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Uma página em branco na história argentina

sex, 29/07/11
por Equipe Milênio |
categoria entrevista

 

 

A busca por um jornalismo independente na América Latina. Ricardo Kirschbaum, editor-chefe do Clarín, fala sobre a relação entre os Kirschner e a imprensa e sobre como enfrenta o que considera ser censura direta e indireta. Não perca! Na próxima segunda-feira, 01/08, 23h30, no Milênio.

O lado político de Pablo Picasso

sex, 22/07/11
por Equipe Milênio |

 

O horror da guerra nos traços de um gênio. No Milênio da próxima segunda-feira, 25/07, às 23h30, o lado político de Pablo Picasso. Não perca a segunda parte da entrevista com John Richardson, curador e biógrafo do artista espanhol que revolucionou a arte do século XX.

O Minotauro no centro do labirinto

qua, 20/07/11
por Equipe Milênio |

 

parte 1                                                                     

              

parte 2 

              

Conheci John Richardson em 2009, quando gravei uma reportagem sobre a exposição de Picasso na galeria Gagosian, Os Mosqueteiros. Era a fase final de Picasso, que eu desconhecia. Gravamos uma longa conversa, fiquei encantado com o entusiasmo dele por Picasso e o profundo, íntimo conhecimento da obra e da vida do artista. Mas só vim a ler a biografia Uma Vida de Picasso, os três volumes publicados, cerca de 1500 páginas, para me preparar para gravar o Milenio com ele. Uma das leituras mais agradaveis que tive este ano. De certa forma me lembrou Proust, embora o estilo seja completamente diferente. Mas é um retrato da mesma época do início do século XX em Paris, o mesmo meio social, e Proust é um dos personagens da vida de Picasso, assim como as duquesas que passeiam por A la Recherche du Temps Perdu e pelo estúdio do artista. Mais que uma biografia, é o relato minucioso e bem documentado de uma época: o fim da Belle Époque, o trauma da Grande Guerra e o início do Modernismo. Mais que Proust, que só seria reconhecido bem mais tarde, Picasso é a estrela desse tempo, o artista mais famoso e ousado, o elo entre a França e a Espanha, a arte acadêmica e a moderna, a boemia e o Grand Monde.

 
Richardson pesquisou e cita deliciosamente os diários e escritos de todas as figuras relevantes desse tempo, planetas, satélites e asteróides que gravitavam em torno do astro maior, Pablo Picasso. Os balés de Diaghilev e Nijinski (a primeira mulher do artista foi a bailarina russa Olga), a música de Eric Satie e Stravinsky, a poesia de Jean Cocteau, Max Jacob e Guillaume Apolinnaire, os filmes de Bunuel e Dali, a literatura de Gertrude Stein,  Proust, Hemingway, Scot Fitzgerald, tudo que há de mais moderno nas primeiras décadas do século gira em torno de Picasso. Richardson mostra como o artista influenciou e foi influenciado pelos contemporâneos, mas Picasso sempre estava no centro, antropofagicamente devorando e recriando tudo o que girava em torno dele. O Minotauro no centro do labirinto.

  
Richardson teve a sorte de ser o jovem amante de Douglas Cooper, um inglês como ele que era um dos maiores colecionadores de Picasso. Os dois viveram por uma década num castelo do Sul da França, nos anos 50, vizinhos do artista que então já passava dos 70 anos. Richardson decidiu ser o biógrafo (mais um) de Picasso com a autorização do artista, e o entrevistou longamente. O resultado é a mais detalhada e autêntica das muitas biografias do mestre, rica em comentários sarcásticos do pintor sobre os personagens da vida dele.


Richardson está com 87 anos e recentemente colocou um marca passo. Na manhã da entrevista, gravada na Gagosian em meio a mais uma exposição feita por ele, Richardson passou mal, desmaiou, mas assim mesmo manteve o compromisso. Sinal da generosidade com a qual ele divide conosco o que sabe, e é muito, sobre o maior artista do século XX.

por Jorge Pontual

A vida de um gênio vampiresco

sex, 15/07/11
por Equipe Milênio |

 

Ele amava as mulheres e a arte refletia este estado de paixão constante. Pablo Picasso tudo mudava a cada novo amor: o estilo de pintar, os temas, os amigos, o lugar onde vivia.  Picasso era um gênio vampiresco que se nutria da atenção dos outros. As revelações são feitas pelo biógrafo e curador do artista espanhol, John Richardson, que conversou com Jorge Pontual em Nova York.  Não perca, nessa segunda, 18/07, às 23h30, o primeiro Milênio especial. No segundo programa, 25/07, Picasso se revela um ser político envolvido com as mudanças sócio-políticas do século xx. Até lá, teste seus conhecimentos no quiz que preparamos para vocês.

O Brasil não começa a partir de 1500

ter, 12/07/11
por rodrigo.bodstein |

 

           Cinco mil anos de história. 250 povos e 180 línguas. 800 mil pessoas. 0,4% da população brasileira. Essa é a dimensão do movimento indígena de hoje. A riqueza e o conhecimento sobre a terra que hoje compreendemos como Brasil aos poucos vão se perdendo e a ideia de civilização, herdada do século XIV, coloca o índio como algo a ser assimilado ou isolado. A identidade do indígena foi, durante muito tempo, definida em termos negativos. É o preguiçoso, o que atrapalha o progresso, alguém que não está dentro dos fluxos civilizatórios do Ocidente. Daniel Munduruku mostra que há muito mais do outro lado da linha que divide nossa história e que vale a pena ir além do limite imposto pelos relatos dos conquistadores. Tanto para o indígena quanto para todos os brasileiros. A reformulação da identidade indígena renova o conceito de brasilidade e enriquece o panorama cultural do país.

