Formulário de Busca

O segredo é o inimigo da verdade

qui, 27/09/12
por Equipe Milênio |

 

 

Desde a entrevista ao Milênio, Mary Robinson prossegue em viagens pelo mundo e continua a incomodar os acomodados. O exemplo mais recente do ativismo dela se deu na África do Sul, onde desancou o partido no comando do país, o Conselho Nacional Africano, que teve em Nelson Mandela seu líder histórico reverenciado até hoje. Só que, em tempos recentes, o grupo político sul-africano, no poder desde 1994, dá sinais de perda de rumo, em meio a casos de corrupção e planos de criar leis para reprimir os críticos, em nome da segurança nacional.

Robinson aproveitou justamente um evento em Joanesburgo em homenagem a Mandela para denunciar que a “autoridade moral do CNA tinha sofrido erosão” devido a uma série de denúncias de corrupção. Ela exortou o partido a abandonar um projeto de lei repressivo sobre segredos oficiais, visto como ameaça à liberdade de imprensa. E indicou que os líderes deviam dedicar mais esforço a combater pobreza e desigualdade no país, “questões que precisam ser enfrentadas se a democracia tão longamente buscada na África do Sul for passar às próximas gerações”.

Mandela, com 94 anos e saúde frágil, não foi à homenagem que incluiu a apresentação de Robinson, mas seus assessores não escondem que ele concorda com muitas das críticas da ex-presidente da Irlanda e ex-comissária de direitos humanos da ONU. Aos mais próximos, Mandela se diz insatisfeito com algumas tendências do partido que ele ajudou a desenvolver na luta contra o regime racista do apartheid. De público, porém, ele tende a conter suas críticas, na expectativa de que uma reforma interna corrija os desvios que Robinson apontou.

“Se vocês aprovarem uma lei que esconde as ações do estado, que interfere com a liberdade da imprensa em investigar corrupção, isso vai bloquear os esforços dos que têm denúncias a fazer, e assim provocarão um aumento nos níveis de corrupção no futuro”. Segundo Robinson, “o interesse público exige a verdade básica, com transparência e cobrança ao governo”. E conclui com a afirmação que ecoa muito além da África do Sul: “O segredo é o inimigo da verdade”.

por Silio Boccanera

Segurança alimentar em um mundo em expansão

sex, 21/09/12
por rodrigo.bodstein |

 

No próximo Milênio, Silio Boccanera conversa com Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda e integrante do grupo The Elders, sobre a relação entre direitos humanos, produção de alimentos e os rumos do planeta nos próximos quarenta anos. Segunda-feira, 23h30, na Globo News.

Precisamos aumentar em pelo menos 70% a produção de alimentos até 2050. Essa frase se tornou quase um mantra depois que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançou o alerta em 2009, mas a preocupação não é nova. A relação entre o crescimento populacional e alimentos tem sido discutida desde a Revolução Industrial, época em que Thomas Malthus, ao observar o crescimento demográfico no Reino Unido e as tecnologias agrícolas daquele momento, concluiu que o ritmo dos dois era incompatível.

Talvez tenha sido inimaginável para ele conceber um planeta com 7 bilhões de pessoas. Mas, durante o século XX, o desenvolvimento do agronegócio, a indústria de fertilizantes, máquinas cada vez mais potentes e a capacidade de produzir independente das limitações do clima e do terreno transformaram o campo. O problema, agora, não é tanto de quantidade, mas de eficiência, porque, por mais que a produção tenha aumentado, “mais de um bilhão de pessoas – aproximadamente um sétimo do planeta – acordam famintas todos os dias“, como lembra Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda e integrante do grupo The Elders.

