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As lições de Cidade do México e Bogotá

sex, 20/05/11
por Marina Saraiva |

Depois de mostrar, em uma série especial, a ameaça que a poluição de São Paulo representa para a saúde (clique aqui e aqui para ver os programas), o Cidades e Soluções conta como Cidade do México e Bogotá conseguiram melhorar a qualidade do ar. A repórter Flávia Freire foi conferir as políticas públicas efetivas e o apoio da população que permitiram que as duas cidades conseguissem não só reduzir os impactos da poluição sobre a saúde pública, mas também melhorar sensivelmente as condições de mobilidade.

Respirando outros ares

qui, 19/05/11
por Marina Saraiva |

Confira aqui o depoimento da repórter Flávia Freire, que foi à Cidade do México e a Bogotá para ver de perto como as duas cidades conseguiram melhorar muito a qualidade do ar. Com  a editora Cristiana Randow e o repórter cinematográfico Eduardo Mendes, Flávia registrou as medidas que também resultaram na melhoria do tráfego, e conta aqui um pouco mais da experiência.

Há mais ou menos um ano eu e uma equipe de jornalistas da TV Globo tomamos uma decisão: “Precisamos chamar a atenção das pessoas para o problema da poluição do ar.”

Mas pra isso tínhamos que conhecer o assunto a fundo e começamos a pesquisar, a estudar e a viajar…

Assim surgiu o projeto “Respirar”.

Estivemos na Cidade do México que tem um trabalho sério de combate à poluição – e que conseguiu um feito inédito: não está mais entre as dez cidades mais poluídas do mundo.

Fomos também a Bogotá, a capital da Colômbia e a Curitiba, cidades que têm fama de serem “amigas” do meio ambiente e por isso têm muito a ensinar sobre como grandes centros urbanos podem crescer, se desenvolver sem agredi-lo.

Cidade do México

Na Cidade do México, fiquei impressionada com a seriedade com que as autoridades encaram o problema gravíssimo da poluição. Eles fazem atualizações constantes dos parâmetros de medição da qualidade do ar e isso dá ferramentas ao governo para tomar as medidas certas, como por exemplo, tirar parte dos carros das ruas e investir em transporte coletivo, em transporte alternativo, como a bicicleta e em programas como o de substituição de frota de táxis e ônibus velhos.

Flávia e a carteira de motorista mexicana, tirada em 1 hora

Ainda não é o melhor dos mundos, mas por razões óbvias eles acordaram para o problema da poluição muito antes que nós.

Aliás, foi incrível ver de perto como os ônibus são destruídos.

No começo deu muito medo.

Fiquei com “frio” na barriga; depois relaxei e curti bastante estar ali.

Tecnologia a favor da qualidade do ar

A população mexicana é muito engajada.

Todo mundo sabe que tem que fazer a sua parte pro seu próprio bem.

Em Bogotá, capital da Colômbia, o que mais me impressionou foi a relação de confiança que os moradores tem com o transporte público. O sistema Transmilenio é usado pela maior parte da população. É de altíssimo nível.

Eduardo, Flávia e Cristiana em Bogotá

Os ônibus vivem cheios também mas o sistema parece mais eficiente.Eu tranquilamente deixaria meu carro em casa pra usar o Transmilenio.Fiquei encantada.

Foi bacana ver que o problema da poluição também é visto com muita seriedade pelas autoridades de Bogotá.

A experiência de lá se aproveita de uma idéia que já tinha sido testada.

A dos corredores de ônibus de Curitiba, que existem há mais de trinta anos.

Eles serviram de exemplo pra vários países.

Hoje em dia, estão bem cheios, não são nenhum mar de rosas, mas os investimentos são constantes e isso mantém o sistema funcionando bem.

 

Ciclovias e corredores exclusivos para ônibus

Vamos aos dados:

Segundo a Organização Mundial da Saúde, dois milhões de pessoas morrem por ano, vítimas da poluição do ar no mundo.

É muita gente.

E metade dessas mortes está em países em desenvolvimento, que é o caso do Brasil.

As crianças e os idosos são mais sensíveis ao ar pesado, seco…

Para a maioria de nós, o problema passa despercebido.

É por isso que costumamos chamar a poluição de “o inimigo invisível”.

Esse é um problema de saúde de todos nós.

Precisamos acordar pra isso, abraçar a causa.

Em São Paulo, nós vamos fazer a medição da qualidade do ar nos quatro cantos da cidade e todo mundo vai poder acompanhar o resultado no telejornal local SPTV.

Um aparelho foi desenvolvido só pra isso.

É uma espécie de “pulmão eletrônico” que mostrará quanta poluição a gente respira sem nem se dar conta.

Vocês ainda vão ouvir falar muito sobre a poluição do ar.

Aguardem!

Por Flávia Freire, repórter e apresentadora da TV Globo

O resultado final da experiência

qui, 12/05/11
por Marina Saraiva |

A equipe multidisciplinar coordenada pelo dr. Paulo Saldiva e pela equipe do Instituto Saúde e Sustentabilidade preparou um relatório com todas as medições e o resultado da experiência que mostramos na série especial Poluição Mata. Você pode conferir o relatório clicando aqui.

