Os preços no Rio de Janeiro variaram bastante desde 2014

Todo grande evento esportivo movimenta a economia do país que vai servir como sede. No Brasil, os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e a Copa do Mundo espalhada por várias capitais brasileiras foram provas disso. Agora é a vez de a Cidade Maravilhosa sentir novamente os efeitos com a chegada dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que acontecem em agosto e setembro. Muitas obras foram viabilizadas e a melhoria na infraestrutura urbana acaba refletindo na valorização dos imóveis, porém na balança ainda pesam os efeitos da crise econômica.

Um relatório do Ministério do Esporte indicou que dos 55 setores da economia que mais ganhariam com as Olimpíadas, o primeiro seria o da construção civil, com 10,5% dos efeitos totais, e o segundo seria o dos serviços imobiliários e aluguel, com 6,3%. De fato, o mercado imobiliário sentiu de forma positiva os efeitos, porém, com o agravamento da crise econômica, o mercado freou um pouco o crescimento e começou a ficar mais estável. "Há uma certa estabilidade nos preços do ano novo para cá. Porém senti um aumento de 10% nos valores", diz Darlan Carlos de Souza, representante do conselho do Creci-RJ (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro).

As competições olímpicas serão disputadas em quatro regiões do Rio de Janeiro. A Barra da Tijuca vai receber 20 esportes olímpicos e 14 paralímpicos, além da Vila Olímpica, o Centro de Imprensa, Praia Olímpica e o Centro de Transmissão Internacional. O Maracanã vai sediar seis esportes olímpicos e dois paralímpicos; Copacabana, oito e dois; e Deodoro, 12 e três, respectivamente.

Região do Maracanã vem se valorizando desde o início do ano, após queda no valor do m²

De acordo com o Índice FipeZap, é possível medir a evolução do preço do metro quadrado na Barra da Tijuca, no Maracanã e em Copacabana - o índice não acompanhou os valores de Deodoro. Nas três regiões, é possível perceber uma certa estabilidade no preço, comparando valores deste ano, de 2015 e 2014, tanto para venda quanto para aluguel.

Na Barra da Tijuca, em maio deste ano, o m² para venda no bairro era R$ 9.806. Houve uma pequena valorização desde o início do ano, já que em janeiro custava R$ 9.887. Porém, quando comparado maio com o mesmo mês de 2015, o preço desvalorizou 1,6%. Na época, era de R$ 9.969. Em agosto do ano passado, há um ano do início das Olimpíadas, o valor era de R$ 9.887 e, em 2014, dois anos antes da competição, de R$ 9.614.

No Maracanã, o preço do m² sofreu uma leve desvalorização neste ano em relação a 2015. Em maio, custava R$ 6.978, uma queda de 3,8% sobre o mesmo mês de 2015, quando era de R$ 7.254. Já em janeiro deste ano, o valor era de R$ 6.921, enquanto em 2015 era de R$ 7.201. Em agosto de 2015, há um ano dos Jogos Olímpicos, o valor era de R$ 7.080 e em agosto de 2014, de R$ 7.144.

Já em Copacabana, os preços ficaram bastante estáveis, variando entre R$ 11.680 em janeiro de 2015 e R$ 11.421 em maio deste ano. Sobre maio do ano passado, com valor de R$ 11.629, a queda foi de 1,8%. Quando faltava um ano para o início da competição, em agosto do ano passado, o valor era de R$ 11.541, enquanto há dois anos, era de R$ 11.561.

Confira a tabela com os preços do m² nos bairros que vão receber competições: