Edição do dia 18/12/2015

18/12/2015 23h44 - Atualizado em 19/12/2015 00h21

Brasileira ganha até R$ 600 por dia catando moluscos no mar de Portugal

A paranaense Darcília fica horas na lama debaixo do sol atrás das amêijoas, que são conhecidas como pequenos tesouros aquáticos.

O Estuário do Sado fica cerca de cem quilômetros ao sul de Lisboa, onde o rio Sado se encontra com o Oceano Atlântico. A região é considerada uma verdadeira maternidade das águas portuguesas. É ali que há a maior diversidade marítima de Portugal. A principal cidade do Estuário do Sado é Setúbal, famosa pelo mercado e sua variedade surpreendente de peixes e frutos do mar, todos muito frescos. O local atrai clientes de vários cantos do país.

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O chef Vitor sobral costuma vir de Lisboa para fazer compras no mercado de Setúbal. São tantas espécies exóticas que algumas chegam a assustar. A equipe do Globo Repórter desafiou o chef a mostrar uma maneira fácil e rápida de preparar um peixe. Uma pequena multidão se juntou para acompanhar o resultado. O segredo da cozinha é o produto fresco do mercado de Setúbal. Clique aqui para aprender a receita completa.

A maior parte dos produtos frescos vem do Estuário do Sado. Assim que o sol surge imponente no horizonte do rio, os pescadores já estão em ação. Eles buscam alguns tesouros da gastronomia portuguesa, como as amêijoas, um pequeno e valioso molusco. Dependendo da qualidade, o quilo pode custar o equivalente a R$ 40. E num dia normal, cada pescador volta para casa com cerca de dez a 15 quilos.

A paranaense Darcília Ferreira está nessa rotina há oito anos. Mas não é um trabalho fácil. É preciso ficar horas na lama debaixo do sol forte. Ela aprendeu catar as amêijoas com o namorado português.

Globo Repórter: E hoje você pode dizer que vive as custas da amêijoa?
Darcília Leite Ferreira, pescadora: Vivo. É meu ganha pão principal, a amêijoa, canivete, a ostra, tudo que vem da água.