E veja abaixo o segundo e último programa da série:

Por que São Paulo?

seg, 09/05/11
por Marina Saraiva |

Esta foi a pergunta feita por muitos telespectadores e internautas após a exibição do primeiro programa da série Poluição Mata, sobre os impactos da vida em um grande centro urbano. O problema é exclusivo de São Paulo? Que critérios determinam o nível de risco à saúde da população?

A dra. Evangelina Vormittag, médica e diretora-presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade, respondeu às dúvidas nos comentários. E agora pedimos licença a ela para transformar a resposta em um post.

“A poluição atmosférica atinge apenas a cidade de São Paulo? Grandes cidades ou capitais?
Veja aqui a resposta:
Vários fatores determinam o nível de poluição nas cidades, dentre eles, o número de veículos circulando pelas ruas da região. A Região Metropolitana de SP é a que apresenta os maiores índices de poluição de ar no país, devido a três fatores principais. Sua assustadora frota de 7 milhões de veículos automotivos, responsável por 90% dos poluentes gasosos. Veja o comentário impressionante do Dr. Paulo Saldiva, “Temos hoje cerca de um carro para cada dois habitantes, indicando que o número de sapatos e pneus circulantes é aproximadamente igual em nossa cidade”. Além da frota, temos o fator dispersão dos poluentes, que ocorre graças aos ventos e precipitações e que é muito prejudicada por episódios de inversão térmica, muito comuns nos meses de inverno.. O terceiro fator é a sua topografia, em que uma serra ao norte da região prejudica a dispersão dos poluentes. O Dr. Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, e seu grupo estão entre os cinco que mais publicam sobre este tema no mundo, e, portanto, há mais conhecimento e dados sobre SP do que outras cidades. Este grupo realizou um estudo, juntamente com outras universidades, solicitado pelo Ministério do Meio Ambiente, sobre os níveis de poluição em 6 cidades do Brasil. O resultado revela: SP em 1º lugar, seguida pelo Rio de Janeiro; Porto Alegre e Belo Horizonte disputando o 3º lugar, seguem-se Recife e Curitiba. Pequenos e médios municípios sofrem bastante com a poluição atmosférica, por exemplo causada principalmente por terem veículos mais antigos e muitas motocicletas, que poluem muito mais, respectivamente 40 e 6 vezes mais que os modernos. Se há transporte coletivo, geralmente a frota é antiga, havendo emissão de mais poluentes em relação ao que ocorre em grandes municípios Outro fator no interior, por exemplo, é a queima de cana de açúcar. Foram realizados estudos em Araraquara e Piracicaba, onde a queima da palha de cana leva a um aumento da poluição atmosférica semelhante à produzida pelo uso de combustíveis fósseis nos grandes centros urbanos. Finalizando, vale lembrar que a poluição dentro das casas causada pelo uso do fogão a lenha (60% das casas do Nordeste), é maior que a do centro da cidade de São Paulo em períodos de pico de trânsito, sendo responsável pela morte de mais de 1 milhão de crianças no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.”
Evangelina Vormittag, médica, diretora presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. [email protected] / www.saudeesustentabilidade.org.br

Poluição mata – primeiro programa

qui, 05/05/11
por Marina Saraiva |

A maior cidade do país foi o laboratório para uma experiência inédita: quais os efeitos da poluição urbana sobre a saúde das pessoas? André Trigueiro foi a cobaia de uma equipe de médicos e especialistas, coordenada pelo professor Paulo Saldiva (Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP). Com o apoio do Instituto Saúde e Sustentabilidade, André fez um percurso a pé, de carro e de metrô por São Paulo, enquanto eram monitorados diversos indicadores: frequência cardíaca, inalação de material particulado e monóxido de carbono, exposição a ruído, temperatura ambiente, pressão arterial, umidade relativa do ar.

A primeira parte dessa experiência você assiste clicando ali em cima.

Para saber mais sobre o Instituto Saúde e Sustentabilidade, dedicado a promover a saúde e o desenvolvimento sustentável, é só clicar aqui. No site, você encontra informações sobre os projetos e eventos promovidos pelo Instituto, e o link para adquirir o livro “Meio Ambiente e Saúde: o desafio das metrópoles”, coordenado pelo professor Paulo Saldiva.

Para quem quer saber mais sobre o assunto, a diretora-presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag, destacou dois artigos, que você confere nos links abaixo:

“Um check-up de São Paulo: a saúde precária de uma velha senhora”, publicado na revista Scientific American Brasil em abril de 2010.

“Sumário de evidências, saúde, sustentabilidade e cidadania: um observatório de caso urbano, tendo como cenário a Região Metropolitana de São Paulo”

O homem-bomba do bem

seg, 02/05/11
por Marina Saraiva |

André Trigueiro é a cobaia de uma experiência reveladora: quais são os impactos sobre a saúde de uma pessoa que transita por São Paulo? Acompanhado por uma equipe de médicos e especialistas, nosso “homem-bomba do bem” é a prova de como a poluição do ar, sonora, o estresse, as altas temperaturas e baixa umidade cobram um preço alto, de saúde, que pagamos todos os dias sem perceber.



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