Carolina Monnerat — Foto: Divulgação
Quantas pessoas têm a sorte de vislumbrar seu futuro profissional quando ainda estão entrando na adolescência? Carolina Monnerat soube que queria trabalhar com petróleo desde a 7ª série do ensino fundamental, quando começou a aprender química. Ela não poderia prever, no entanto, que a trajetória no setor de óleo e gás traria muito mais do que sucesso no trabalho.
A rotina de trabalho em uma plataforma se tornou uma escola de vida para a engenheira de sistemas submarinos na plataforma dos campos de Bijupirá & Salema, operada pela Shell, na Bacia de Campos. Aos 27 anos, ela ressalta a maturidade que a rotina de embarcado traz: “Toda vez que embarco, cresço anos da minha vida, e não só profissionalmente”.
Formada em Engenharia Química pela UFF (Universidade Federal Fluminense-RJ), Carolina atua em embarcações desde 2018. Nos primeiros dois anos, no entanto, trabalhava em barcos de intervenção submarina, no qual utilizam o ROV (Veículo Remotamente Operado). A partir de outubro de 2020, passou a embarcar em plataforma de petróleo como ponto focal do sistema submarino.
Preparação psicológica
Logo ela viu que a rotina em uma plataforma seria bem mais do que um desafio profissional. “Você não tem controle sobre certas coisas e, estando embarcado, precisa deixar de lado para não influenciar seu trabalho. Se levar a bordo, pode te atrapalhar e isso é um risco para você e para quem está lá. A preparação psicológica é muito importante”.
Com o dia a dia na plataforma, vieram aprendizados que vão muito além do conhecimento técnico necessário para o trabalho. “Da minha experiência embarcada, levo muitas histórias e memórias importantes para o meu aprendizado e evolução pessoal. Cada barco é uma família e trago um pouquinho de cada embarcação comigo. Quando estamos embarcados, a gente só tem aquelas pessoas: 100, 50, 30 em cada barco. Você precisa aprender a conviver com elas”.
Hoje, Carolina se orgulha do crescimento pessoal a partir da camaradagem da plataforma. O clima de “família” fez com que abrace comportamentos e opiniões diferentes. “Aprendi muito a respeitar diferentes culturas e pontos de vista. Pensar diferente é bom, amplia seu conhecimento de vida, do mundo. Tá tudo bem pensar diferente. Nas embarcações, tem pessoas de outros países. Ali, cada um depende do outro, todos estão interligados. A troca que mantemos é importante para mim e para eles”, conclui.
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