Trump: o TikTok tem lugar especial no meu coração
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (16), o presidente eleito Donald Trump creditou parte do seu bom desempenho entre os mais jovens na última eleição ao TikTok e disse que o aplicativo tem "lugar especial no seu coração".
“Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso”, disse o republicano.
Na mesma declaração, Trump afirma que irá avaliar a proibição do aplicativo no país, sinalizando uma posição distinta daquela conduzida pela administração de Joe Biden sobre a plataforma de vídeos curtos, que pertence a uma empresa chinesa.
Donald Trump em coletiva na Flórida — Foto: REUTERS/Brian Snyder
TikTok x Governo norte-americano: Relembre o caso
Em abril, o presidente americano Joe Biden sancionou um projeto de lei que ordena que o TikTok seja vendido para uma empresa de confiança dos EUA até dia 19 de janeiro de 2025, sob risco da plataforma ser proibida no país.
Esse prazo pode ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano e as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.
Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.
O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação.
A ByteDance, empresa chinesa que controla o TikTok, entrou com um pedido de bloqueio temporário da lei que exige a venda forçada do aplicativo. O pedido foi feito em caráter de emergência ao Tribunal de Apelações dos EUA para o Distrito de Colúmbia, nos EUA, na segunda-feira, 9 de dezembro.
Ele aconteceu após a ByteDance ter sofrido um revés na sexta-feira, 6 de dezembro, quando um painel de juízes do tribunal de apelações manteve a validade da lei.
Na apelação, a ByteDance diz que se a lei entrar em vigor, vai fechar “uma das plataformas de discurso mais populares do país — para seus mais de 170 milhões de usuários domésticos mensais na véspera da posse presidencial”.
Nesta segunda-feira (16), a ByteDance entrou com um recurso na Suprema Corte dos Estados Unidos, em um último esforço para evitar o banimento previsto pela legislação de abril.