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Próximo programa: Peter Frey

sex, 29/04/11
por Equipe Milênio |

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O multiculturalismo pode ser considerado um projeto fadado ao fracasso? Afinal, ter que se “dedicar ao esforço” de absorver diferentes práticas culturais e religiosas já não denota a presença de uma “resistência”?

fotos: David Faria

O Milênio desta semana discute a multiculturalidade tendo o projeto alemão como foco, que também reflete as dificuldades do próprio bloco europeu em lidar com os fluxos migratórios e minorias étnicas. Afinal, o país que representa a maior economia da Zona do Euro – e é governado por uma mulher de pulso firme, Angela Merkel – possui um papel cada vez mais decisivo durante a atual crise que atinge o velho continente.

Além disso, os alemães se deparam com o inesperado sucesso do livro “Deutschland schafft sich ab” (“A Alemanha se extingue por ela mesma” em tradução livre) escrito pelo ex-conselheiro do Banco Central Thilo Sarrazin, que defende teses polêmicas, como a de que a Alemanha está se tornando mais burra por causa dos imigrantes muçulmanos.

Essas questões foram temas para a entrevista com um dos mais influentes e respeitados jornalistas alemães, Peter Frey, ex-correspondente internacional, âncora, comentarista e editor-chefe da ZDF, uma das emissoras públicas de TV da Alemanha.

Ele conversou com a repórter Leila Sterenberg numa rápida visita ao Brasil.

Nesta segunda (02/05) às 23h30.

@mileniognews

Vídeo extra: Graham Smith

qui, 28/04/11
por Equipe Milênio |

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Neste vídeo com os extras da entrevista da semana, o cientista político Graham Smith analisa o tipo de sedução que as monarquias mantêm no imagiário popular e comenta algumas questões envolvendo o príncipe Charles e a desconfiança que os britânicos parecem ter do sucessor da rainha Elizabeth II.

Graham também faz uma comparação entre as monarquias britânica e espanhola e fala sobre o crescente apoio popular ao movimento republicano.

@mileniognews

Minoria paciente

seg, 25/04/11
por Equipe Milênio |

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O Milênio entrevistou Graham Smith a 200 metros da Torre de Londres onde, anos atrás, ele poderia ser levado ao cadafalso e decapitado por causa da militância antimonarquista que pratica. Smith dirige o grupo Republic, o mais ativo na oposição à existência de uma família real, em que o soberano de plantão (a Rainha Elizabeth II no momento) exerce as funções de chefe de Estado, sem ter sido eleito.

fotos: Paulo Pimentel

Embora um decreto de 1848 permaneça nos livros proibindo a militância republicana, uma decisão dos Law Lords (a mais alta instância jurídica do Reino Unido) determinou em 2003 que a restrição não vale mais, porque viola leis europeias de direitos humanos.

Alívio para a equipe do Milênio, que pôde conversar com Graham sem medo de perder a cabeça.

Antimonarquistas no Reino Unido fazem parte de uma minoria , mas Graham prefere acreditar que seu trabalho paciente de educação do público acabará convencendo os britânicos a aprovarem em referendo o fim da monarquia, a dissolução da família real e a escolha, pelo voto popular, de um chefe de estado – de preferência um presidente sem muito poderes. Tarefa difícil a dos republicanos, quando a mais recente sondagem de opinião sobre isso mostrou dois terços da população a favor de continuar a monarquia após a morte da soberana atual.

Como parte do trabalho de educação e informação do público sobre a alternativa republicana, Graham escreveu este ano à BBC, a televisão pública britânica, protestando contra o que seu grupo considera tratamento preferencial à monarquia na rede de comunicação, que por estatuto, tem de ser isenta em questões políticas. “É assim com a mídia em geral – explica Graham. “Agem por hábito. A tradição monáquica é tão antiga neste país, que muitos nem se dão conta de que existe uma alternativa. Não existe uma lei divina que nos obrigue a ter reis e rainhas para sempre.”

De fato, na história milenar desta ilha, antes mesmo de se formar o Reino Unido, só houve um intervalo de onze anos sem monarquia. Foi no século XVII, quando Oliver Cromwell ganhou a guerra contra o Rei Charles I sobre divisão de poder entre soberano e parlamento. Charles perdeu a briga e a cabeça – literalmente – em mãos de um carrasco que o decapitou com um só golpe de machado, quase em frente à rua onde hoje o primeiro-ministro tem residência oficial (Downing Street).

