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Teremos um futuro?

seg, 11/06/12
por rodrigo.bodstein |

 

 

As condições para a vida na Terra estão em risco. Como resolver esse desafio com lideranças divididas por fronteiras e soberanias? Saiba mais na entrevista que Sonia Bridi fez com o ex-secretário-geral da Rio92, Maurice Strong, que, há mais de quarenta anos, luta para incluir o meio ambiente na agenda global.


Os olhares do mundo estão voltados para o Rio de Janeiro. Delegações chegam à cidade para discutir como equacionar desenvolvimento econômico com uma relação sustentável com o meio ambiente. Em meio a maior crise econômica desde mil novecentos e vinte e nove, com bilhões de pessoas querendo atingir níveis de consumo que apenas um sétimo da população mundial possui e uma ameaça cada vez mais real de mudança climática, a questão, agora, talvez não seja o futuro que queremos, mas se teremos um futuro.

O planeta entrou na agenda internacional na Conferência sobre Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, em mil novecentos e setenta e dois, mas foi na Rio noventa e dois que o debate ganhou os contornos atuais. Na economia, gradualmente, o desenvolvimento se tornou sustentável e, hoje, discute-se a necessidade de uma economia verde e de inclusão dos custos ambientais no preço final dos produtos. Na política, o desafio continua o mesmo: como resolver um problema global por meio de lideranças divididas por fronteiras e soberanias.

Para compreender o que aconteceu nesses vinte anos e a necessidade de irmos além do que fizemos até agora, o Milênio entrevistou o canadense Maurice Strong. Embora tenha começado sua a carreira no setor de petróleo e gás, Maurice se dedica a transformar a percepção das lideranças globais sobre a importância do meio ambiente há mais de 40 anos. Foi responsável pelo primeiro relatório sobre a situação ambiental no planeta e que preparou a discussão da Conferência de Estocolmo de mil novecentos e setenta e dois. A partir de então, virou consultor do governo Chinês, participou da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento e teve um papel decisivo como secretário-geral da Rio92, liderando o esforço por um maior compromisso dos líderes com o que foi acordado e para a consolidação de uma estrutura para a proteção do planeta.

por Rodrigo Bodstein

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