            A partir da década de 1970, os povos indígenas se redescobriram como um movimento pan-indígena. Surgiram a UNI (União das Nações Indígenas), o COIAB, (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a Aliança dos Povos da Floresta e muitos outros movimentos e ONGs. O índio ganhou status de ator político, com reivindicações, expectativas e consciente de suas particularidades. Munduruku diz que os indígenas querem estar dentro do Brasil, mas querem manter suas crenças, sua espiritualidade, suas tradições. Querem contribuir para o crescimento do país de forma ativa, ao invés de serem carregados para o futuro. É o que falta para a democracia brasileira deixar de ser um ensaio, como coloca nosso entrevistado.

            Daniel Munduruku é um educador. Ele percebeu que a melhor maneira de reescrever nosso passado é transformar quem vai pensar o Brasil no futuro. Ele recebe crianças em seu sítio para transmitir um pouco da cultura indígena e é autor de mais de 40 livros infantis. Ao estabelecer um diálogo entre essas várias histórias que se entrelaçam, ele abre espaço para um Brasil mais inclusivo e consciente de suas origens.

por Rodrigo Bodstein

O índio reescreve a história

sex, 08/07/11
por Equipe Milênio |

 
Na próxima segunda-feira, o Milênio apresenta uma reflexão sobre o indígena no Brasil. Em entrevista a Elizabeth Carvalho, o educador e índio paraense Daniel Munduruku explica a riqueza desta parte da identidade brasileira que ficou à margem da história. Autor de mais de 40 livros infantis, Munduruku atualmente se dedica a ensinar às crianças a compreenderem um Brasil antigo, mas ainda pouco presente na educação tradicional. Não perca!

Pedalando por Nova York…

ter, 05/07/11
por Equipe Milênio |

 

Nunca achei a menor graça em David Byrne. É verdade que nunca ouvi Talking Heads, nem Byrne solo. Mas implicava assim mesmo. Só gostava de Nothing but Flowers, assim mesmo cantada pelo Caetano. Também não simpatizava com ciclismo. Está na moda botar ciclovias em NYC. Nos últimos dois anos uma porção de avenidas e ruas perderam pistas para as bike lanes. O trânsito ficou mais congestionado e as ciclovias estão sempre vazias, muito de vez em quando passa um ciclista. No inverno então, não passa ninguém. E o trânsito, apertado, não anda, um inferno. Por isso, eu, como muita gente aqui, era contra. Mais motivos para implicar com David Byrne e seu Diário da Bicicleta. Mas, que jeito, tinha que entrevistá-lo. Então, três dias antes de gravar, li o livro (no iPad). Caí de quatro. Adorei. É inteligente, engraçado, ironia fina, e dá vontade de sair por aí de bicicleta. Faz o maior sentido ir trabalhar pedalando. Pronto, fui comprar a bicicleta, igual à do Byrne (Montague, desmontável). Não é cara, 600 dólares, mais barata que a Caloi que comprei em fevereiro no Rio, e muito melhor. No dia da entrevista fui de bicicleta, todo pimpão. Pedi ao David (olha a intimidade) pra me mostrar como ele monta a bicicleta (totalmente diferente do que eu estava fazendo). Serviu pra quebrar o gelo. David Byrne é notoriamente tímido, reservado, lacônico e ruim de entrevista. Mas graças à minha bicicleta a conversa foi bem animada.

Ainda bem que a publicista de Byrne exigiu que a gente só falasse sobre o livro e o ativismo bicicletal dele. Era proibido falar de música. Graças a Deus, porque disso eu não sei nada. Só de bicicleta. E agora simpatizo com a causa. Tentei pedalar no Rio (na Barra da Tijuca) e desisti. Muito perigoso. Os carros, ônibus e caminhões não respeitam nem o pedestre nem o ciclista. Isso tem que mudar. Não sei se as palestras do David sobre isso no Brasil vão adiantar alguma coisa, mas está na hora de nós ficarmos mais civilizados, não? Bogotá é uma cidade de ciclistas. Por que o Rio não pode ser também?

Vim trabalhar de bicicleta no dia seguinte e no outro também. Mas o Jornal da Globo foi ao ar à meia-noite e eu estava cansado demais pra voltar pedalando. Nos dias seguintes, mesma coisa. Hoje, está chovendo. Vai chover a semana toda. Depois vou viajar a trabalho e o esquema de gravações é pesado, sem tempo para pedalar. Em seguida, duas semanas de férias no Rio. Mas em agosto juro que vou tirar a bicicleta da sacola e voltar a pedalar por New York. Quem sabe eu cruzo com o David por aí.

por Jorge Pontual

De músico a ativista montado em uma bicicleta

sex, 01/07/11
por Equipe Milênio |
categoria entrevista

Na segunda-feira, 4/7, no Milênio, uma entrevista exclusiva com um músico ativista que sai pedalando pelas ruas do mundo. Famoso nos anos oitenta como líder da banda Talking Heads, David Byrne conversou com Jorge Pontual no ateliê que tem em Nova York, em meio a trabalhos de arte e a bicicleta desmontável. Byrne acabou virando um ativista político do movimento mundial para tornar as cidades menos congestionadas e mais humanas através da construção de extensas redes de ciclovias. O ativista chega ao Brasil na próxima semana para participar da Festa Literária Internacional de Paraty. Não perca, no milênio, às 23h30.



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