A conversa com Graham rendeu algumas pitadas de informações curiosas só depois de desligarmos a câmera, resultado frequente em entrevistas para a televisão. Foi quando ele nos contou, por exemplo, que o ator Colin Firth — o rei gago George VI no filme “O Discurso do Rei” — é contra a monarquia. Idem para Helena Bonham Carter, que interpreta a mulher dele, Elizabeth, mãe da atual Rainha. Temos assim, por ironia, dois republicanos contribuindo involuntariamente para criar nova tietagem da família real britânica pelo mundo. Antes mesmo da premiação do Oscar como melhor do ano, o filme já tinha arrecadado 200 milhões de dólares na bilheteria.

A febre monárquica vai piorar em torno do casamento do Príncipe William, bisneto do rei gago, com a plebeia Kate Middleton. Após esta overdose de família real, virão alguns meses de descanso, mas quando entrar 2012, a Rainha vai comemorar 60 anos no trono, e as festas recomeçarão.

Pelo menos chegam turistas, consolam-se os otimistas. Engano, explicou Graham. Seu grupo Republic conseguiu obter documentos internos do departamento governamental encarregado de promoção turística mostrando, com levantamento estatístico, que o fluxo de turistas ao Reino Unido, sobretudo a Londres, cai em época de grandes eventos ligados à monarquia, inclusive mega-casamentos. Assim foi em 1981, quando o Príncipe Charles se casou com Diana Spencer, e de novo quando seu irmão Andrew levou Sarah Ferguson ao altar. Menos turistas e mais dois divórcios.

Casamentos, divórcios, infidelidades, escândalos… a monarquia britânica alimenta uma narrativa que mistura fantasias de contos de fadas com sobressaltos de telenovela, salpicada da cultrua de celebridade que domina a mídia. Os súditos locais e os interessados de fora acompanham com mistura de fascinação, inveja e desprezo. Parece a mais conhecida telenovela daqui, Coronation Street, que se arrasta há 50 anos na BBC, espécie de interminável novela das 9.

O dramalhão da monarquia nestas ilhas se desenrola desde a Idade Média e continua com ibope alto.

por Silio Boccanera

Próximo programa: Graham Smith e as críticas à monarquia britânica

sáb, 23/04/11
por Equipe Milênio |
categoria Notas, Programas

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fotos: Paulo Pimentel

O sucesso do oscarizado “O Discurso do Rei” entre críticos e público levanta uma discussão a respeito do culto à monarquia britânica, uma instituição ainda presente com muita força no imaginário do público em todo o planeta, mas que também enfurece um grupo cada vez maior de intelectuais europeus que vêem a monarquia como retrógrada, ultrapassada, cara, perdulária, elitista, fútil e antidemocrática (já que seu poder é hereditário).

O culto à monarquia britânica como celebridade estará em evidência novamente, neste fim do mês de abril de 2011, com o casamento do Príncipe William com a plebeia Kate Middleton. Uma cerimônia que promete alcançar altos índices de audiência na TV pelo mundo, em clima de conto de fadas. Em 2012, outro feito para as TV’s: a Rainha Elizabeth II completará 60 anos no trono.

O Milênio aproveita a oportunidade para olhar a monarquia por outros olhos. O correspondente Silio Boccanera entrevistou cientista político Graham Smith, principal dirigente da organização britânica “Republic”, que defende o fim da monarquia e sua substituição por uma república, com um chefe de Estado cerimonial eleito, em vez de escolhido por herança.

Nesta segunda (25/04) às 23h30.

@mileniognews

Vídeo Extra: Filipe de Meneses – Salazar parte 2

qua, 20/04/11
por Equipe Milênio |
categoria Sem Categoria

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Neste material extra, referente à segunda parte do Milênio especial sobre o periodo salazarista em Portugal, o historiador português Filipe de Meneses revela ao correspondente Silio Boccanera mais alguns detalhes sobre as relações entre Portugal e suas colônias africanas, sobre a apropriação do conceito de lusotropicalismo por Salazar e mais detalhes sobre a neutralidade portuguesa durante a II Guerra Mundial.

Filipe de Meneses também explica o todo o contexto de um acontecimento curioso: o fato de Salazar ter sido eleito a personalidade mais admirada de Portugal em um programa da televisão portuguesa.

Salazar: de Lanzarote a Londres, via Las Vegas e Maynooth

seg, 18/04/11
por Equipe Milênio |

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O interesse do Milênio em Salazar começou com a morte de José Saramago.

