Por Globo Repórter


  • Há pelo menos dez anos, o laboratório da Embrapa Florestas em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, estuda o pinhão, a semente da araucária.

  • Os pesquisadores descobriram que cascas e sementes de araucária que não vingaram podem virar uma farinha com diversos benefícios à saúde.

Semente da araucária, pinhão pode ajudar no combate ao diabetes e à obesidade

Semente da araucária, pinhão pode ajudar no combate ao diabetes e à obesidade

Há pelo menos dez anos, o laboratório da Embrapa Florestas em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, estuda o pinhão, a semente da araucária. O principal foco do laboratório está na produção de alimentos.

Os pesquisadores descobriram que cascas e sementes de araucária que não vingaram podem virar uma farinha com diversos benefícios à saúde.

"A farinha do pinhão, a farinha integral, não contém glúten. Então, pode ser ingerida por indivíduos celíacos", explicou Cristiane Helm, pesquisadora da Embrapa Florestas.

Outros testes revelaram que uma dieta à base de pinhão pode auxiliar na diminuição da glicemia em indivíduos diabéticos. Além de auxiliar no controle da obesidade.

"Como ele tem muita fibra alimentar na farinha, esse produto também auxilia na perda de peso", afirmou.

Semente da araucária, pinhão pode ajudar no combate ao diabetes e à obesidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Com a faria, é possível fazer pães, bolos, bolachas e doces. A partir de outro estudo feito em parceria com a Universidade Federal do Paraná, o laboratório também produziu itens para a indústria de cosméticos, como sabonetes e máscaras faciais de extrato do pinhão.

Semente da araucária, pinhão pode ajudar no combate ao diabetes e à obesidade — Foto: Reprodução/TV Globo

O "pinheiro do Paraná"

Indígenas da reserva de Mangueirinha consideram pinheiro mais antigo da região

Indígenas da reserva de Mangueirinha consideram pinheiro mais antigo da região

Na época da colonização do Brasil, a área onde está o Paraná tinha a maior concentração de matas de araucárias do planeta: quase metade do território era coberta de pinheirais. Por isso mesmo, a árvore é conhecida pelo apelido de "pinheiro do Paraná".

A extração indiscriminada de sua madeira, reconhecida pela alta qualidade, fez com que a araucária quase desaparecesse. Hoje, pesquisas, leis e iniciativas tentam proteger o pinheiro. Mesmo assim, ela segue sendo uma das espécies mais ameaçadas da mata atlântica.

O Globo Repórter visitou indígenas da reserva de Mangueirinha, no Sudoeste do Estado, região que já foi considerada o maior maciço do araucárias do mundo, e presenciou uma cerimônia de canto ao redor do que eles consideram ser o pinheiro mais antigo da região. 800 famílias, das etnias Kaingang e Guarani, vivem na área.

Veja a íntegra do programa abaixo:

Edição de 26/04/2024

Edição de 26/04/2024

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