Os desafios para tornar a produção sustentável são enormes. Para produzir as toneladas de cereais e outras tantas de carne precisamos usar quantidades absurdas de água. A química desgasta o solo e, para acomodar os cultivos, florestas são desmatadas. Além disso, mudanças climáticas estão alterando o regime das colheitas, a produção de biocombustíveis compete com a de alimentos e o foco na produção de cereais – como milho, arroz, trigo e soja – afetou outros cultivos. As sementes transgênicas – promessa de colheita perene – viraram objeto de disputas por direitos de propriedade intelectual e encareceram muito a produção, dificultando a manutenção dos pequenos produtores locais. A dependência de uma logística de entrega criou desertos alimentícios. Para completar o cenário, a FAO, no relatório Global Food Losses and Food Waste de 2011, alertou para o desperdício de quase um terço do que é produzido para consumo.

Como equacionar os esforços para combater a mudança climática e disponibilizar alimentos em quantidade e qualidade suficientes para uma população que continua a aumentar? Qual é a importância dos pequenos produtores para transformar essa realidade? Por mais que o assunto seja pouco abordado em nosso dia-a-dia, discutir segurança alimentar passa por áreas tão diversas e essenciais quanto meio ambiente, direitos humanos, economia, política e tecnologia e é crucial para o rumo da humanidade nos próximos 40 anos. Saiba mais na entrevista que Silio Boccanera fez com Mary Robinson. Na próxima segunda-feira, 23h30, no Milênio.

por Rodrigo Bodstein

A raiz de todas as crises

sex, 14/09/12
por rodrigo.bodstein |

 

No próximo Milênio, Kenneth Rogoff, que pesquisou mais de oito séculos de crises econômicas, discute as perspectivas para a Europa e para a China, a situação do Brasil e o que motivou tantos desastres ao longo da história. Segunda-feira, 23h30, na Globo News.

O colapso da União Soviética criou uma euforia, principalmente no Ocidente, de que teria acontecido uma vitória. O fim da Guerra Fria anunciava um tempo unipolar em que os Estados Unidos eram a superpotência, o neoliberalismo era o caminho a ser seguido e as finanças se globalizavam. Quase simbolicamente, o primeiro McDonald´s abria as portas em Moscou e uma fila enorme aguardava a novidade. Era o triunfo do livre mercado e, para alguns, o fim da história.

Quase duas décadas depois, é evidente que aquele momento era só o começo e que vitória talvez tenha sido exagero. Ainda na década de 1990, com a formação da União Europeia e o aumento do número de blocos regionais ou temáticos, a unipolaridade deixa de ser a regra e o mundo torna-se multipolar. Com o multilateralismo e as negociações em vários níveis, a diplomacia ganhou nova importância e países, antes considerados da periferia, conseguiam, juntos, provocar mudanças nas regras do sistema. Enquanto potências médias e lideranças regionais, como o Brasil, viraram players globais, outras, como a China, reivindicam seu antigo status de potência mundial.

O cenário na economia também mudou. A promessa de prosperidade e de lucros astronômicos acabou rápido. Em 1994, veio a crise econômica mexicana. Em 1997, a crise asiática. Em 1998, a Russa. O termo contágio virou um mantra e o Brasil conseguiu resistir aos ataques especulativos no início de 1999. Em 2000, recessão. Em 2001, a crise Argentina e a bolha das empresas virtuais. Em 2007-2008, começa a crise financeira atual.

A crise de dois mil e oito, inicialmente vista como uma breve recessão, mostrou que o risco de confiar cegamente nos mercados é muito maior do que se acreditava. Gradualmente, os principais centros econômicos do mundo foram afetados. Na Zona do Euro, a dificuldade dos países de pagarem as dívidas ameaça a sobrevivência da moeda comum. Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos enfrentam uma situação delicada. A recuperação econômica é anêmica e o desemprego continua alto. E, em todo o planeta, as projeções de crescimento dos países emergentes caem a cada estimativa.

