Cidades e Soluções

É cada vez mais frequente a criação de abelhas na cidade-luz. Paris se transformou em um território livre para a produção de mel e o Cidades e Soluções vai mostrar como isso está acontecendo. Veja também como a produção de castanhas mudou a realidade de uma pequena cidade do Rio Grande do Norte.

Em Paris, qualquer um pode instalar colmeias no jardim de casa, no terraço ou na sacada. A moda pegou tanto que até monumentos ícones da capital francesa participam. Quem passa aqui na frente do Grand Palais jamais poderia imaginar que tem produção de mel no telhado. Nicolàs Géant já instalou 800 colmeias na região de Paris, e 120 só na capital, como na Catedral de Notre Dame. A cada duas semanas, ele monitora todas elas, e garante que o único inimigo das abelhas é o vento.

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Em Apodi, no sertão potiguar, os produtores de castanha descobriram a receita para ter sucesso na comercialização do produto. Ele se uniram em cooperativas, aproveitando tudo que o fruto do caju tem a oferecer. Com o cooperativismo e o apoio de parceiros importantes, eles conseguiram agregar valor à produção e a se desenvolver cada vez mais.

Em 2013, Vinícius Claudino de Sá, professor do curso de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), desenvolveu uma tecnologia de extração de suco a vapor, que visa oferecer uma alternativa de renda para produtores rurais por meio da produção e venda de sucos, sendo possível ainda aproveitar o bagaço para geleias biscoitos, bolos e ração animal. O projeto ganhou o Prêmio Santander Universidade Solidária 2013. O objetivo da premiação era oferecer alternativa de renda para os 300 produtores do município de Apodi, no Rio Grande do Norte, um dos três estados que mais produzem castanha-de-caju do país.

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Em março deste ano, foi inaugurada a Cooperativa Central da Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Cooafarn), localizada na cidade de Apodi, a 335 quilômetros de Natal. Ela tem o papel de apoiar a gestão das nove cooperativas de produtores integrantes do projeto, além de beneficiar a amêndoa com cobertura de caramelo ou chocolate, embalar o produto e buscar melhores condições de comercialização. Com a reunião da produção em uma central, será possível reduzir os custos na distribuição e logística e ganhar poder de negociação com a venda de grandes quantidades. A ação objetiva apoiar agricultores familiares na formação de empreendimentos solidários e sustentáveis voltados para a atuação ao longo de toda a cadeia produtiva da cajucultura. A iniciativa recebeu investimento social da Fundação Banco do Brasil de R$ 6,8 milhões e abrange comunidades rurais em dez cidades do estado: Porto Alegre, Severiano Melo, Apodi, Caraúbas, Campo Grande e Assu, na região oeste do Rio Grande do Norte; Macaíba, Pureza, Touros e Vera Cruz, na região do Mato Grande, parte leste do estado. Ao todo, cerca de 3 mil pessoas são beneficiadas com inclusão socio-produtiva.

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https://www.miel-paris.com/

Metade dos assassinatos de ativistas ambientais em todo o mundo ocorreu no Brasil, entre 2002 e 2013. De 908 casos, 448 foram registrados aqui. O Cidades e Soluções revela em detalhes esse ambiente de violência e impunidade. Fomos até o Acre para mostrar como está Xapuri, onde fica a Reserva Extrativista Chico Mendes que tem quase um 1 milhão de hectares, abrange 7 municípios acreanos e foi criada para ser uma área de conservação, onde as populações tradicionais pudessem viver da exploração sustentável dos recursos florestais. 25 anos depois da morte de seu líder, a região continua sofrendo com o desmatamento e a ocupação ilegal.

Em entrevista exclusiva ao Cidades e Soluções, o economista americano Jeffrey Sachs manifestou a preocupação com o modelo de desenvolvimento praticado na maioria dos países e defendeu políticas públicas que promovam a proteção ambiental e uma melhor distribuição de renda. No programa, você também vai ver como Jeffrey Sachs está seguindo a missão de construir a mais importante agenda do milênio: os objetivos do desenvolvimento sustentável.

Os dois estados mais populosos e economicamente importantes do Brasil disputam a água da mesma bacia hidrográfica. Pela primeira vez na História, São Paulo e Rio de Janeiro explicitaram publicamente suas diferenças em relação a captação das águas do Paraíba do Sul. Quem tem razão? Como resolver a demanda crescente por água nos dois estados? É o que você vai ver nesta edição especial do Cidades e Soluções.

