Guia de compras: g1 avalia 4 Androids e o iPhone 14 Pro
Eles são muito namorados na Black Friday. E dá para definir celulares que são objetos de desejo com muitos elogios: câmeras que pegam todos os detalhes, desempenho impecável, telas incríveis, armazenamento que quase nunca acaba.
Em 2021, o g1 testou cinco modelos dessa categoria. Agora, o Guia de Compras experimentou cinco novos smartphones 5G premium para descobrir suas diferenças – ou semelhanças, já que muitos são bastante parecidos por dentro.
Outros guias:
Foram avaliados desempenho, câmeras e duração da bateria. Nas conclusões, o custo-benefício também foi considerado (leia mais sobre como foram feitos os testes ao fim da reportagem).
Os aparelhos avaliados foram:
O que os smartphones têm em comum:
- Todos foram lançados em 2022, se encaixam na categoria topo de linha e estavam disponíveis nas lojas on-line em novembro
- Grande armazenamento interno: de 128 GB a 1 TB
- Nos Androids, o mesmo processador (Snapdragon 8 Gen 1)
- Conectividade 5G
- Carregamento rápido (entre 20W e 68W)
- Telas com taxas altas de atualização (120 e 144 Hz) para melhor desempenho
Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão.
iPhone 14 Pro — Foto: g1
O iPhone 14 Pro, da Apple, vai além do que o modelo "normal" oferece. A resolução da câmera é maior, o processador, mais poderoso, e alguns truques de sistema – como a nova "Dynamic Island" (central de notificações que esconde a câmera frontal) – diferenciam os dois aparelhos da marca.
Por outro lado, ele cobra o preço mais alto entre os modelos do teste. O iPhone 14 Pro, em sua configuração com 128 GB, era vendido por R$ 9.499 nas lojas on-line em novembro.
Como todos os demais aparelhos com sistema Android da lista têm 256 GB, vale comparar o preço do iPhone 14 Pro com esse armazenamento: R$ 10.499 nas lojas da internet.
Mas o celular da Apple é o único com opção de 512 GB e 1 TB (terabyte), que saíam por R$ 12.499 e R$ 14.999, respectivamente.
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Desempenho, 5G e Bateria
O chip A16 Bionic, exclusivo da linha iPhone 14 Pro, faz com que o smartphone da Apple seja o mais rápido em performance geral, à frente de todos os outros aparelhos com Android.
Em um dos testes, o iPhone 14 Pro chega a ser 2,5x mais veloz que o segundo colocado, o Moto Edge 30 Pro, da Motorola.
Para games e vídeo, a competição é mais equilibrada entre Androids e iPhone. No teste de desempenho gráfico, o Realme GT2 Pro e o Xiaomi 12 empataram com o iPhone 14 Pro.
Na avaliação do 5G, o iPhone 14 Pro foi o último da lista – com 515 Mbps de velocidade de download e 77 Mbps de upload.
Isso significa que – provavelmente – o iPhone não se conectou a uma rede de "5G puro" (ou standalone), mais veloz, e sim a uma rede NSA (non-standalone), que divide o sinal com as redes 4G.
A bateria segue o padrão dos iPhones, chegando a 10h30 longe da tomada e comparável aos modelos da Motorola e da Xiaomi do teste. É um dia de uso, em resumo.
Vale notar que o padrão de uso varia de acordo com o consumidor e também não significa que o celular vá estar totalmente descarregado após esse tempo.
Câmeras
O iPhone 14 Pro tem três câmeras atrás – e esse é seu diferencial mais visível em comparação ao iPhone 14, com duas lentes na traseira.
A câmera principal tem 48 megapixels de resolução. É a primeira vez que a Apple aumenta a resolução, já que o padrão costumava ser 12 mp.
Mas isso não significa tirar todas as fotos nesta resolução máxima. A fabricante adotou uma tecnologia chamada "quad-pixel", que agrupa quatro pontos de luz por vez.