Segundo o economista Kenneth Rogoff, por mais que crises econômicas não sejam algo novo, essa não é como as anteriores e “se a Grande Recessão fosse um resfriado, atualmente passamos por uma pneumonia“. Rogoff estudou mais de oito séculos de crises e mapeou cuidadosamente o comportamento errático da evolução econômica. Em sua pesquisa, por mais que sistemas legais, financeiros e comerciais tenham mudado, alguns elementos permaneceram constantes: a arrogância e a ignorância daqueles que criam uma euforia em torno de um momento que parece estar dando certo. Não perca o Milênio da próxima segunda-feira, às 23h30, na Globo News.

por Rodrigo Bodstein

O preço do livre mercado

qua, 12/09/12
por Equipe Milênio |

 

Ha-Joon Chang acabou trocando nosso encontro marcado no escritório na Universidade de Cambridge, onde dá aulas na Faculdade de Economia, para a casa alugada, antiga, de 200 anos, onde mora com a família, num subúrbio da cidade onde há várias construções com mais de mil anos. A própria universidade é do século XIII. Em casa, à parte as aulas de piano dos filhos, ele tem o sossego para pesquisar questões de economia internacional, assunto que o interessa mais, com um foco particular em política industrial, intervenção do estado, protecionismo.

É a favor dessas práticas, o que o põe em confronto com a vasta maioria dos economistas tradicionais ou ortodoxos, favoráveis ao chamado comércio livre. Que Chang considera nada livre, pois acusa essa prática de estar amarrada por uma série de truques criados ao longo do tempo pelos países ricos, afim de proteger seus mercados de forma escancarada ou disfarçada, enquanto pregam abertura total para os outros, seus concorrentes. Como exemplo, ele cita que o maior defensor de mercados abertos, os Estados Unidos, são os maiores praticantes de política industrial e protecionismo.

E todos os países ricos, insiste Chang, desde o Reino Unido, onde ele mora e trabalha hoje, à Coréia do Sul, onde ele nasceu e se criou, praticaram ou praticam protecionismo na caminhada para o topo. Quando chegam lá em cima, diz ele, se opõem a que outros subam os mesmos degraus. Essa metáfora gerou o título de seu livro de maior sucesso comercial: “Derrubando a Escada”, que tem edição brasileira.

Um livro mais recente - tem cerca de um ano – segue pelo mesmo caminho de sucesso, com o título curioso de “23 Coisas Que Não Nos Contam Sobre o Capitalismo”, também a ser lançado no Brasil em breve, com críticas severas ao que ele chama de obsessão com conceitos de mercado livre, que ele insiste nada tem de livre. Chang está em demanda permanente de entrevistas pela mídia internacional e de conferências pelo mundo. Só este ano, já foi ao Brasil duas vezes – a mais recente para as comemorações de 60 anos do BNDES, justamente a instituição brasileira que financia projetos de política industrial e aonde ele tem amigos, colegas e admiradores.

Seus quase 30 anos de estudos, trabalho e vida no Reino Unido o tornaram bem articulado na explicação de suas ideias em inglês, embora ainda não tenham eliminado por completo o sotaque de quem passou os primeiros anos na Coreia do Sul, onde nasceu em 1963. Foi justamente na década em que o país devastado pela guerra com o Norte, dez anos antes, começou a sair da pobreza (tinha indicadores piores do que o Brasil) e deslanchou um processo de desenvolvimento – com uso de muita política industrial -, a ponto de ter se tornado uma das nações ricas do mundo, com uma renda per capita duas vezes maior que a brasileira.

Na entrevista, ele nos dá sua versão de porque a Coreia avançou mais que o Brasil e produz hoje carros com design, tecnologia e marcas próprias (Hyundai, por exemplo), além de produtos eletrônicos high-tech (como da Samsung). Chang lembra que o Brasil fez o mesmo com a Embraer e a Petrobras, criando tecnologia própria, com apoio do estado, mas deveria ter feito também em outros setores da indústria.

