dom, 13/05/12
por rodrigo.bodstein |
Abaixo, republicamos o post do dia 9 de dezembro de 2011 sobre o programa:
Na próxima segunda-feira: A memória é o que dá sentido e coerência à vida, mas há uma base biológica para compreender como ela funciona?
Cada informação que coletamos, nossas experiências, boas e ruins, tudo isso ajuda a formar um conjunto de pequenas peças que, em certo momento, nos definem e criam a identidade pela qual vamos compreender o mundo à nossa volta e atuar na sociedade. Uma nota musical, uma frase, o que determina que certos momentos fiquem em nossa memória ao longo dos anos? Eric Kandel, prêmio Nobel no ano 2000, acredita que a resposta está na biologia. Ao analisar o hipocampo e doenças como o Alzheimer e a esquizofrenia, Kandel transitou entre a psicanálise, a filosofia, as artes e o funcionamento sistema nervoso com a premissa de que a percepção e a memória dependem de como nosso corpo é capaz de armazenar nos neurônios as informações que recebe.
E, essas informações, em geral, são limitadas. O cérebro está em um processo criativo constante que cria e recria significados aos estímulos que recebe. O simples ato de olhar para o rosto de alguém exige um esforço considerável. O cérebro precisa compilar, ininterruptamente, os pedaços de informações para formar um quadro coerente do que está vendo. Nesse sentido, ao apreciar uma obra de arte, como uma pintura, cada pessoa estabelecerá uma conexão emocional diferente, que dependerá das experiências que acumulou em sua vida e do que está conseguindo perceber naquele instante. O mais interessante é que existem regiões específicas do cérebro que respondem em cada uma dessas situações. Além disso, a maior parte das decisões que tomamos são feitas de forma inconsciente. Os sinais elétricos percorrem o sistema nervoso alguns segundos antes de termos consciência do ato. O que fundamenta as respostas do corpo? Memória e experiência.
A nova ciência da mente, que Eric Kandel desenvolve em seu laboratório na Universidade de Columbia, em Nova York, está transformando a relação entre a biologia, as ciências humanas e as artes. Indica não apenas novos caminhos para o tratamento de doenças mentais e para perda de memória, como também abre espaço para transformar a forma como compreendemos o mundo. Não perca a entrevista, segunda-feira, às 23h30, na Globo News.
por Rodrigo Bodstein
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dom, 13/05/12
por Equipe Milênio |
Nigéria: um país dividido. A independência, em 1960, não significou a união dos 300 grupos étnicos e culturais que compõem o país. A falta de unidade entre o sul, rico em petróleo, e o norte, agrícola, dava o tom das profundas diferenças econômicas.
O conflito nigeriano que primeiro chocou o mundo aconteceu apenas 7 anos apos a independência. Essas diferenças levaram norte e sul da Nigéria a se envolveram naquela que hoje é conhecida como a Guerra de Biafra. Quando o conflito terminou, em janeiro de 1970, as mortes chegavam a três milhões.
Hoje, a cisão também é religiosa. Muçulmanos, católicos, protestantes, iorubás, hauçás, entre outros disputam seu espaço. A violência têm se intensificado, com atentados e ataques de muçulmanos radicais a cristãos – católicos e protestantes.
Desta nação, bela e conflitada, origem de tantos milhões de brasileiros, nasce a obra de Wole Soyinka. Por escrever e pregar a liberdade de expressão, Wole Soyinka foi considerado um bandido perigoso em seu país. Cartazes com a foto dele, procurado vivo ou morto, foram colocados por toda parte. Essa é uma das histórias que este dramaturgo, poeta, ensaísta e romancista, premiado com o Nobel de Literatura em 1986, conta nesta entrevista exclusiva feita durante visita ao Brasil.
por Edney Silvestre
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sex, 04/05/12
por rodrigo.bodstein |
No próximo Milênio, uma voz que transcende as divisões e sectarismos na África. Edney Silvestre entrevista o nigeriano Wole Soyinka, prêmio Nobel em Literatura e embaixador da UNESCO, sobre o radicalismo que toma conta da Nigéria, sua vida política e sobre a importância do diálogo intercultural. Saiba mais sobre este autor de uma obra fortemente influenciada pela cultura iorubá e permeada pela discussão entre progresso e tradicionalismo, na segunda-feira, 07/05, às 23h30, na Globo News.