O repórter cinematográfico Paulo Pimentel, que registra com maior regularidade as imagens do Milênio na Europa, tinha ido cobrir a morte do escritor português na ilha de Lanzarote, onde o premiado Nobel de Literatura tinha passado os últimos anos.

Na volta à sua base em Londres, via Lisboa, Pimentel leu a bordo do avião, numa revista portuguesa, referência a uma recém-lançada biografia do ditador António de Oliveira Salazar, que comandou Portugal com linha dura e ideias moles durante quase meio século.

“Isso rende um Milênio” – pensou logo Pimentel, com seu faro jornalístico de 30 anos em coberturas para a Rede Globo e a Globo News, além dos muitos trabalhos que realiza como cinegrafista freelance para emissoras de TV europeias. São dele, em geral, as fotos que ilustram o blog dos Milênios feitos na Europa.

repórter cinematográfico Paulo Pimentel

Pimentel trouxe o artigo e concordamos que Salazar era um assunto ótimo para o Milênio, um programa de ideias e temas de impacto na sociedade e na história. Mas como sempre, era preciso ler o livro primeiro, para saber se tinha qualidade para justificar uma entrevista com o autor.

Encomendar o livro, até então não publicado no Reino Unido, foi uma operação complexa, que me obrigou a comprá-lo de uma editora em Nova York, que o enviou a Las Vegas(!), de onde um portador me trouxe em mãos a obra que, para surpresa minha, veio dos EUA em português, embora exista uma edição em inglês. Nem tentei entender o porquê.

Segundo obstáculo foi encarar 802 páginas, em meio a tantos livros para ler, tantas outras entrevistas a preparar. Mas aos poucos consegui mergulhar na biografia (a chuva constante em Londres serve para alguma coisa) e logo fiquei intrigado pela figura de Salazar, quem era e o que fez durante períodos-chaves na história recente, da Segunda Guerra Mundial à descolonização da África. Havia ainda sua relação com Mussolini, Franco, Hitler, e com o Brasil, que ele cultivava e repelia ao mesmo tempo.

fotos: Paulo Pimentel

O autor da biografia, Filipe Ribeiro de Meneses, não morava nem em Portugal nem no Reino Unido, mas na República da Irlanda, onde é professor de História na Universidade da Irlanda, filial de Maynooth, perto de Dublin.

Logo no primeiro contato, Meneses mostrou boa-vontade com nosso pedido de entrevista. Conhece o Brasil, que visitou quando seu pai serviu como diplomata em Brasília. A programação do encontro ainda caminhava quando ganhou uma dimensão peculiar no dia em que Pimentel e eu fomos entrevistar para o Milênio outro autor com interesse em Portugal. Era o historiador britânico Edward Paice, que escreveu sobre o mega-terremoto e a tsunami em Lisboa, em 1755, e foi convidado do Milênio em janeiro (clique aqui e reveja esse programa).

Paice queria conhecer Meneses, com quem compartilhava interesse sobre as colônias portuguesas na África. E também quis ler a biografia de Salazar.

Combinamos então um encontro a três em Londres, no próprio escritório de Paice, vizinho ao Big-Ben. E ali foi feita a entrevista sobre Salazar que o Milênio agora leva ao ar.

O livro nos ofereceu a oportunidade de discutir com o autor desde o Salazar jovem, quase-padre, depois o professor universitário, até o ministro das Finanças que virou ditador todo-poderoso.

Seria quase como examinar a evolução de Salazar, não fosse essa palavra tão inapropriada para descrever uma homem e político congelado em suas crenças e seus preconceitos, irredutível em sua visão de mundo mais apropriada para a Idade Média do que para um país europeu no século vinte. Achava, por exemplo, que o Brasil tinha se tornando independente cedo demais, era um país imaturo e devia suas benesses à colonização portuguesa.

O subsecretário de estado americano George Ball ofereceu uma descrição mais pitoresca, ao visitar Lisboa em 1963, para negociar com Salazar: “- Um reacionário!” – escreveu Ball a seu chefe, o presidente Kennedy “- Salazar vive absorto numa dimensão temporal muito diferente da nossa; parece que ele e todo o seu país vivem em mais do que um século ao mesmo tempo, e que os heróis do passado continuam a moldar a política portuguesa”.

A conclusão de Ball foi de que Portugal era governado por um triunvirato: Vasco da Gama, Infante Dom Henrique e Salazar.

