qua, 23/04/14
por Equipe Milênio |
Benjamin Barber, ser urbano. Essa é a impressão que ele passa. Colocado em um cenário idílico, com passarinhos, barulho de riacho, ele provavelmente fica ansioso para voltar às ruas cheias de Nova York, onde nasceu, entre as sirenes e o caos do tráfego. Em lugar de se afligir, ele se alimenta do stress metropolitano. E quando busca uma sociedade melhor, não se remete a cenário utópico. Imagina isso no meio dos arranha-céus e das avenidas. Apaixonado pelo teatro, prefere mudança de roteiro ou de cenário, mas não de palco. Ele acredita que o mundo se tornou uma maquina ineficiente, rachada por divisões políticas e travada por abismos culturais e desigualdades econômicas. Vê como uma das soluções, um poder municipal exercido de forma pragmática, substituindo o modelo de poderes nacionais ideológicos, definidos pela burocracia e pela distribuição de favores políticos.
Nas ultimas décadas, Barber evoluiu de autor e ativista liberal para o que é hoje, um apóstolo da democracia sustentada por um pacto civil moderno. Ele é otimista, acha não só que a sociedade pode encontrar um modelo mais eficiente, mas acredita que a comunicação aperfeiçoa o ser humano e coletivamente, nós vamos conviver melhor , com menos radicalismo. Como entrevistado, Barber é o equivalente a um vendedor de rua de Nova York. Começa impaciente, sem apostar na transação. Mas quando vê interesse genuíno, investe, mostra o produto. É agradável observar o entusiasmo e a energia. Barber tem setenta e quatro anos, mas não carrega o peso das décadas vividas. Intelectualmente, parece ansioso para viver outro tanto.
por Luís Fernando Silva Pinto
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sex, 01/07/11
por Equipe Milênio |
Na segunda-feira, 4/7, no Milênio, uma entrevista exclusiva com um músico ativista que sai pedalando pelas ruas do mundo. Famoso nos anos oitenta como líder da banda Talking Heads, David Byrne conversou com Jorge Pontual no ateliê que tem em Nova York, em meio a trabalhos de arte e a bicicleta desmontável. Byrne acabou virando um ativista político do movimento mundial para tornar as cidades menos congestionadas e mais humanas através da construção de extensas redes de ciclovias. O ativista chega ao Brasil na próxima semana para participar da Festa Literária Internacional de Paraty. Não perca, no milênio, às 23h30.
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ter, 12/01/10
por Equipe Milênio |
O antropólogo e africanista Marc Augé conversa com a repórter Elizabeth Carvalho sobre o – cada vez mais veloz – mundo moderno e o espaço e o tempo das relações humanas nesse grande contexto.
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seg, 11/01/10
por Equipe Milênio |
fotogramas: Max Kikoler
O antropólogo e africanista Marc Augé é um observador da contemporaneidade. São dele as análises mais acuradas sobre a velocidade das transformações do mundo contemporâneo, que se refletem nas relações cada vez mais superficiais e efêmeras entre os seres humanos, principalmente nas grandes cidades.
Numa rápida passagem pelo Rio de Janeiro, Augé, o “antropólogo do tempo veloz”, explicou à repórter Elizabeth Carvalho quais os conceitos que criou para analisar a “sobremodernidade”, o aprisionamento do homem às redes modernas de comunicação, e os “não-lugares” e “não-espaços”.
Amigo do antropólogo Claude Lévi-Strauss, a quem presta homenagem pela morte em outubro de 2009, Marc Augé também é fundador do Centro de Antropologia dos Mundos Contemporâneos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.
por Alexandre dos Santos
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