A inserção do Brasil em um futuro verde
No próximo Milênio, a inserção brasileira em um futuro sustentável. Não perca a entrevista que Elizabeth Carvalho fez com o jornalista e ambientalista Washington Novaes. Segunda-feira, 30/04, às 23h30, na Globo News
O Código Florestal, que aguarda a sanção da presidente Dilma, trouxe à tona um debate sobre o limite da fronteira agrícola e a preservação da biodiversidade. Isso talvez seja uma das questões mais importantes para o futuro do Brasil, porque, de certa forma, demonstra o choque entre duas visões de desenvolvimento.
A primeira, ainda ligada ao uso infinito dos recursos e a necessidade de um crescimento econômico ilimitado, vê um país que precisa de mais terras para exportar e produzir. A pressão nesse sentido é enorme. Agrada a muitos dos que contribuíram para sermos, hoje, a sexta economia do mundo. A segunda defende a biodiversidade e uma economia que alie inovação, tecnologia e sustentabilidade. Enquanto o primeiro grupo enxerga terras, o segundo enxerga biomas e riqueza natural.
Essa reflexão acontece em um momento em que o mundo vem ao Brasil discutir clima, meioambiente e economia. A proposta da Rio+20 é avaliar os progressos feitos desde a Rio92, analisar as possibilidades de transição de uma “economia marrom” para uma “economia verde” e propor medidas de governança para a sustentabilidade. Há praticamente um consenso que precisamos ter uma outra relação com o meioambiente, por mais que ainda permaneçam divergências sobre a intensidade e a maneira com que as mudanças devem ser feitas.
Pensar a inserção brasileira nesse contexto “verde” torna-se imprescindível e, como Washington Novaes ressalta, “falta ao Brasil uma visão estratégica de si mesmo.” Como um país com quase 20% da biodiversidade do mundo não tem uma participação maior no mercado de patentes? Quais são os custos sociais do crescimento? Qual é o modelo de desenvolvimento que o Brasil deveria adotar? Saiba mais no Milênio de segunda-feira, dia 30/04, às 23h30, na Globo News.
por Rodrigo Bodstein