O Milênio joga uma luz sobre o líder que virou sinônimo de Portugal no século vinte. Ou seria o século quinze?

por Silio Boccanera

Conversas sobre Salazar – segunda parte

sex, 15/04/11
por Equipe Milênio |
categoria Notas, Programas

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Nesta segunda parte da conversa com o correspondente Silio Boccanera, o historiador português Filipe Ribeiro de Meneses – radicado na Irlanda e professor da National University of Ireland, autor de Salazar – biografia definitiva – revela um pouco mais das relações do caudilho português com Francisco Franco, Adolf Hitler e Benito Mussolini.

fotos: Paulo Pimentel

Filipe de Meneses também analisa mais profundamente as relações do regime salazarista com as colônias portuguesas na África e conta como António de Oliveira Salazar se utilizou das teorias do lusotropicalismo de Gilberto Freyre para legimitar e justificar a presença portuguesa no continente africano.

Próxima segunda (18/04) às 23h30.

@mileniognews

Vídeo extra: Filipe de Meneses – Salazar parte 1

qua, 13/04/11
por Equipe Milênio |

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Estes extras da entrevista – do correspondente Silio Boccanera com o historiador português Filipe de Meneses – são especiais. Mais 22 minutos de conversa sobre o período salazarista que não entraram na primeira parte do programa.

Neste trecho, Filipe de Meneses fala um pouco mais sobre a importância das remessas financeiras dos portugueses que viviam no Brasil para a economia de Portugal, chama atenção para as transformações sofridas pelo regime nas suas quatro décadas de duração e comenta o total apoio da Igreja ao Estado Novo salazarista.

Além disso, Filipe revela mais detalhes sobre dois incidentes diplomáticos que colocaram o Brasil na alça de mira de António Salazar: a proteção que Humberto Delgado ganhou na embaixada brasileira, logo após perder as eleições presidenciais e ser perseguido pelo regime salazarista, e o famoso seqüestro do transatlântico Santa Maria, em janeiro de 1961, pelo grupo de oposição ao regime liderado pelo capitão Henrique Galvão. Os insurgentes/seqüestradores aportaram no Recife e receberam asilo político do recém-empossado presidente Jânio Quadros.

@mileniognews

Conversas sobre Salazar – primeira parte

sáb, 09/04/11
por Equipe Milênio |

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Programa Especial em duas partes 11/04 e 18/04 com Filipe de Meneses, historiador português.

A recente visita da presidente Dilma Rousseff às cidades de Lisboa e Coimbra remete ao histórico das relações entre Brasil e Portugal, desde o estabelecimento das primeiras colônias ao amadurecimento atual das relações entre os dois países.

Uma parte desse histórico ainda se mantinha pouco conhecido pelo relativo esfriamento entre as relações diplomáticas entre os dois países.

fotos: Paulo Pimentel

Os 40 anos em que António de Oliveira Salazar esteve à frente de Portugal é o tema deste Milênio Especial em duas partes com o biógrafo do ditador português, o historiador Filipe Ribeiro de Meneses – também português – radicado na Irlanda e professor da National University of Ireland.

Autor de “Salazar, uma biografia”, com mais de 800 páginas e recentemente lançado no Brasil, Filipe de Meneses revela um pouco dos 40 anos em que Portugal viveu sob uma ditadura sombria e retrógrada, chefiada por um líder reacionário e puritano, que durante muitos anos manteve em sua mesa de trabalho, um retrato de Mussolini, com quem compartilhava ideias políticas. Explica também como Salazar manteve Portugal neutro durante a II Guerra mundial, mesmo sendo um admirador confesso do ditador espanhol Francisco Franco e do führer alemão Adolf Hitler, com quem dividia a visão de mundo com toques de racismo e a crença na superioridade de uma elite branca.

Ao correspondente Silio Boccanera, Filipe de Meneses também explica a relação ambígua que Portugal manteve com Brasil durante o salazarismo. Uma mistura de irritação com a política externa brasileira e convicção de que a ex-colônia, mais rica e acolhedora dos imigrantes portugueses, tinha se tornado independente cedo demais.

@mileniognews

Vídeo extra: Marco Bellocchio

qua, 06/04/11
por Equipe Milênio |
categoria Sem Categoria

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Como já é tradição às quartas-feiras, aqui vão os extras da entrevista com o cineasta italiano, Marco Bellocchio, que conversa um pouco mais sobre o filme “Vincere” com a correspondente Ilze Scamparini. Ele também conta sobre a primeira recepção que o filme teve na Itália e no restante da Europa e fala um pouco mais Mussolini, sobre Aldo Moro, as Brigadas Vermelhas e o início da carreira.

@mileniognews



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