Parece complicado, mas é só dividir o número total da resolução por 4: as fotos "normais" saem com 12 megapixels, com imagens mais otimizadas e com melhor qualidade final.
Dá para tirar fotos com 48 mp, usando o modo ProRAW, indicado para foto mais profissional e que será ajustada em apps de edição de imagem depois.
Os arquivos, porém, ficam enormes, com mais de 20 MB por foto. Uma imagem "normal" tem 2,5 MB, em média.
Esse sensor de 48 mp também permite tirar fotos com zoom de 3x ao aproximar as imagens, cortando-as em menores de 12 mp.
O conjunto de câmeras do iPhone 14 Pro tem ainda uma lente teleobjetiva com zoom de 3x e uma ultra grande angular (que atua como macro também), ambas com 12 mp de resolução. O zoom óptico total, usando as lentes, chega a 6x.
Na prática, as imagens são excelentes, nítidas e com cores bastante precisas.
Abaixo estão imagens feitas durante o dia com os celulares:
O modo noite, que tira fotos com menos luz, funciona bem – comparável ao que o Samsung Galaxy S22 Ultra e o Moto Edge 30 Pro fazem. O modo macro, ativado de forma automática, ao aproximar a câmera bem perto de objetos, é muito bom.
A câmera de selfies – chamada TrueDepth pela Apple – tem 12 megapixels de resolução. A grande novidade do iPhone 14 Pro é que essa câmera tem foco automático, algo raro nesse recurso, e a nitidez das imagens finais é muito boa.
Diferenciais
O iPhone 14 Pro tem alguns diferenciais de destaque, principalmente em comparação ao iPhone 14.
O primeiro é que o entalhe no topo da tela – chamado "notch" pelas fabricantes – deixou de ser uma "franja" na frente do aparelho, cobrindo uma pequena área útil do display.
Agora é uma "ilha", chamada de "Dynamic Island" pela Apple, que adota um truque divertido de sistema para mostrar notificações e controlar alguns apps direto daquela área especial.
O modelo também conta com algo que existia lá nos Nokia em 2010 e por vários Androids também, a tela sempre ligada, ou "Always on Display". Quando desativada, a tela mostra relógio e notificações em um modo de baixo consumo de energia.
Para completar os diferenciais, o iPhone 14 Pro conta com um modo de detecção de acidentes – que chama os serviços de emergência caso os sensores percebam um potencial acidente de carro. O recurso funciona no Brasil, segundo a Apple.
O iPhone 14 Pro também tem um novo modo de chamada de emergência por satélite. Na publicação da reportagem, ele não estava disponível no Brasil.
Motorola Moto Edge 30 Pro — Foto: g1
O Moto Edge 30 Pro é um dos celulares topo de linha da marca em 2022. Por ter sido lançado em fevereiro (e a fabricante já ter um modelo mais avançado, o Moto Edge 30 Ultra), tem uma vantagem grande em relação aos concorrentes: o preço.
O smartphone era vendido em novembro por R$ 3.500 nas lojas da internet, sendo assim o aparelho mais barato desta lista, na configuração com 256 GB de armazenamento interno.
E, por conta da sua ótima câmera e desempenho, é a melhor opção com relação custo/benefício do teste.
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Desempenho, 5G e bateria
O resultado dos testes dos celulares com sistema Android foi bastante parecido no geral – graças às configurações muito similares dos aparelhos.
O Moto Edge 30 Pro ficou em segundo lugar em um dos testes, atrás do iPhone 14 Pro, e em último em outros de performance geral e de vídeo.
Nos testes com 5G, o Moto Edge 30 Pro foi o mais rápido em download (848 Mbps) e segundo lugar em upload (105 Mbps), perdendo para o Samsung Galaxy S22 Ultra.
