Por Fantástico

Você já foi interrompida no meio de uma frase? Ouviu alguém dizer que já passou da idade? Alguém já tentou te convencer de que é loucura da sua cabeça algo de que você tem certeza? ‘Isso Tem Nome’. E esta é a nova série do Fantástico. A repórter Ana Carolina Raimundi ouve especialistas e mulheres para, em três episódios, revelar que encontrar a palavra certa para situações incômodas pode ser um atalho para curar feridas, melhorar a autoestima e até denunciar um crime.

Isso tem nome — Foto: Fantástico

Veja abaixo as definições dos termos mostrados em cada episódio:

"O Etarismo é o preconceito de idade. Esse preconceito está relacionado a estereótipos negativos relacionados a idade, então é quando eu acho que uma pessoa é muito velha pra aprender, ela tem dificuldades por exemplo pra lidar com tecnologia, então eu assumo que todas as pessoas mais velhas tem dificuldade com tecnologia, ou eu assumo que todas as pessoas mais velhas tem dificuldade com aprendizado", explica Fran Winandy, psicóloga com experiência na área de Recursos Humanos e especialização em Diversidade Etária.

Isso tem nome: entenda o que é o etarismo, a discriminação por idade

Isso tem nome: entenda o que é o etarismo, a discriminação por idade

"Etarismo é um preconceito relacionado ao envelhecimento e à velhice. E geralmente é pautado em estereótipos negativos relacionados às pessoas mais velhas", diz Valeska Zanello, psicóloga e professora da UnB.

🎧Ouça o episódio do podcast Prazer, Renata que aborda o medo de envelhecer na visão de mulheres de diferentes gerações: Luiza Sonza, Fernanda Souza e Claudia Raia

Em inglês, é gaslighting. Em português, algo como "abuso emocional", um tipo de "violência psicológica". É quando você tem certeza absoluta de que alguma coisa está acontecendo, mas alguém tenta repetidamente lhe convencer de que é "loucura da sua cabeça". Esse tipo de manipulação psicológica pode acontecer em vários tipos de relação: familiares, de amizade e até de trabalho. No caso de casais, ela pode cometida por mulheres com seus parceiros e por homens e mulheres com seus parceiros do mesmo gênero.

Isso tem nome: entenda o que é 'gaslighting', um tipo de violência psicológica

Isso tem nome: entenda o que é 'gaslighting', um tipo de violência psicológica

“É uma manipulação psicológica onde o autor dessa violência tenta criar na vítima uma dúvida acerca da própria percepção, e inclusive da própria sanidade mental”, diz Valeska Zanello, psicóloga e professora da UnB.

"Etarismo é a discriminação baseada na idade, um tratamento diferenciado que se dá para as pessoas de acordo com a idade que ela tem", diz a arquiteta e escritora Joice Berth.

🎧 Ouça o podcast Isso É Fantástico com os bastidores do quadro Isso Tem Nome

O termo vem da junção das palavras “man”, homem, e “explain”, explicar. Ele é usado para descrever o comportamento de um homem que pressupõe que entende mais sobre algo do que a mulher, mesmo que ela seja especialista no assunto em questão.

Isso tem nome: entenda o que é 'mansplaining', quando um homem interrompe uma mulher

Isso tem nome: entenda o que é 'mansplaining', quando um homem interrompe uma mulher

“O mansplaining é homem explicando. Basicamente é aquela mania que os homens têm de achar que têm que explicar para a gente o óbvio, o básico. Ou, muitas das vezes, aquilo que nós sabemos muito mais do que eles. Como, por exemplo, eu já passei por situação de homem querer me explicar sobre menstruação”, conta a especialista Joice Berth.

“Isso é uma questão cultual, e a palavra cultura vem de cultivo. A humanidade foi cultivada dentro deste ideal de competitividade em que existe uma supremacia da voz masculina, da presença masculina. Então, os homens normalmente fazem isso sem perceber que estão fazendo”, explica a especialista Gal Barradas.

Esse comportamento vem, geralmente, junto de outro: o manterrupting. É quando a fala de uma mulher é interrompida, uma vez ou frequentemente, por um homem. O jogo de palavras é parecido: "man", homem, e "interrupting", interromper.

Um estudo de uma universidade americana analisou os discursos da Suprema Corte dos EUA. Eram 3 mulheres e 6 homens no tribunal, mas 65% das interrupções aconteciam quando as juízas tinham a fala, o que ilustra que os homens, em geral, se sentem mais à vontade para interromper a fala de uma mulher do que a de outro homem.

Participe do quadro Isso Tem Nome

Sentiu falta de algum termo? Quer sugerir um episódio sobre um comportamento específico? Você pode sugerir para o Fantástico! É só preencher sua sugestão na página VC no Fantástico.

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