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Fragilidade e firmeza

qui, 29/09/11
por Equipe Milênio |
categoria entrevista, Extras

 

Robin  Wright é uma destas mulheres frágeis e firmes, na voz e no corpo. Se faz cobertura do Oriente Médio há 43 anos é fácil ter uma noção da idade dela. Uma balzaqueana em transição. Fina, mulher vivida no mundo, circulada nas melhores redações, salões e restaurantes. E nas guerras. Num programa de televisão, o âncora Colbert, fez a apresentação e  perguntou: você cobriu 12 guerras. Qual sua favorita?
A platéia veio abaixo e ela respondeu sem perder o rebolado: Líbano.
Trocamos figurinhas. Fui lá entrevistar o Arafat para a TV Globo. Antes que dissesse a ela minha experiência, ela disse: duas ou três semanas de espera, telefonema a uma da manhã. Para mim era como perder uma virgindade jornalistica, para ela, noite a noite.
De todas as previsões feitas em 2008 e confirmadas em 2010 e 2011, uma das mais surpreendentes é a mobilização das mulheres, subestimada pelos críticos. A Arábia Saudita acaba de dar direito, precário, às mulheres de votar.
A visão dela não veio de cima. Ela foi às raizes. Inteligente, bonita, batalhadora e culta. Solteira? O romance sempre perdeu para  a próxima viagem.

por Lucas Mendes

Enquanto o último rei da África não cai…

qua, 21/09/11
por Equipe Milênio |

 

entrevista:      

A entrevista de Natasha Ezrow ajuda a responder a uma pergunta frequente de quem assiste ao Milênio: como são escolhidos os entrevistados?
A resposta genérica é que tanto editores no Rio quanto repórteres no campo dão palpites nesta escolha, sempre aberta (você que nos lê agora, pode dar sugestões também), motivada pela premissa básica do Milênio, que é de discutir ideias, conceitos, análises, pouco importa a fama ou grau de celebridade do entrevistado.

A atualidade jornalística pesa menos num programa como o Milênio do que em outros exibidos por um canal voltado para a notícia, como a Globonews. Se o assunto do entrevistado for a origem da vida da Terra, 4 milhões de anos atrás, não entra nos telejornais, mas cabe no Milênio.
Os nomes saem, então, de livros, palestras, conferências, trabalhos acadêmicos, artigos na mídia internacional. No caso de Natasha Ezrow, saiu do ar. Ou melhor, saiu de uma breve entrevista dela à televisão britânica, quando captou o interesse do Milênio ao fazer referência a um livro que ia lançar sobre ditaduras.
Entramos no circuito, descobrimos provas do livro ainda na gráfica, com o potencial de gerar uma boa discussão sobre regimes fortes.
Saímos atrás de Natasha e a encontramos como professora no departamento de estudos sobre governo (Ciência Política) da Universidade de Essex, em Colchester, interior da Inglaterra.

Ela acolheu de boa vontade nosso pedido de entrevista, enviou as provas do livro ainda não impresso, escrito em parceria com a irmã, Erica Frantz, também acadêmica. E nos encontramos finalmente na universidade, duas horas de autoestrada a noroeste de Londres no carro do cinegrafista Paulo Pimentel, autor também das fotos que ilustram este blog.

Natasha nos falou de suas pesquisas sobre ditaduras e ditadores, um tópico quente mas que tem atraído menos estudos e análises do que a monotonia de regimes democráticos.
Seguramos um pouco a exibição da entrevista, à espera da queda definitiva de Mohamar Kadafy, o que tornaria a conversa ainda mais pertinente, mas como o pitoresco ditador insiste em se esconder das forças rebeldes na Líbia, decidimos que era melhor ir em frente com Natasha no ar.

por Silio Boccanera

extra:

O mundo sob regimes ditatoriais

sex, 16/09/11
por Equipe Milênio |

 

Na próxima segunda-feira, no Milênio, saiba mais sobre a forma de governo mais comum no mundo: as ditaduras. Da América Latina até a Ásia, passando pelo Oriente Médio, África e Europa, autoritarismo e totalitarismo fazem parte do passado de alguns e do presente de outros. Sobre este tema, Silio Boccanera entrevistou uma das maiores especialistas no assunto, a cientista política Natasha Ezrow, da Universidade de Essex, na Inglaterra. Não perca!