Já na bateria, com 10h40 de duração, ficou quase empatado com o Xiaomi 12 e à frente do iPhone 14 Pro por alguns minutos. De qualquer forma, esses números estão distantes das 13h obtidas pelo Realme GT2 Pro e Galaxy S22 Ultra.
Câmeras
O Moto Edge 30 Pro traz um conjunto de câmera dupla – apesar de ter três lentes atrás. A principal tem 50 megapixels de resolução, seguida por uma grande angular com macro de 50 mp.
Ambas também usam o sistema de "quad-pixel", tirando fotos a 12,5 mp. A seguir, veja fotos feitas à noite, com iluminação fraca:
A terceira "câmera" é um sensor de 2mp de profundidade, usado para desfocar o fundo nas fotos do tipo retrato. O modelo não oferece zoom óptico.
Apenas no modo Pro da câmera é possível fotografar a 50 megapixels em formato RAW, vale ressaltar – também gerando arquivos enormes, como no iPhone.
Os resultados no geral com as câmeras é muito bom – a competição entre os Androids é forte – imagens nítidas e bem definidas. O modo noturno (chamado Night Vision) funciona muito bem e as macros são excelentes.
Já a câmera frontal, apesar dos 60 megapixels de resolução da câmera (a maior da lista), traz resultados mistos. O celular pareceu criar imagens processadas demais, que perdiam cores ou ficavam artificiais.
Diferenciais
Em um mundo Android em que quase todos os celulares testados são parecidos, os diferenciais do Motorola não são muitos.
É o único, entre os aparelhos com o sistema do Google, a ter o sensor de digitais na lateral – nos demais, o sensor fica embaixo da tela.
A tela de 6,7" tem a maior taxa de atualização de 144 Hz entre os modelos do teste. A taxa de atualização mostra quantas vezes a tela "pisca" por segundo, gerando imagens mais fluidas e ajudando no desempenho de games mais pesados.
O carregador do aparelho, que vem na caixa, também é o de maior potência: 68 W (o Realme GT2 Pro tem um de 65 W).
Na teoria, a Motorola diz que consegue carregar 50% da bateria em apenas 15 minutos.
Na prática, o resultado varia de quanta carga resta no celular – se estiver muito baixa, próxima a zero, o carregamento será veloz. Se a carga estiver maior – acima dos 70%, por exemplo, não é tão rápido assim.
E em software e sistema, o Moto Edge 30 Pro roda Android 12.
Seu truque na manga aqui é o recurso Ready For, que permite usar o telefone como um PC se for conectado a um monitor ou TV – dá para jogar na tela grande, ver apps e usar o celular como webcam em vídeo chamadas. Mas precisa ter um teclado e mouse conectados.
Realme GT2 Pro — Foto: g1
O Realme GT2 Pro é o celular topo de linha da marca chinesa, o único da lista com um design e acabamento diferentes do padrão dos Androids, com vidro na frente/plástico reforçado atrás.
Nas lojas on-line, era vendido por R$ 7.000 em novembro em sua configuração com 256 GB de armazenamento interno.
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Desempenho, 5G e bateria
Também movido a um chip Snapdragon 8 Gen 1, da Qualcomm, o Realme GT2 Pro ficou atrás do iPhone 14 Pro em todos os testes de desempenho.
Entre os aparelhos com Android, foi o mais rápido em um dos testes (seguido por Xiaomi, Samsung e Motorola) e empatou com o Xiaomi 12 nas avaliações de vídeo.
Nos testes com 5G, o celular da Realme ficou em segundo lugar na velocidade de download (702 Mbps) e atrás da Samsung e Motorola na velocidade de upload (94 Mbps).
Na bateria, ficou em segundo lugar com 13h de duração – apenas 10 minutos a menos que o Samsung Galaxy S22.
Câmeras
A configuração de câmeras do Realme GT2 Pro é muito parecida com a do Moto Edge 30 Pro. São duas lentes (principal e ultra-grande angular) com 50 megapixels de resolução cada, também com modo quad-pixel – as imagens saem com 12,5 mp.
