No Papo de Política desta semana, Natuza Nery e Julia Duailibi recebem Valdo Cruz para tratar das indicações de Augusto Aras para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República e de André Mendonça a uma vaga ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em comum, os dois nomes precisam ser aprovados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois pelo plenário do Senado. Nesta quinta (19), foi agendada a sabatina de Aras, mas a de Mendonça continua sem data. Quem decide se pauta ou não é o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está menos disposto a destravar esse calendário. Mas por que um nome avançou e o outro não?

Além de Alcolumbre não apoiar o nome de Mendonça, há uma mágoa com o Palácio do Planalto. Alcolumbre perdeu a influência sobre as verbas do governo que são transferidas a redutos eleitorais e também viu frustrada a sua expectativa de chefiar um ministério. A demora a pautar a sabatina de Mendonça é também uma maneira de “vender dificuldade para ganhar facilidade” com o governo federal, o responsável pela indicação.

Enquanto a sabatina não é agendada na CCJ do Senado, Mendonça tem tido conversas para tentar se viabilizar entre os senadores. Para alguns aliados, esse tempo é bom para dissociar a imagem dele com a de Bolsonaro.

Já o nome de Aras correu na frente e já tem data marcada para a sabatina por uma boa vontade, sobretudo do centrão, em garantir mais dois anos dele à frente da PGR.

O grupo político entende que Aras é um aliado, que ‘aguenta as pressões’.

Um bastidor sobre o Superior Tribunal de Justiça também lança luz sobre a relação do Judiciário com Bolsonaro. Há duas vagas abertas, que são preenchidas após o presidente da república escolher um nome da lista tríplice, feita pela própria corte. Contudo, o STJ não quer enviar a lista — uma estratégia para Bolsonaro não ter o poder de decidir os nomes.

Outro assunto do Papo de Política é o relatório que a Polícia Federal enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicando perfis nas redes sociais que ganham dinheiro disseminando fake News. O Papo de Política explica o financiamento dessa intrincada rede que de desinformação.

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