Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL) em entrevista ao MG2, da TV Globo. — Foto: Camila Falabela/g1
Os candidatos que estão no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte participaram de sabatinas ao vivo no MG2, da TV Globo.
No dia 14 de outubro, Fuad Noman (PSD) foi o entrevistado; no dia 15, foi a vez de Bruno Engler (PL). A ordem das sabatinas foi definida por sorteio.
A equipe do Fato ou Fake checou algumas declarações dos políticos. Leia abaixo:
- Fuad Noman (PSD)
- Bruno Engler (PL)
Fuad Noman (PSD)
"A cada 10 mil passageiros [do transporte público de Belo Horizonte], nós temos uma reclamação"
Fake — Foto: g1
A declaração é #FAKE. Veja por quê: A fala do prefeito foi uma resposta a respeito do número de reclamações registradas pelo transporte coletivo da capital entre janeiro e agosto de 2024 — mais de 36,2 mil.
Nos oito primeiros meses deste ano, de acordo com relatórios publicados pela prefeitura, o transporte coletivo da capital registrou cerca de 182,2 milhões de passageiros.
Da divisão do total de passageiros pelo total de reclamações, chega-se ao resultado de uma reclamação a, aproximadamente, cada 5 mil passageiros — e não 10 mil, como disse o candidato à reeleição.
Em nota, a assessoria do candidato disse que ele se referia somente aos dados dos meses de julho e de agosto. Apesar disso, ainda segundo os dados abertos da Prefeitura, em julho a média foi de 7.123 passageiros para cada reclamação e, em agosto, 6.571 passageiros por reclamação.
"No ano passado plantamos mais de 50 mil árvores"
Não é bem assim — Foto: g1
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: De acordo com dados fornecidos pela própria Prefeitura de Belo Horizonte, foram plantadas 24.830 árvores ao longo de 2023 pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, pela Superintendência de Zeladoria Urbana e pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.
Foram realizados quase 50 mil plantios considerando os anos de 2022 e 2023. Ao todo, foram plantadas 48.356 mudas de árvores no biênio, sendo 23.526 em 2022 e 24.830 em 2023.
Procurada pela reportagem, a assessoria do candidato confirmou que ele, de fato, se confundiu e queria se referir ao biênio, e não somente ao ano de 2023.
"Já tiramos de lá [Complexo da Lagoinha] várias pessoas [em situação de rua]. Temos um programa para recuperá-las, chamado Estamos Juntos [...]. Temos várias vagas abertas nas casas de passagem e estamos trabalhando para que essas pessoas sejam recicladas e voltem pro mercado de trabalho"
Fato — Foto: g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: O programa "Estamos Juntos", da Prefeitura de Belo Horizonte, foi criado em 2019 por meio das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico e de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, para "fomentar e garantir a inclusão produtiva da população em situação de rua ou com trajetória de vida nas ruas".
O programa foi ampliado e requalificado em 2023, com formação profissional, social e emocional para os atendidos e bolsa-auxílio por até 180 dias.
De acordo com a PBH, mais de 465 pessoas em situação de rua foram formadas pelo programa. Até junho de 2024, 45 foram contratadas pela iniciativa privada.
Bruno Engler (PL)
"Eu fui o autor da lei que congelou o IPVA em 2022 [em Minas Gerais]"
Fato — Foto: g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: O deputado estadual Bruno Engler foi o autor do projeto de lei 3278/2021, que originou a Lei Ordinária 24.029/2021, sancionada pelo governador Romeu Zema (Novo) em 29 de dezembro de 2021.
O texto prevê o congelamento da tabela de referência dos valores dos veículos nacionais e importados, para fins de cálculo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do ano de 2022 devido à pandemia.
"Todos os demais estados pagaram IPVA mais caro [em 2022]"
selo não é bem assim — Foto: arte
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: O estado do Mato Grosso também congelou o valor do IPVA cobrado em 2022. O texto foi de autoria do governador daquele estado e também passou por aprovação da Assembleia Legislativa.
Em nota, a campanha de Engler informou que se referia a propostas de congelamento do imposto por lei. No caso do estado Mato Grosso, foi por meio de decreto, aprovado pelo Legislativo.
Selo logo Fato ou Fake — Foto: g1