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11/07/2016 11h08 - Atualizado em 15/09/2016 18h42

Copo na mão, distância do volante

Ações de bares e aplicativos de celular ajudam cervejeiros a voltar com segurança após a balada.

porSomos Todos Cervejeiros

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Cervejeiros Cerveja transporte clientes (Foto: Viajante Cervejeiro )Tuk-tuk faz sucesso com clientes de bar em Brasília.

Um dos dilemas dos cervejeiros na hora de sair com amigos é como voltar para casa. Álcool e direção, você está cansando de saber, não combinam. Taxi pode ser caro e o transporte público durante a noite é deficitário em quase todas cidades brasileiras. Para não perder clientes, estabelecimentos encontraram algumas alternativas, seja oferecer eles mesmos o transporte ou se associarem com empresas para isso.

Um dos casos mais curiosos é o do tradicional Bar Godofredo, em Brasília, que desde 2015 transporta seus clientes em um charmoso tuk-tuk. “Eu estava fora do Brasil, indo para Machu Picchu (no Peru) e vi isso. Lá todo mundo usa tuk-tuk. Aí falei 'cara, vou colocar isso no meu bar para levar os clientes'”, lembra Aylton Tristão Pereira Neto, proprietário da casa, uma das mais antigas a servirem cervejas diversas na Capital Federal.

O sucesso foi instantâneo. “A galera se amarra. Quem usa uma vez quer sempre usar, tiram fotos, postam no Instagram, Facebook”, diz. Os tuk-tuks são muito conhecidos na Tailândia como meio de transporte, mas também fazem sucesso em países europeus e começam a aparecer mais no Brasil. Aylton conta que assim que voltou do Peru começou a pesquisar e encontrou uma empresa brasileira que fazia o modelo, da qual encomendou o veículo. No caso dele, foi limitado um raio de 15 quilômetros do bar, nas Asas Sul e Norte da cidade, por questões de segurança. Para quem quer ir ao bar, basta agendar o horário para o tuk-tuk buscar em casa. Quem quer voltar só precisa se apresentar após pagar a conta e esperar a vez da carona.

Tecnologia a serviço da segurança

Aplicativos de transporte também ajudam na hora de tomar uma cerveja no bar em segurança. Um deles é o PickMe App, lançado em Belo Horizonte em 2015. A ideia surgiu no fim de 2014 quando amigos começaram a pensar que deveriam ter algum benefício dos estabelecimentos que frequentavam após gastar tanto neles. “Começamos a pensar que, se gastamos tanto nos bares, por que eles não arcam com o custo do transporte, que é tão alto?”, comenta Gustavo Azevedo, CEO do PickMe App.

O PickMe App une bares, motoristas e clientes. Os comerciantes se cadastram e pagam uma taxa para custear o transporte de seus clientes, que vão e voltam de graça e em segurança da balada e, às vezes, até ganham cerveja dentro das vans. Para o estabelecimento, é uma forma de marketing ao mostrar que se importa com a segurança dos consumidores. E há retorno financeiro, já que o dinheiro que seria gasto com deslocamento acaba indo para o consumo. “A gente viu que o usuário do aplicativo consome até 30% mais na casa”.

Outros Apps de transporte, como o EasyTaxi, também já fizeram ações para incentivar quem vai para a balada a não dirigir. Em 2015, por exemplo, a empresa se uniu a fabricante de cervejas Ambev para uma ação na qual foram distribuídos milhares de vouchers que cobriam 100% do valor do taxi, para os baladeiros brindarem à vontade e voltarem em segurança para casa.

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