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Leitura diária

seg, 25/10/10
por Equipe Milênio |
categoria Bastidores, Notas

(Re)veja a entrevista a conversa do correspondente Jorge Pontual com o jornalista e colunista de política do New York Times, Frank Rich.

Por problemas envolvendo direitos autorais de exibição na web, infelizmente não podemos publicar a matéria completa que antecede a entrevista, com as imagens da Sarah Palin, dos Republicanos em campanha e das manifestações do Tea Party.

Mais abaixo você confere o texto de bastidores do Jorge Pontual.

Desde que vim morar em Nova York, em 1996, leio o The New York Times toda manhã e meu colunista preferido é Frank Rich.

foto: Damon Winter - NYT

No início ele escrevia sobre cultura, agora sobre política – sua coluna aparece no Week in Review todo domingo. Não cheguei a pegar a fase de Rich como crítico de teatro, nos anos 80 e 90, mas no livro Hot Seat tive o prazer de degustar as críticas dele.

Li também seu livro de memórias, Ghost Light, e temos muito em comum. Sabe aquele garoto que na escola é o último a ser escolhido pra jogar no time? É ele, sou eu. Ambos crescemos nos anos 50, ouvindo discos em 78 rotações. E por gostarmos de escrever, viramos jornalistas.

foto: Megan Wilson

Ao finalmente encontrá-lo em seu escritório no Times para gravar este Milênio, conversamos sobre uma paixão comum, Stephen Sondheim, o maior gênio contemporâneo do musical theatre. Rich contou que vai dirigir um documentário sobre Sondheim que, aos 80, está muito ativo e acaba de publicar um livro sobre suas letras, Finishing the Hat.

Para Rich, e pra mim também, o melhor de todos os musicais da Broadway é Sunday in the Park with George, de Sondheim, sobre o quadro La Grande Jatte do francês Georges Seurat. Um fracasso de público. Mas o primeiro musical totalmente moderno, revolucionário. Finishing the Hat é o nome da principal canção.

Un dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte - Georges Seurat

Mas não nos encontramos para falar de teatro, infelizmente. Vem aí as midterm elections, as eleições para o congresso e governos estaduais que serão um plebiscito do governo Obama. Foi sobre esse teatro que conversamos. Os personagens, Obama, Sarah Palin, Glenn Beck, o Tea Party.

Frank Rich escreveu um livro excelente, The Greatest Story Ever Sold, sobre como o presidente vendeu a guerra do Iraque ao público americanoGeorge W. Bush com a ajuda da mídia. Outro tema que por falta de tempo ficou de fora. Mas um livro que recomendo a quem se interessa pela política dos dias de hoje, na qual vence a melhor história, contada pelo melhor ator.

por Jorge Pontual

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7 Comentários para “Leitura diária”

  1. 1
    Valéria Ruiz:

    Pena que o programa dura tão pouco. Muito interessante! Realmente o espaço que tem sido ocupado por esses grupos de extrema direita nos EUA é muito preocupante!!!! Concordo que eles deveriam ser podados desde já. MAs onde é que está a esquerda americana? Onde é que estão os intelectuais, os historiadores, os sociólogos que não se manifestam? É também necessário re-organizar o projeto de país. Não dá pra reconstruir o que deu errado!

  2. 2
    yula:

    Parabéns ao Milênio pela interessantíssima entrevista com Frank Rich. O enorme talento do entrevistador Jorge Pontual nos ofereceu uma conversa esclarecedora sobre a política americana com um escritor que coloca de forma imparcial suas impressões sobre a situação confusa que os EUA está passando. Sempre assirtir Milênio é uma surpresa enriquecedora.Obrigada, Yula

  3. 3
    Sérgio Manchester:

    Bom dia. Fiquei surpreso com Jorge Pontual neste último programa ao comparar o super-votado palhaço Tiririca com o jornalista americano Glenn Beck. Não é possível que um palhaço suspeito de ser analfabeto e com um senso de humor de gosto duvidoso, tenha qualquer semelhança com um jornalista erudito, apresentador da Foxnews, com vários livros publicados, e que apenas utiliza uma pitada de humor para quebrar o tom professoral dos seus programas, tanto na TV, como também no Rádio.
    Seria como comparar o Jô Soares, que também utiliza o humor com maestria em todas as suas áreas de atuação, com o próprio Tiririca.
    Inconcebível tal comparação.