Curiosamente, diz ele, os últimos anos viram os sulcoreanos se transformarem em povo “desesperadamente infeliz”, o que ele garante não ser uma tradição cultural (“nunca fomos efusivos iguais a vocês brasileiros, mas também não éramos tristes como os japoneses) e sim resultado de transformações econômicas que criaram desemprego, medo, insegurança, alta competitividade, depressão e suicídios em números recordes. Na entrevista ao Milênio, ele explica.

 

por Silio Boccanera

 

O equilíbrio entre Estado e economia

seg, 10/09/12
por rodrigo.bodstein |
categoria Programas

 

É possível um equilíbrio entre protecionismo e desenvolvimento? Não perca a entrevista que Silio Boccanera fez com o economista sul-coreano Ha-Joon Chang. Segunda-feira, 23h30, no Milênio.

 

As diferentes interpretações sobre como deve ser a relação entre Estado e economia dividem esquerda, direita e qualquer grupo que tente discutir como melhorar um país ou como organizar a vida em sociedade. Dependendo das circunstâncias, a balança pende para um lado ou para o outro.

Na época em que o Estado predomina, surgem políticas industrialistas, aparece o discurso em prol do Estado de bem-estar social, aumenta a pressão por empresas públicas e, de certa maneira, o Estado se torna o motor da economia. Quando o mercado ganha força, o foco é em ganhos de curto-prazo, a solução dos problemas econômicos passa por reduzir o peso da burocracia, defende-se uma economia aberta e igualdade de oportunidades, dado que a pessoa consiga, por meios próprios, ter a condição de usufruir dessas oportunidades.

Do início da década de 1990 até a crise de 2008, o consenso era que o neoliberalismo deveria o caminho a ser seguido, mesmo que tenham ocorrido alguns acidentes de percurso no México, na Rússia, na Tailândia, no Brasil e na Argentina. A percepção mudou quando a crise atingiu os principais centros financeiros. Algo parecia estar errado com a mão invisível.

Isso se deve, em parte, à predominância e à eficiência quase assustadoras do mercado financeiro combinado com o capitalismo acionário, que fragmentam, aceleram e multiplicam exponencialmente o volume de dinheiro que circula no planeta, enquanto o desemprego aumenta, as aposentadorias – pelas quais as pesosas dedicaram horas de sua vida produtiva – evaporam e a insegurança toma conta do dia-a-dia. O custo social, em alguns países, pode ser alto demais.

Na Coreia do Sul, as taxas de suicídio subiram consideravelmente. Na Grécia, na Irlanda e na Itália, o cenário é parecido. Segundo o economista Ha-Joon Chang, o modelo econômico atual “considera que os seres humanos são como qualquer outra commodity (…) se colocarmos mais pressão, eles produzirão mais” e afirma que “a doutrina de livre mercado falhou, mas muitas pessoas não tem conhecimento disso porque a economia de livre mercado é a ideologia reinante do nosso tempo, algo como o papel que a Igreja Católica tinha na Europa Medieval.

A doutrina de livre mercado não só cria distorções na vida econômica, como essa percepção duvidosa sobre o ser humano, mas também, ao defender a subordinação do Estado à economia, cria ilusão de que há uma competição entre iguais e que a “seleção econômica natural” indicaria o melhor caminho. O problema, segundo Chang, é que esse rumo natural tenderia a manter o status quo e a desigualdade existente entre os países no momento em que a regra foi estabelecida, “chutando a escada” para aqueles que querem se desenvolver.

