Três histórias
Três histórias que não entraram na nossa entrevista. Tinha lido que o hobby do professor Fukuyama era fazer móveis americanos do século XVIII. Perguntei como ia a produção e ele, muito triste, disse que tinha vendido todo equipamento. A mulher e os filhos reclamavam muito do barulho e da serragem.
E por que móveis americanos do século XVIII?
“- Quando eu estava no Departamento de Estado, entrei na sala do secretário e vi aquele móveis magníficos. Como jamais teria dinheiro para comprar móveis antigos, decidi aprender a fazê-los. Quase toda mobília da minha casa é reprodução de móveis americanos do seculo XVIII.”
Outra historia foi sobre o Brasil. Ele contou que há três anos recebeu um convite de um Fukuyama de Sao Paulo para ir ao Brasil com tudo pago. O Fukuyama brasileiro disse que ambos eram da mesma região.
O encontro foi bom, mas não são parentes. Ambos os pais sairam do Japão na mesma época. Um foi para o Brasil e outro veio para cá, para os EUA.
Embora o pai de Francis Fukuyama tenha sido internado num campo de concetração na Califórnia durante a guerra, os Fukuyamas estão bem de vida . O brasileario “é dono de umas escolas que preparam alunos para vestibular”.
Enquanto o cinegrafista Mauricio Ramirez recolhia o material, o professor
Fukuyama teve uma longa conversa com outro colega e disse que está de mudança para a Califórnia.
No momento, ele é diretor do Programa de Desenvolvimento Internacional da Paul H. Nitze School, na Jonhs Hopkins University, em Washington. Ano que vem irá para Stanford.
Tudo lá é ótimo, menos a obrigação de dar aulas, disse ele ao colega, mas a família finalmente estará reunida num estado só.
por Lucas Mendes