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Larissa Behrendt e a causa aborígene

qua, 11/01/12
por Equipe Milênio |

 

 

Pelas estatísticas, eles representam entre um e dois por cento da população – pouco mais de 100 mil entre 22 milhôes de habitantes, e isso é um bom sinal:   há aproxidamente cinquenta anos, quando foram finalmente incluídos na contagem do censo,  sobravam não mais do que 40 mil dos 300 mil aborígines que os ingleses encontraram na Australia ao final do século XIX.  A visão que até então predominava na nova nação, construída como branca e européia, era a de que os indígenas desse lado do mundo eram um pedaço da pré-história que sobreviveu intacto no mundo moderno e estavam condenados à extinção: o melhor a fazer era deixá-los ir minguando aos poucos.

Muita coisa mudou a partir de então.  E a Australia chegou ao final do século XX pedindo sucessivas desculpas aos aborígenes pelo século e meio de massacre, de preconceito e de exploração da chamada geração roubada, em que dezenas de milhares de crianças indígenas foram sequestradas de suas famílias.

Mais uma década vencida, e o ativismo pela causa aborígene tornou-se o alvo de um dos principais prêmios nacionais.   É da procuradora e professora universitária Larissa Berendt o título de cidadão australiano do ano concedido pelo governo em 2011.  Larissa é filha de um aborígene com uma inglesa, autora de vários livros premiados, e uma defensora intransigente dos direitos dos primeiros habitantes da australia que, segundo ela, estão longe de serem reconhecidos.  É o que nos conta nesta entrevista em sua sala na Escola de Direito em Sydney

 

por Elizabeth Carvalho



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