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14/12/2015 14h10 - Atualizado em 16/09/2016 15h44

Paranaense larga tudo, vira ‘mochileiro do malte’ e viaja o Brasil tomando cerveja

Edson Carvalho deixou o emprego, vendeu o carro e entregou a casa onde morava para ganhar a vida cruzando estradas e bebendo cerveja.

porSomos Todos Cervejeiros

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mochileiro_cerveja_1 (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)Publicitário largou tudo em 2014 para percorrer o
país atrás de uma paixão: degustar boas cervejas

Aos 36 anos, Edson Carvalho leva a vida que muito apreciador de cerveja pediu aos céus. Desde 2014, ele percorre o Brasil em busca de uma nova garrafa a cada parada. Viajando de carona pelos confins do país, se tornou o Viajante Cervejeiro, sua alcunha na internet e nas redes sociais, onde tem se tornado cada vez mais famoso.

Nascido em Porecatu, cidadezinha de 14 mil habitantes quase na divisa entre o Paraná e São Paulo, Edson é publicitário por formação. Sempre gostou de cerveja, mas jamais havia pensado em fazer do prazer um modo de vida. Tudo mudou a partir de 2006, quando foi cursar pós-graduação em Barcelona. “Até então eu gostava de cerveja, mas em quantidade. Não ligava muito para a qualidade. Foi na Espanha que esse mundo se abriu para mim. Fiquei amigo do dono de um bar especializado em artesanais e cada dia ele me apresentava uma cerveja”, conta.

De volta ao Brasil em 2008, mudou de profissão. Em Curitiba, onde fixou residência, foi o primeiro funcionário de uma loja de cervejas especiais e aprimorou os conhecimentos com cursos e workshops. Em 2011, retornou à Europa, mas desta vez sem passagem de volta. Percorreu o Velho Mundo, viajou pela Ásia, pisou em 22 países de quatro continentes. “As viagens eram sempre em busca de cervejas diferentes. E de lá eu escrevia sobre bares e cervejarias. As pessoas me pediam dicas e eu fazia uma espécie de guia de viagem cervejeiro”.

O negócio do ex-patrão cresceu e Edson foi convidado a voltar ao Brasil, desta vez abrindo filiais, treinando funcionários e supervisionando a criação de franquias. Não durou muito tempo. Era começo de 2014, o mercado de cervejas especiais crescia e ele sentiu que era hora de pegar a estrada outra vez. “Então decidi transformar minhas viagens em trabalho. Como não tinha grana para viver na estrada, reduzi ao máximo os custos”.

Sem endereço fixo há um ano e meio

mochileiro_cerveja_3 (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)De carona em carona, Edson conhece novos locais

O primeiro passo foi entregar a casa e não pagar aluguel. Para poupar com deslocamentos, vendeu o carro e decidiu viajar de carona. A hospedagem fica por conta dos amigos de copo que faz em cada nova cidade. O resto veio com a experiência de mochileiro conquistada no Exterior.

“Faz um ano e meio que não tenho endereço fixo. As pessoas me oferecem estadia e eu respondo: olha que eu aceito, hein”.

Desde o início da jornada, em 1º de maio de 2014, o Viajante Cervejeiro já percorreu 76 cidades de nove estados brasileiros. Só em cervejas, calcula ter experimentado pelo menos 200 rótulos diferentes. Fez inúmeros amigos, dormiu até dentro de um bar – mas não liquidou o estoque - e colecionou histórias saborosas.

Em Londrina, tomou uma cerveja feita a partir da levedura encontrada na barba de um mestre-cervejeiro norte americano. “Os donos da cervejaria levaram os fios da barba do cara para um laboratório, encontravam a levedura e dali produziram a cerveja. Era uma Belgian Ale, muito boa por sinal. Ainda bem que não tinha gosto de barba”, brinca.

Um dos maiores prazeres de Edson são os bares que descobre a cada parada. Em Ivoti, no interior do Rio Grande do Sul, ele encontrou um pub escondido nos fundos de uma loja de conveniência de um posto de gasolina. “Disseram que me levariam no melhor bar da cidade. Quando eu cheguei, era uma loja de posto, sem nada de mais. Foi quando o dono me convidou a conhecer o pub. Nos fundos na loja havia uma portinha que dava para um pátio. E lá no fim do pátio tinha outra porta. Quando ele abriu, era um pub maravilhoso. Cheio de gente, com um monte de cerveja diferente, música boa tocando, isolamento acústico. Parecia que eu estava na Irlanda”, afirma.

Viajante Cervejeiro vai tirar férias

mochileiro_cerveja_2 (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)Mochileiro descansa enquanto aguarda carona

Para ganhar a vida cruzando a estrada, o mochileiro planeja suas viagens. Cada Estado visitado é esquadrinhado antes da partida, em busca de bares, cervejarias, lojas, enfim, pessoas e estabelecimentos do universo cervejeiro. É por isso que, nos 18 quilos distribuídos pela mochila que leva às costas, o bem mais precioso é sua agenda de contatos. É nela que ele busca referências na comunidade cervejeira para a próxima parada. Assim, ele consegue promover palestras, sessões de degustação e harmonização de cervejas, ministra cursos de introdução à cultura cervejeira e faz relatos de suas viagens. Depois, publica essas experiências no site e nas redes sociais.

Agora, Edson está esvaziando a mochila. Sim, o Viajante Cervejeiro também tira férias. Pelos próximos dois meses, ele pretende parar as viagens. “Estou cansado”, admite. “E também é final de ano, época em que fica mais complicado montar os eventos e em que todo mundo está recebendo os familiares em casa. Não tem espaço pra mim”, brinca. A pausa, porém, é por tempo determinado. Em janeiro, ele parte do Centro-Oeste para Minas Gerais, Espírito Santo e de lá para o Norte e Nordeste do país. Depois, o objetivo é percorrer a América do Sul. “Tem muita cerveja boa me esperando”. Então, boa viagem. E saúde, viajante cervejeiro!

 

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