Parque brasileiro tem um dos céus mais escuros do mundo; saiba qual é e veja imagens

O título foi conquistado graças aos estudos e eventos que o professor do clube de Astronomia e astrofísico Marcelo organiza com parceiros internacionais.

"A associação Dark Sky percebeu que, além de preservar os céus escuros, também era necessário considerar os efeitos nocivos da poluição luminosa sobre a fauna, a flora e os seres humanos. Tudo faz parte de um algo maior", conta o astrofísico e professor do Clube de Astronomia de Santa Maria Madalena, Marcelo de Oliveira Souza.

Cercado por montanhas, com condições climáticas que favorecem a ausência de nuvens e distante dos centros urbanos, o Desengano tem um dos melhores níveis de escuridão para a observação dos astros.

"Os parques certificados como Céu Escuro no mundo inteiro têm um valor de escuridão acima de 21.2. Nesta noite, os valores variaram entre 21.4 e 21.6, o que significa que estamos em um dos locais mais escuros possíveis do mundo", ressalta o astrônomo - URFJ, Daniel Mello.

A guia de turismo, Cristiana Rizzeto faz parte do Clube de Astronomia da cidade, no Norte Fluminense e descreve um dos principais privilégios de ter sido criada em Santa Maria Madalena:

"Desde criança, eu observo o céu e a gente conseguia ver constelações, estrelas, meteoros passando, estrelas cadentes. É algo muito lindo", diz.

A ligação com as estrelas está no coração e nos olhos do Igor Borgo. O astrofotógrafo registrou diversos pedaços do universo no Desengano (veja fotos abaixo).

"Virou uma paixão vir para cá fotografar o céu. Ter esse céu à disposição é um privilégio para poucos. É uma beleza que não cansa".

Ele destaca a essência do trabalho da astrofotografia:

"A gente pega pedaços do universo e leva para casa com a gente".

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