Pensar a relação entre o Estado e a economia é uma das questões mais importantes do nosso tempo. Saiba mais no próximo Milênio com o economista Ha-Joon Chang. Segunda-feira, 23h30, na Globo News.

por Rodrigo Bodstein

Miragens Socialistas

sex, 07/09/12
por Equipe Milênio |

 

 

Com 6 anos Richard Sennett aprendeu a tocar o violoncelo, aos 8 compunha e, aos 13, dava concertos. Pintava um Mozart do século XX mas a carreira de músico foi interrompida por uma doença na mão e uma cirurgia desastrosa. Descendente de imigrantes russos, Richard é filho de pais comunistas de carteirinha. O pai e um tio lutaram na guerra civil espanhola, primeiro contra os franquistas e, depois, contra os comunistas. Richard ainda era criança quando o pai abandonou a família e voltou para a Espanha. O garoto cresceu com a mãe num conjunto habitacional pobre de Chicago, o Cabrini Green, onde a grande maioria era negra e a convivência com os brancos era difícil. As lições apreendidas no gueto mais tarde serviriam para ensinar seus alunos e leitores.

Sem a música, Richard entrou no mundo acadêmico, se tornou um escritor e criou um vasto universo literário com mais de uma dúzia de livros que, sem perder o faro e vigor, passam de uma receita culinária a uma receita sociológica, atravessam séculos e continentes em conexões preciosas entre o passado, o presente e o futuro. Estudou história em Harvard, urbanismo na MIT, deu aulas na London School of Economics e dirigiu um centro de estudos humanísticos na New York University. Enfim, passou pela fina flor universitária. Nos últimos anos, tem vivido entre Londres e Nova York mas a intimidade com Paris inspirou uma de suas três ficções, “Palais Royale”, que, segundo ele, é a unica que presta e aconselha “não perca tempo com os outros dois”. Não vou perder.

Estivemos juntos ontem a tarde, em Manhattan, durante uma entrevista para o programa Milenio. Ele estava decepcionado porque, por motivos médicos, teve de cancelar a viagem dele para a feira literária de Paraty. Não me deixou falar mal de São Paulo, é um admirador de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. O Brasil é umas das grandes esperanças dele para um sistema socialista que vislumbra para um futuro próximo. Países europeus também estão nesta visão de Sennett, mas os Estados Unidos do Tea Party e da direita raivosa estão fora.

Ele me disse que nao quer se gabar mas, quando estava no fórum econômico de Davos, na Suíça, em 1998, teve uma visão da crise de 2008. Surgiu das conversas com banqueiros e investidores que falavam
em bilhões, bilhões e mais bilhões com assombrosa leviandade. A única preocupação deles era multiplicar os investimentos e acumular fortunas: “o mundo destes caras vai implodir”, previu Sennet.

Ele dedicou os Últimos 16 anos a estudar o capitalismo moderno. Suas visões e soluções estão numa trilogia: “Craftsman”, “Together” e, logo em seguida, um terceiro sobre urbanismo, uma das mais antigas paixões do professor. Cada livro pode ser lido em separado mas o conjunto propõe uma substituição do capitalismo moderno por uma fórmula que valoriza o “artesão”, promove a cooperação e uma reforma urbana que aproxima os moradores das cidades.

O artesão de Sennett está em todos nós. É o trabalhador que investe dez mil horas na própria formação. O número foi pesquisado e ele tem vários exemplos, entre eles o do jogador de futebol. Se treinar de 3 a 4 horas por dia, durante sete anos, o camarada vai brilhar no gramado. Nada garante, nem 20 mil horas, que será um Pelé ou um Messi. Ele, super dedicado no violoncelo, nunca achou que seria um Mozart. Gênio é outra história.

Richard Sennett é um socialista declarado e nunca teve problema para conseguir emprego nas melhores universidades do mundo mas, durante seis anos na decada de 50, a mãe comunista teve problemas com a perseguição macartista. Quando foi apresentado a Bill Clinton, que ele admira, o presidente se aproximou com aquela cordialidade exuberante e disse “é um prazer conhecer gente inteligente como você”. Ele respondeu, “obrigado, presidente, mas quero que o senhor saiba que votei no partido socialista”. O sorriso de Clinton congelou. Sennett, com 69 anos, não tem planos de se aposentar mas a mão voltou a funcionar e seu artesanato mais gratificante é a música.

por Lucas Mendes



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade