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A Irmandade Muçulmana e a política no Oriente Médio

sex, 30/08/13
por Equipe Milênio |
categoria Programas

 

 

A crise política no Egito joga luzes sobre uma das mais influentes organizações no mundo árabe: a Irmandade Muçulmana. Já foi chamada de “mãe de todos os movimentos islamistas”, aqueles de ação político-religiosa pelo mundo. Nem sempre seus militantes agem de forma pacífica, embora hoje existam grupos islâmicos bem mais violentos do que a Irmandade em ação pelo mundo. Como os salafistas no Egito, a Al-Qaida em suas variações locais.

Criada no Egito há 85 anos, a Irmandade inspirou a cópia de organizações parecidas em outros países árabes, todas reprimidas ao longo dos anos pelos regimes autoritários da região. Hamas, por exemplo, na faixa de Gaza, surgiu da Irmandade. Com seus líderes periodicamente presos ou executados, a Irmandade sobreviveu na clandestinidade em vários países. Realizou trabalhos de assistência em comunidades pobres, onde ganhou o respeito que iria ajudá-la a ganhar votos, depois das revoltas populares conhecidas como Primavera Árabe.

Chegou ao poder no Egito, com maioria no Parlamento e presidência em mãos de seu ex-líder Mohamed Morsi. Até que um golpe militar afastou do poder o presidente e a Irmandade. Continua no poder na Tunísia, onde quem assumiu após rebelião popular foi a co-irmã An-Nahda. E na Líbia ainda em transição, a Irmandade tem considerável influência no governo provisório. Como tem entre as variadas forças de oposição em luta contra o regime de Bashar Assad na Síria. Para entender melhor essa organização tão influente na nova dinâmica do Oriente Médio, o Milênio procurou em Kent, perto de Londres, Alison Pargeter, autora de livro recém-atualizado sobre a Irmandade Muçulmana.

por Silio Boccanera

Uma marcha em andamento

sex, 30/08/13
por Equipe Milênio |
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Há 50 anos, em agosto de 1963, o reverendo Martin Luther King liderou a histórica marcha a Washington do movimento dos direitos civis. Diante do memorial ao presidente Lincoln, que  100 anos antes libertara os escravos nos Estados Unidos, Martin Luther King fez o que muitos consideram um dos discursos de maior impacto do século XX: “Eu tenho um sonho”, disse o líder dos negros americanos. Era o sonho da igualdade e da integração racial.

Hoje, o presidente do país é um negro, a segregação racial perdeu legitimidade, as principais estrelas do entrenimento e do esporte são negros, e muitos deles fazem parte da classe média. Ao mesmo tempo, persistem a pobreza e a falta de acesso a educação de qualidade, para uma grande faixa da população negra.

Para entender o que ainda impede que o sonho de Martin Luther King seja plenamente realizado, o Milênio foi à Universidade Harvard, onde o historiador Louis Gates Jr. dirige o centro de estudos afro-americanos. Intelectual renomado, Gates se especializou no estudo da diáspora africana no mundo, e por isso conhece bem a cultura negra do Brasil. Ele nos recebeu no centro W.E.B. Du Bois, nome do fundador dos estudos afro-americanos nos Estados Unidos.

por Jorge Pontual



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