Sociedade chegou em janeiro e já realizou primeirabrassagem coletiva no Dia Internacional da Mulher
Criada em 2007 nos Estados Unidos para reunir as mulheres cervejeiras, a Pink Boots Society (PBS) chegou ao Brasil e começa a dar frutos. O grupo voltado para a formação, troca de informações e conhecimento da cadeia produtiva da cerveja oferece cursos, palestras e todos os aspectos dentro do mundo da bebida. Delas para elas.
Quem chegou com essa ideia por aqui foi a consultora de negócios em cervejarias Alex Iunes, que é meio brasileira, meio norte-americana, e conhece tudo de cerveja: da produção às técnicas de degustação. O objetivo do grupo é empoderar as mulheres a mostrar que esse universo não é apenas masculino. O foco principal da PBS são as profissionais do ramo cervejeiro. A entidade oferece bolsas de estudos nos Estados Unidos (ou online), networking e ações colaborativas.
Mas há atividades para as inexperientes no assunto. “A gente faz também degustações, eventos para mulheres que não trabalham no ramo conhecerem mais”, explica Alex. A ideia é divulgar que mulheres são cervejeiras, seja com o copo na mão, seja como produtoras. “Estamos aí fazendo a nossa parte, fazendo aquela cerveja gostosa que você está bebendo”. Os encontros do grupo são em eventos temáticos sobre a bebida ou em bares, sempre com o copo do lado, claro.
Cerveja produzida no Dia Internacional da Mulherteve renda revertida para ONGs
E a mulherada, literalmente, coloca a mão na massa. Uma das atividades que elas participaram foi a brassagem colaborativa realizada no Dia Internacional da Mulher, o maior evento do tipo no mundo. Organizada pela PBS todos os anos em 8 de março, em 2015 pela primeira vez teve adesões no Brasil. Reunidas em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília, elas se juntaram a mais de 100 grupos em diversas partes do mundo para a produção da Unite Red Ale, cerveja que teve renda revertida para bolsas de estudos e ONGs.
Maria Cevada
No Rio, a embaixadora da PBS é a sommelier e blogueira Amanda Henriques. Assim como muitas pessoas, o interesse dela pelos diferentes estilos de cerveja começou pelas de trigo, mas se aprofundou com uma implicância. “Me chamaram pra uma degustação de uma cerveja, uma Black IPA. Experimentei e achei estranho”. Questionada por um dos sócios da cervejaria sobre o que tinha achado, Amanda comentou não ter gostado. “Aí ele disse 'um dia você vai entender'. Eu levei aquilo como uma provocação”, conta. A partir daí, se aprofundou no assunto, percebeu que havia pouca informação para quem é iniciante e começou seu blog, o Maria Cevada.
Por enquanto, o Pink Boots Society tem núcleos em Belo Horizonte e no Rio e está abrindo em São Paulo e Curitiba. Quem tiver interesse em conhecer mais, pode procurá-las no Facebook – tem versão nacional – para tirar dúvidas e saber como ingressar no ramo cervejeiro.