É possível fotografar a 50 mp no modo automático com o mesmo nome e no modo Pro.
As fotos ficam boas, mas aqui o problema é o uso excessivo de recursos para aprimorar a imagem – nuvens no céu ficam exageradas, as cores não parecem muito reais e o modo noturno fica mais brilhante e iluminado, de forma artificial.
A terceira lente traseira, menor, é exclusiva do GT2 Pro e permite fazer uma brincadeira bastante divertida: é um microscópio que se aproxima entre 20x e 40x.
Esse é o grande diferencial desse celular, embora não se justifique comprar um telefone apenas por causa disso.
Abaixo estão exemplos de fotos em macro – e micro, no caso do Reame.
Ao usar o microscópio, os dois flashes LED do celular se acendem e é preciso inclinar o telefone perto do objeto para conseguir focalizar. É um pouco complicado para aprender, mas gera resultados muito interessantes.
A câmera frontal para selfies tem 32 megapixels de resolução e traz bons resultados.
Diferenciais
O Realme GT2 Pro não traz grandes diferenciais em relação aos seus concorrentes, também com Android 12.
Porém, seu design é único entre os cinco modelos: a fabricante desenvolveu um acabamento traseiro que lembra papel. É um plástico (biopolímero) com ranhuras e detalhes, com um toque um pouco emborrachado e muito bonito.
Samsung Galaxy S22 Ultra — Foto: g1
Como ocorre com a Motorola, o Samsung Galaxy S22 Ultra também não é o aparelho mais "objeto de desejo" da fabricante – esse título fica para os dobráveis Galaxy Z Flip4 e Z Fold4 neste ano.
Mas é o celular com mais recursos e as câmeras mais avançadas da marca.
Nas lojas da internet, o Samsung Galaxy S22 Ultra era vendido por R$ 6.500 na segunda metade de novembro.
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Desempenho, 5G e bateria
No geral, o desempenho do Galaxy S22 Ultra é comparável ao da Realme e da Xiaomi, muitas vezes ficando em último lugar nos testes – como os resultados são medidos em pontos, a diferença é mínima entre eles.
Nos testes de vídeo (que também servem como referência para games), o Samsung foi o último da lista em todos os testes.
No 5G, foi o quarto mais rápido em velocidade de download, com 648 Mbps, e o mais rápido em upload, com 131 Mbps.
Já a bateria foi a melhor dos cinco aparelhos testados, com 13h10 de duração – um pouco à frente do Realme GT2 Pro e cerca de duas horas e meia a mais que Apple, Motorola e Xiaomi, que ficaram na faixa das 10h30.
Câmeras
O Samsung Galaxy S22 Ultra é o modelo com mais câmeras entre os celulares do teste – são quatro na traseira – contra três no iPhone 14 Pro e Xiaomi 12 e duas no Motorola e Realme.
A lente principal tem um sensor de 108 megapixels, a maior entre os cinco smartphones da avaliação. Mas tem ainda uma lente periscópio de 10 mp, uma grande angular de 12 mp e um zoom óptico também de 10 megapixels.
Como ocorre no iPhone 14 Pro e nos demais Androids com 50 mp, as fotos padrão saem com 12 mp – aqui, em vez de quatro pixels que se unem em um, são nove pontos (em termos técnicos, "nona-binning"). Os 108 mp ficam reservados para o modo Pro da câmera.
Esse monte de lentes traz a maior flexibilidade em uma cena entre os cinco aparelhos: dá para ir de uma paisagem aberta com a grande angular a dar zoom óptico em um detalhe em poucos passos.
E o S22 Ultra aprimorou a câmera-periscópio – que já estava presente no S21 Ultra (veja o teste) – para dar zoom digital de até 100x. Até 30x, em boas condições de luz, o resultado fica bom, acima disso é recurso para impressionar os amigos.
