Sistema agroflorestal ajuda agricultores a ter receita o ano todo; entenda
O Globo Repórter desta sexta-feira (11) mostrou como agricultores em Tomé Açu utilizam sistemas agroflorestais para obter receitas ao longo do ano. O programa destaca que levou tempo até eles descobrirem a melhor forma de trabalhar nessas terras.
Em 1939, 43 famílias japonesas chegaram à cidade, mas a imigração desses pioneiros para um lugar tão distante e com o clima tão diferente foi um desafio. Eles começaram plantando pimenta-do-reino, mas a monocultura não deu certo, levando os agricultores a se reinventarem.
Observando a mata nativa - que os indígenas e os ribeirinhos já conheciam muito bem - eles começaram a testar uma forma de cultivo diferente: os sistemas agroflorestais.
Nesse tipo de cultivo, se uma árvore precisa de sombra, a mais alta cuida disso e assim vão dando frutos.
"Hoje nós temos pelo menos três a quatro culturas que é importante para que o agricultor tenha receita contínua. Cupuaçu produz por seis meses, de dezembro a junho, terminou, cacau começa a produzir, depois tem uma safra de pimenta do reino e fechamento com açaí. Então isso fecha durante 12 meses para que o agricultor tenha receita contínua por mês", destaca Alberto Oppa, presidente da cooperativa agrícola Camita Açu.
Cooperativa
Uma cooperativa agrícola mista de Tomé Açu, a CAMTA, por exemplo, diversifica sua produção, abrangendo culturas como pimenta-do-reino, cacau e produtos derivados de frutas, como polpa e sorbet.
Alberto Oppa, presidente da cooperativa, destacou como a comercialização se estende para outras regiões do país e até para o mercado internacional.
"O maior mercado nosso é o estado do Pará. Depois, Brasília, Maranhão e São Paulo [...] Para fora, o mercado japonês, europeu e o desafio do mercado americano", disse.
Veja a íntegra do programa abaixo:
Globo Repórter – Bioeconomia da Amazônia – 11/08/2023
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