MERCADO IMOBILIÁRIO

Por Jamyle Amoury*, G1 GO


Sistema de energia fotovoltaica implantada no edifício Talk Marista, em Goiânia — Foto: Divulgação

As instalações de sistemas tecnológicos em construções estão cada vez mais inovadoras e, ao mesmo tempo, colaboram com o meio ambiente e reduzem os custos das taxas de condomínio. Incorporadoras e construtoras de Goiânia afirmam que existem várias possibilidades que podem ser implantadas nos imóveis.

De acordo com o engenheiro Guilherme Pinheiro de Lima, diretor de uma incorporadora da capital, Goiás está em 8º lugar entre os estados que mais possuem sistemas de energia fotovoltaica. Goiânia, segundo ele, é a 9ª cidade do país com maior potência em placas instalada, cerca de 0,8% do consumo total de energia.

Guilherme completa que a utilização de placas solares que captam energia de forma renovável e sustentável está ente os itens mais requisitados nas novas construções. Ele afirma que está em construção um prédio que terá energia fotovoltaica instalada para atender 75% de toda área comum.

“As usinas podem ser pequenas, médias ou grandes. O custo e a economia vão depender da quantidade de placas que serão instaladas, além de outros tipos de materiais”, ressalta o diretor.

Engenheira de outra construtora, Lyvia Mendonça Queiroz cita mais exemplos de itens que já são utilizados em construções que colaboram com a economia dos moradores:

Na tubulação:

Instalação do drywall: é um sistema de vedação econômica e resistente. É uma vedação leve, o que se traduz em economia na estrutura e na fundação da edificação.

Na energia:

Sensores de presença nas escadas, na circulação de veículos e no hall de serviço, que mantêm as luzes apagadas caso não haja necessidade de iluminação, diminuindo assim o desperdício. Iluminação LED em alguns locais do empreendimento onde necessitam de iluminação na maior parte do dia.

No paisagismo:

Lyvia Mendonça cita como alternativa a criação de um projeto com plantas nativas da região onde será aplicado, necessitando, assim, de pouca irrigação, economizando água por estarem adaptadas ao clima e ao solo.

“Uma construção sustentável, tecnológica e econômica, acima de tudo, gera benefícios para os clientes e para toda sociedade. Conseguimos reduzir os resíduos gerados durante a construção, obtemos uma obra mais eficiente e levamos benefícios e conforto para os nossos clientes”, explica Lívia.

Edifício Eko Lifestyle EBM possui estrutura com jardim vertical, em Goiânia — Foto: Divulgação

Dificuldade para adaptar

Síndico há três anos em um condomínio localizado no Setor Bueno, Marcelo Arantes Carneiro lamenta que o prédio entregue há sete anos não tenha as placas fotovoltaicas para atender parte da área comum do prédio.

“Fizemos uma análise da viabilidade da implantação de energia solar e o grande entrave foi o alto custo da implementação, pouco espaço para colocarmos as placas solares e o posicionamento do nosso prédio”, explica o síndico.

Marcelo afirma que, se as construtoras entregassem os empreendimentos já com essas tecnologias em funcionamento, haveria um grande impacto na redução da taxa condominial. Ele acredita que as tecnologias como essas são fundamentais para projetos de edificações.

Segundo Fernando Razuk, vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), o valor baixo do condomínio ainda tende a valorizar o apartamento e facilita, inclusive, o aluguel dos imóveis. “Até quem compra para investir tem uma rentabilidade maior, pois, com o condomínio mais baixo, o aluguel pode ficar mais caro”, ressalta Razuk.

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