Mudança de planos: especial 11 de setembro
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Rreapresentamos trechos de duas entrevistas que revelam detalhes e bastidores do atentado de 11 de setembro e das ações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque.
Richard Clarke, que era responsável pelo combate ao terrorismo na Casa Branca quando os atentados aconteceram. (clique aqui e reveja a íntegra da entrevista com Clarke e o vídeo extra)
Chalmers Johnson, ex-integrante da CIA e historiador aposentado. Pouco antes do 11 de setembro, ele publicou o livro Blowback (retalição), no qual previa que algum tipo de represália estava sendo desenvolvida em resposta à presença militar cada vez mais frequente dos Estados Unidos no mundo. (clique aqui e reveja toda a entrevista com Johnson)
P.S.: A entrevista com Peter Frey, editor-chefe do canal de televisão alemão ZDF vai ao ar na próxima segunda-feira (09/05), às 23h30.
3 maio, 2011 as 05:59
Indiscutivelmente, duas visões lúcidas sobre todo o contexto americano durante a chamada “guerra contra o terror”. Foram ao cerne da questão sem rodeios e devaneios, especialmente em se tratando de entrevistas concedidas a uma emissora estrangeira. É óbvio que a qualidade da pauta do Milênio é algo tão excepcional que corrobora para que sejamos informados de maneira inteligente. Parabéns ao “sempre” Pontual! Excelente jornalismo.
Obrigado pela preciosa info.
Abraços,
Téo
3 maio, 2011 as 13:45
OS DOIS EXTREMOS DA BARBÁRIE ( c/pequnas correções )
3/5/2011
Com a morte de Bin Laden noticiada, criam-se expectativas de retaliações da parte da “jihad”.
O indesejável, contudo, apenas nos encaminha a preocupações com a antecipada barbárie, já prevista por Rosa Luxemburg ainda pela 1ª guerra mundial !
Não se percebe que é o progresso do livre mercado em globalização perversa e armada que gera o terrorismo do fundamentalismo islâmico ?
Que este, enquanto alienação da economia política na religião, é uma e a mesma coisa que o capitalismo, no sentido de que os extremos se aproximam ?
Quem deseje a paz no mundo, tanto quanto ela seja possível, deveria cogitar na oportunidade da socialização como a saída para as guerras do petróleo.
Principalmente, nos países de capitalismo mais avançado.
Por que ? Porque são eles que vão acabar mais e mais ameaçados pelo terrorismo internacional, quando não por circunstâncias ainda mais belicosas.
O maior problema do mundo é a alienação do povo desses países na categoria social. E a geopolítica que isola o território dos EUA entre dois oceanos.
Os ataques a “Pearl Habor” e o atentado ao “World Trade Center” foram coisas excepcionais. E como foram vingados !
Já a U.E. corre mais perigo. E, por que não se pacificar o mundo através da socialização ? Ainda que, em certos locais haja revoluções, contudo as perdas não seriam comparáveis às determinadas pelas guerras de concorrência de mercados.
Quem assistiu o programa Milênio de ontem, com os testemunhos de Richard Clark e Chalmers Johnson, percebe que as razões e sem razões das guerras no Afeganistão e no Iraque, em busca do petróleo, apenas pretextaram motivos políticos ou religiosos para se desencadearem.
Como, de certo modo, mostra-nos tão bem Noam Chomsky, sempre existiu uma subjacência econômico-política na velha guerra-fria.
Não sei se nos devemos perguntar :
“O que vai acontecer, agora?”
A imprevisibilidade reflete o avanço do livre-mercado* rumo ao Irã e à China, sem planejamentos de preocupação social.
A explosão demográfica chinesa encontraria inexeqüível bilhões de pessoas no planeta seguindo o modelo do “modern way of life”. O desperdício, a poluição, o financismo, a desigualdade etc. o impediriam.
Talvez, devêssemos parar um pouco e perguntarmo-nos se, ao invés disso, não seria melhor a socialização.
Ao invés de tornar os chineses em bilhões de “self-made men”, eles são bilhões de pessoas, transformar em socialistas os povos de capitalismo mais avançado por reformas-revolucionárias salvadoras.
Não seria assim ?
Fernando Neto
* Hoje, através de ataques cibernéticos e de infiltração pelas redes sociais. A sereia do capitalismo canta de fora.
3 maio, 2011 as 18:29
Fantástica esta entrevista.Em tempos de brincar de esconde -esconde a verdade, é sempre bom saber que existem pessoas comprometidas com uma reflexao que foge ao senso comum.Obrigado mais uma vez Pontual pela entrevista elucidativa.
Um abraço.
3 maio, 2011 as 20:42
Fica claro que existe uma rede de intrigas e segredos dentro do Governo norte-americano, fazendo, p.ex., com que a CIA não partilhe informações-chave com o FBI e outros órgãos ou autoridades.
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Fator que precisa ser mais divulgado e debatido é a política imperialista norte-americana, que estende seus tentáculos sobre diferentes regiões do mundo, como Iraque, Afeganistão, Líbia, etc, sem respeitar a soberania e a cultura de outros povos e países,
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O terrorismo islâmico não é motivado apenas pelo fanatismo religioso, mas é também uma resposta radical ao imperialismo dos EUA (ainda que seja uma resposta inadimissível para nós, defensores da democracia, do direito à vida, etc).