“A mãe dele me disse: ‘Você não percebeu que ele terminou com você?’” Entenda o que é ghosting
Terminar um relacionamento é quase sempre muito difícil. Mesmo quando as coisas não estão lá muito bem, é preciso coragem para chegar para outra pessoa e falar: "não quero mais". E é por isso que muita gente decide, simplesmente, não falar nada. E isso tem nome: ghosting.
O nome vem de "ghost", fantasma em inglês. Em português, fazer ghosting - ou dar um ghosting - seria algo como "dar um perdido".
A tática não é nova: tem aquela história clássica do sujeito que saiu para comprar cigarro e nunca mais voltou. Mas, com a tecnologia, as coisas ficaram muito mais simples - para quem deseja desaparecer.
Uma pesquisa feita por um aplicativo de paquera mostrou que quase 80% dos usuários que tinham entre 18 e 33 anos já tinham sido alvos de ghosting. Tanto homens quanto mulheres dão e levam ghosting. Só que, no caso das mulheres, o impacto emocional costuma ser muito maior.
“Muitas mulheres persistem nessas relações tentando ter algum contato, tentar uma explicação. No fundo, a tentativa de salvar a relação não é pelo homem em si, é para tentar salvar a própria autoestima. E isso coloca esse homem que, às vezes, é um perebado em um lugar muito importante. E ele é só um perebado”, explica a professora do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília Valeska Zanello.
O ghosting ou o "perdido" é considerado pelos especialistas uma falta de responsabilidade emocional ou afetiva.
“Responsabilidade afetiva não quer dizer que você tem que ter uma reciprocidade do afeto. Isso é outra coisa. Às vezes, acontece de você não gostar da pessoa ou acabar o encantamento, mas é ter responsabilidade com o outro, dando algum tipo de satisfação”, conclui a professora.
No próximo episódio de Isso Tem Nome, você vai saber como se chama aquela sensação de que, a qualquer momento, alguém vai descobrir que você é uma farsa, por mais bem preparado e bem-sucedido que você seja.
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