Que tal viver em um planeta onde há mais pessoas com acesso a telefones celulares do que a banheiros? A conta foi feita pelas Nações Unidas. Apenas 4 bilhões e meio de pessoas têm acesso a banheiros. Um bilhão de pessoas fazem suas necessidades fisiológicas a céu aberto. O Brasil aparece como um dos 10 piores países do mundo, quando o assunto é a falta de banheiros. O Cidades e Soluções foi até o Maranhão para visitar o município com o menor número de banheiros por habitante do Brasil. Na Suécia, descobrimos uma invenção que que transforma dejetos humanos em adubo já está sendo utilizada na África. Direto da Califórnia, nossa correspondente mostra o projeto de banheiro que venceu um concurso internacional organizado pela fundação de Bill e Melinda Gates.

Quando se fala em poluição do ar, a gente logo lembra do ar da rua, com fumaça, poeira, materiais particulados que fazem mal a nossa saúde.  Mas muitos estudos demonstram que o ar que a gente respira dentro de casa, no escritório, em ambientes internos mais fechados, são por vezes mais poluídos e ameaçadores à saúde do que o ar da rua. A culpa é dos COVs (compostos orgânicos voláteis), que estão por toda parte. No Cidades e Soluções dessa semana, você vai saber o que é isso e como a ciência descobriu por acaso a importância das plantas no combate a essas substâncias ameaçadoras.

Que tal produzir você mesmo a energia consumida na sua casa? No Cidades e Soluções dessa semana, você vai descobrir se vale a pena investir. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível que você ainda tenha descontos ou mesmo deixe de pagar a conta de luz. Visitamos a primeira residência do Rio de Janeiro oficialmente registrada na Aneel com um sistema de microgeração de energia.

A bióloga Neiva Guedes com um filhote de Arara Azul

No Cidades e Soluções, você vai acompanhar como é feito o trabalho de preservação da Arara Azul. A espécie entrou pra lista das espécies ameaçadas de extinção na década de 80, mas vem se recuperando graças ao trabalho incrível da bióloga Neiva Guedes e do Instituto Arara Azul.

Logo no primeiro bate-papo com a Neiva, fiquei encantada. A história dela por si só já valia a reportagem, mas quando se misturou com a beleza das araras azuis, ficou ainda mais encantadora. Conhecer alguém que dedicou boa parte da sua vida profissional, e até a pessoal, à natureza foi um incentivo pra fazer a reportagem com ainda mais empenho.

Durante dois dias, pude conhecer um pouco da vida no pantanal sul-matogrossense e ver muitas araras azuis cruzando os céus da região. Um sinal de que o projeto deu certo e que outras pessoas da cidade, assim como eu, também mereciam conhecê-lo.

por Klara Duccini

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A construção civil é setor da economia que mais impacta o meio ambiente. O Cidades e Soluções, desta semana, abre espaço para projetos inovadores que promovem modelos construtivos mais eficientes e sustentáveis. Para compensar a falta de verde nas grandes cidades, por que não um telhado verde?! O que já é realidade em diversas partes do mundo está ganhando força no Brasil. Acompanhamos a montagem de um telhado verde em São Paulo, e mostramos a solução encontrada por um shopping center para diminuir a quantidade de lixo orgânico que o empreendimento enviava para os aterros sanitários.
No Sul do Brasil, empresários paranaenses apostaram nos contêineres como local de trabalho e economizaram espaço, tempo e dinheiro na construção.

No Cidades e Soluções desta semana, conheça os bastidores de um dos mais modernos viveiros de mudas de árvores do país. Veja como o conhecimento científico e a inovação tecnológica ajudam a aquecer um mercado que ganha força no Brasil. E a expectativa de que proprietários rurais possam revegetar uma área equivalente a 5 vezes o estado do rio de janeiro por conta do código florestal.

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Abaixo, seguem os números parciais referentes a produção de mudas nativas no Brasil levantados por um projeto feito por uma COOPERAÇÃO do MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA) E do INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA):

1. NOME DO PROJETO: “CUSTOS E GARGALOS PARA A RESTAURAÇÃO FLORESTAL NO BRASIL”
2. OBJETIVOS: Desenhar um panorama da situação dos viveiros no Brasil; compreender capacidade do país em cumprir sua legislação ambiental e propor políticas públicas que auxiliem para o cumprimento dessas leis.
3. METODOLOGIA: Entrevistas a viveiros e produtores de mudas e sementes de árvores nativas do Brasil através de um questionário estruturado, aplicado via telefone e email. Somente foram entrevistados viveiros que produzem espécies nativas.
4. RESULTADOS PARCIAIS (96% dos viveiros levantados inicialmente já foram entrevistados) – 249 viveiros responderam à entrevista.

Tabela 1. Número de viveiros que participaram da pesquisa, por região.

Fonte: dados da pesquisa.

Tabela 2. Capacidade média de produção anual de mudas por região.

Fonte: dados da pesquisa

Tabela 3. Produção anual média de mudas por região.

Fonte: dados da pesquisa