A ponte que une o Ocidente às sociedades árabes

sex, 16/09/11
por Equipe Milênio |
categoria Extras, Programas

 


Como ao final do século XIX, a grande ponte que une o Ocidente às sociedades árabes em convulsão nos anos 10 do século 21 continua sendo negra e viscosa.   Das dez maiores reservas mundiais de petróleo do mundo, sete se encontram na extensa região islâmica que se estende pela Ásia e o norte da África.  Arabia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Líbia detém, juntos, 75 por cento do petróleo do planeta – cerca de 800 bilhões de barris de petróleo. Para se ter uma idéia, o Brasil tem atualmente uma reserva de 14 bilhões de barris e, num cálculo otimista, poderá chegar a 30 bilhões com as recentes descobertas de petróleo na camada de pré-sal.  Apenas quatro por cento do volume sob o solo destas economias petroleiras.

Os Estados Unidos é o país consumidor mais voraz de petróleo do mundo.  Em 2007, ele produzia cinco dos 20 milhões de barris por dia necessários para manter sua economia funcionando.  Ainda que comprem petróleo de vários países e incluam o Canadá e a Venezuela os americanos são cada vez mais dependentes das reservas do chamado Grande Oriente Médio.

O Milênio desta semana encerra a série de reflexões sobre as causas, as consequências e os desdobramentos de 11 de setembro de 2001 discutindo o papel do petróleo nestes 10 anos que separam os atentados às Torres Gêmeas das rebeliões árabes de hoje com o historiador da universidade de Michigan Juan Cole.

por Elizabeth Carvalho

Petróleo e política.

dom, 11/09/11
por Equipe Milênio |
categoria Programas

 

 

O Milênio discute com o historiador Juan Cole um dos mais importantes elementos do conflito entre o mundo árabe e o Ocidente: a dependência dos Estados Unidos e das potências européias aliadas do petróleo daquela região. Especialista em Oriente Médio e Sudeste Asiático, desde 2002 o professor ganhou notoriedade ao publicar suas análises sobre história, Oriente Médio e religião em seu blog. Em entrevista a Elizabeth Carvalho, ele falou ao Milênio, de passagem pelo Brasil. Não perca! Amanhã, 12/09, 23h30, na Globo News.

O sentimento que nos une

sex, 09/09/11
por Equipe Milênio |

 

Eu tive duas perdas terríveis este ano, primeiro minha mãe, depois meu pai. Foi inesperado, doloroso, e ainda não me permiti ir fundo no luto. A primeira vez que chorei, quatro meses depois da morte deles, foi lendo Extremely Loud and Incredibly Close de Jonathan Safran Foer. O menino Oskar, que perdeu o pai na queda das Torres Gêmeas, ouve as mensagens desesperadas que o pai deixou na secretária eletrônica antes de morrer. E Oskar se pergunta: por que ele não se despediu de mim? Por que ele não disse que me ama?

Li esse trecho, que me fez chorar, no vôo de volta de uma estadia de duas semanas no Rio, em julho. Dois dias depois gravei o Milênio com Jonathan e ainda estava sob o impacto desse livro extraordinário, um dos romances mais criativos e ousados que já li. Agradeci ao escritor ter me ajudado a botar a emoção pra fora. Ele gostou. Fiquei encantado com o jeito suave, engraçado e jovial do Jonathan. Alguém tinha me dito que ele seria um péssimo entrevistado, que só dava respostas lacônicas. Pelo menos comigo não foi assim, falou pelos cotovelos. Talvez porque eu entrei em sintonia com ele antes mesmo de encontrá-lo.

Engraçado é que muitos críticos americanos atacam Jonathan Foer como piegas, sentimentalóide. Só porque ele não tem vergonha de expressar a emoção. Pra mim essa é uma grande qualidade. E tem mais: o nome dele rima com o número quatro em inglês, four (fór), exatamente como se pronuncia meu sobrenome materno francês, Faure. Somos almas gêmeas.

por Jorge Pontual

A tênue linha entre ficção e realidade

sex, 02/09/11
por Equipe Milênio |
categoria Programas

 

No próximo Milênio, Jorge Pontual entrevista Jonathan Foer. O autor de Extremamente Perto e Incrivelmente Perto fala sobre a influência dos eventos daquele dia sobre seu processo criativo e sobre como a narrativa ficcional se entrelaça com a narrativa factual. Dia 05/09/2011, 23h30, na Globonews!



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