Na última semana, mais de oitenta pessoas morreram em atentados na Nigéria. Um mercado, uma universidade, a sede de um jornal e um comboio policial foram os mais recentes alvos da onda de violência que tem aumentado a pressão sobre o presidente Goodluck Jonathan. Depois de passar por uma série de regimes militares que cometeram atrocidades contra a população, o país mais populoso da África e maior exportador de petróleo do continente está dividido por questões étnicas e religiosas.
Denominações como hauçás, nagôs, igbos, cristãos, muçulmanos e iorubás delimitam mais do que a identidade. A radicalização toma conta da Nigéria. A violência é instrumentalizada e o discurso político cria barreiras ao diálogo. O outro passa a ser o infiel, o terrorista, o inimigo. Em um território com tantas nações, inserido em um continente com fronteiras porosas e artificiais, incitar o ódio é uma aposta arriscada.
Essa situação se agravou recentemente. Wole Soyinka lembra que, durante sua infância, na década de 1940, as comunidades religiosas viviam em paz. Nascido em uma família cristã, mas adepto da religião e cultura iorubá, Soyinka diz que “o nível de conflitos sanguinários que estamos testemunhando hoje é uma doença importada de fundamentalistas religiosos e da politização da religião que está afetando o mundo todo.” Terroristas ou não, os radicais têm tomado conta das páginas dos jornais e das urnas.
Crítico dos regimes ditatoriais e defensor da liberdade de expressão, Soyinka já teve que fugir do seu país em uma motocicleta durante o governo de Sani Abacha, foi preso por dois anos durante a Guerra de Biafra – guerra civil que ocorreu entre 1967 e 1970 – e criou inimizades com quase todos os regimes ditatoriais da África. Premiado com o Nobel de Literatura de 1986 e nomeado embaixador da UNESCO para a divulgação da cultura africana, direitos humanos e liberdade de expressão, Soyinka é um contraponto à violência que vemos hoje. Suas palavras transcendem às tantas divisões e aos sectarismos que marcam o mundo atual e nos lembram de um dos valores mais essenciais ao ser humano: o respeito. Saiba mais no próximo Milênio, às 23h30, na Globo News.
por Rodrigo Bodstein
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qui, 03/05/12
por Equipe Milênio |
No próximo mês de junho, quando o mundo desembarcar no Rio de Janeiro para discutir se o instinto de preservação dos homens pode prevalecer sobre a compulsão para a destruição, os olhares vão estar especialmente voltados para o anfitrião desta nova rodada.
O Brasil é a grande nação dos trópicos que lidera o debate unificador da justiça social e da proteção ambiental; mas tem que domar as feras dentro de casa para reverter um Código Florestal polêmico, que anistia o desmatamento e prejudica os pequenos agricultores. Apresenta metas ambiciosas para redução de emissões de dióxido de carbono na atmosfera nos próximos anos, mas não tem um projeto para enfrentar um de seus maiores pesadelos: hoje, existem 38 milhões de carros circulando nos grandes centros urbanos brasileiros. Em 2020, eles serão 70 mil.
Que estratégia de sustentabilidade o dono da casa pode defender efetivamente na Rio + 20? É o que fomos buscar com o premiado jornalista Washington Novaes, um dos maiores especialistas em meio ambiente no país. Na teoria e na prática: Washington vive numa chácara em Goiania, no coração do Brasil, campeã da resistência aos efeitos nocivos do tempo e do crescimento desordenado à sua volta. Foi aqui que ele nos falou dos grandes desafios que terão que ser enfrentados nos próximos anos.
por Elizabeth Carvalho
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