Concreto e asfalto. Nas metrópoles, eles já foram símbolos de progresso, mas quem, hoje em dia, não quer a natureza logo ali, do lado de fora da janela de casa? Esta é Curitiba. A capital paranaense se orgulha de ter uma das maiores áreas verdes por habitante do país. Mas, para alguns moradores, só flores não bastam.
A farmacêutica Érika Matsuda passa os dias entre fórmulas e medicamentos. O marido dela, Ludger Tamaoki, é designer e trabalha numa grande agência de publicidade. Um típico casal de cidade grande. Mas nos fins de semana...
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Eles aproveitam um bonito dia de sol para o mais novo ofício da dupla: o de mini, micro produtores rurais. Érika e Ludger cultivam canteiros de uma horta comunitária, num clube de campo, na região metropolitana da capital paranaense. Eles e uma legião de associados do clube dividem os 433 canteiros da horta.
Quadras de têns, piscinas, campo de golfe. Nada disso. Para a turma da horta, diversão mesmo é ajoelhar-se no chão e botar a mão na terra. E é desde cedo. Perto de completar três anos, esta é uma das brincadeiras preferidas da pequena Lívia. A família dela é uma das mais assíduas. Do pequeno canteiro, saem todas as verduras da semana.
O projeto da horta é antigo, tem 25 anos. O clube cede o terreno, as mudas, as ferramentas e ainda ensina a plantar. Alguns associados participam desde o começo.
Com tanta gente animada pelos canteiros, o número de interessados só cresce. Hoje, são 250 pessoas na fila. E quem ganha um canteiro, comemora.