Os maçaricos saem do Canadá, passam pelo leste dos Estados Unidos, descem até o Brasil e chegam nas reentrâncias maranhenses. Mais de 80 horas de voo direto. Ali eles encontram local propício para alimentação. É no lodo que os maçaricos buscam suas refeições. Microrganismos ricos em energia, tudo de que precisam para mais uma longa jornada.
Veja também:
Repórter José Raimundo escreve sobre o litoral do Maranhão
Veja os bastidores do programa 'reentrâncias maranhenses'
Aprenda a receita de pescada amarela e arroz de cuxá
Ilha do MA constrói casas 'móveis' para driblar movimento de dunas
População de ilha isolada no MA vive apenas das riquezas da natureza
Lenda da Ilha dos Lençóis diz que rei português vive embaixo das dunas
Já um brasileirinho - de penas muito cobiçadas - Fixou residência por ali e se multiplicou tingindo de vermelho o céu do paraíso: o guará não nasce vermelho. A plumagem vermelha ele só vai adquirir na idade adulta.
Ele nasce com as penas escuras. Meio cinzas, meio marrons. Só depois de um ano a plumagem começa a mudar. Mas como adquirem um vermelho tão intenso, tão bonito? Acreditem: vem da dieta de cada dia. Rica em caroteno.
O segredo que torna a ave tão encantadora e única na fauna brasileira se chama Maraconi. É o nome do caranguejo que enche a barriga dos guarás. E são tão abundantes que estão por toda parte nos mais de 300 quilômetros do manguezal.
Na lista do Ibama, os guarás-vermelhos estão entre os mais ameaçados de extinção.
E as aves chegam em bandos. Em belas revoadas. As copas das árvores do mangue são o
lar protegido caprichosamente pela natureza. Ela é quem manda neste recanto do Brasil.