade e sentimento de justiça a decisão proferida na tarde de hoje pelo Desembargador do TJPE Dr. Eduardo Guilliod Maranhão, que concedeu o habeas corpus.

A decisão da juíza de origem estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso.

A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC. Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso.

Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem.

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