  4. 4
    Rafael Kafka:

    O Tea Party é legítimo representante da Direita Conservadora Estadunidense que é focada em um estado eficiente, impostos baixos, equilíbrio fiscal, em responsabilidade!

    Se isso é extremo para o senhor Pontual é porque certamente o extremismo não está no Tea Party mas nele.

    É lamentável ver o quanto esse programa é cada dia menos plural e mais partidário.

  5. 5
    Rafael Kafka:

    Comparar Beck com Tiririca mostrou o rancor radical, a atitude partidária e nada plural de Jorge Pontual.

    A entrevista não passou de um desfile de mentiras, de culto risível a Obama e de ofensas e baixarias contra a Direita Conservadora estadunidense.

    Obama nunca foi conciliador, nunca aprovou de forma bipartidária, não ajudou o emprego em nada, pelo contrário, o aumento trilionário do déficit só afundou ainda mais a economia e a entrevista não fez nada além de bajulá-lo!

    Para o entrevistado e Jorge Pontual, Obama, que fez o maior aumento do déficit na história, explodindo o já enorne estado Americano, foi pouco esquerdista e deveria ser ainda mais radical!

  6. 6
    Pedro Souza:

    E uma lastima o que vivemos. A midia simplesmente esta desconectada com o povo e pouco se lixando.
    Esse senhor Rich do new york times e um cara de esquerda e que, durante a entrevista, distorceu, mentiu, escondeu fatos, disse meias verdades e ainda posa de “analista” politico.
    Ora, nos EUA, nao ha analistas politicos “puros” como no Brasil (pela falta de linhas claras de divisao ideologica em todos os campos da sociedade). O new york times e conhecido como serem simplesmente uns malucos de esquerda. Nao se leva o NYT a serio nos EUA. Pelo menos pra quem quer uma analise honesta.

    Po, o program do milenio e tao bom, e fica nessa de puxar o saco com essas figuras pateticas. A analise dele esta sob uma luz de esquerda tao enviesada que o cara simplesmente desinformou o publico brasileiro.

    Eu simplesmente nao entendo o porque o programa milenio segue essa receita. Esse Frank Rich e aquele tipinho de que, qualquer um que discorda dele e racista, homofobico, anti muculmano, sexista, etc.etc.

    O tea party e um movimento legitimo que vem da sociedade americana simplesmente pela loucura que o obama esta tentando fazer nos EUA. Os numeros desse presidente (alias como mentiu o tal “jornalista” do NYT) e simplesmente o PIOR de todos os presidentes americanos no primeiro, antes do segundo ano de mandato.
    Um cara que continua imprimindo dinheiro como na alemanha dos anos 30, ou no Brasil dos anos 80, ou ainda como o zimbabwe dois anos atras. O cara e um anti-capitalista misturado com uma teologia de libertacao para africanos. E so ler.

    Com a era eletronica nao da mais pra assistir essas entrevistas e ficar calado. A gente conversa com amigos e a entrevista acaba sendo, em vez de fonte de informacao, de diversao.

  7. 7
    Sérgio Manchester:

    Creio que o Sr Jorge Pontual e a produção do Milênio tem por obrigação entrevistar o kornalista, escritor. apresentador de Rádio e TV Glenn Beck, porque, na melhor das hipóteses, é nítido que não o conhecem. A entrevista serviria para demonstrar que a GloboNews, não é uma emissora panfletária de esquerda que se presta apenas para ridicularizar os Republicanos e a sua oposição a Obama. Cpom certeza o Jorge Pontual nunca mais iria comparar o Glenn Beck com Tiririca.



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