Mas, em noite de lua cheia, dá para tirar fotos muito interessantes. O iPhone 14 Pro e os demais Androids do teste não conseguiram fotografar além de um borrão.
A seguir, veja fotos feitas à noite com os cinco aparelhos:
No geral, as fotos do Galaxy S22 Ultra são muito boas, nítidas e com excelente reprodução de cor. O modo noturno é muito bom também.
As selfies são de 40 megapixels, também bastante boas.
Diferenciais
O Galaxy S22 Ultra herdou um recurso da antiga linha Galaxy Note, que não existe mais: a caneta stylus.
Embaixo do aparelho, próximo ao carregador, um clique revela a canetinha (chamada S-Pen) para escrever e desenhar na tela.
Em novembro, o aparelho recebeu atualização para Android 13 – o único da lista a ter a nova versão.
Xiaomi 12 — Foto: g1
O Xiaomi 12 é o único entre os aparelhos Android do teste com uma tela menor – de 6,2", pouco maior que a do iPhone 14.
A marca é conhecida por fabricar celulares mais econômicos, mas não é o caso aqui: o Xiaomi 12 é o segundo mais caro do teste, sendo vendido por R$ 8.700 nas lojas da internet em novembro.
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Desempenho, 5G e bateria
Nos testes, o Xiaomi 12 foi o terceiro mais rápido – atrás de Apple e Realme. Nos testes de vídeo, empatou com o Realme GT2 Pro.
Já nos testes com 5G, foram 659 Mbps de velocidade de download e 93 Mbps de upload.
A bateria ficou no final da lista, com 10h25, junto ao Moto Edge e iPhone 14 Pro.
Câmeras
O Xiaomi 12 tem um conjunto de três câmeras na parte traseira. O sensor principal tem 50 mp de resolução (com 12,5 mp no modo automático), mais uma grande angular de 13 mp e uma lente tele (2x) e macro de 5 megapixels.
Dos cinco aparelhos do teste, as fotos feitas com o Xiaomi 12 foram as que ficaram mais próximas do Galaxy S22 Ultra: nítidas, com ótimo balanço de cor, sem exageros ou retoques artificiais.
O modo noturno da câmera é excelente – mas um teste feito com iluminação artificial mostrou que o Xiaomi 12 (e os demais celulares) pode se confundir com a cor no resultado final (veja na conclusão).
A lente macro, quando ativada, permite chegar bem perto do objeto fotografado e tem um foco excelente, sem distorcer muito a cena – mas não é um microscópio, como ocorre no Realme GT2 Pro.
A câmera de selfies, com 32 megapixels, também produz bons resultados como a lente principal do aparelho. Veja algumas selfies na galeria abaixo:
Diferenciais
A tela do Xiaomi 12, com bordas curvas, tem uma alta taxa de contraste – excelente para ver sob a luz do sol e ambientes externos – e, em termos técnicos, melhor que a do iPhone 14 Pro (5.000.000:1 no Xiaomi e 2.000.000:1 no iPhone).
Mas o iPhone tem uma tela que brilha mais (2.000 nits – termo usado para medir o brilho – contra 1.100 no Xiaomi).
Conclusão
RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO Os testes mostraram que todos celulares avaliados são muito bons, com ótimo desempenho e câmera. Mas, na hora de fazer a conta do que escolher, são duas opções.
A primeira, relacionada ao preço, é a do Moto Edge 30 Pro, da Motorola. É um hardware muito parecido com os modelos da Realme e da Xiaomi, com a vantagem de ter o menor valor nas lojas on-line em novembro – na faixa de R$ 3.500.
A segunda é do "conjunto geral da obra" – câmera, preço e recursos – e vai para o Samsung Galaxy S22 Ultra, vendido por um valor maior (R$ 6.500), mas ainda reduzido em comparação aos celulares da Realme e Xiaomi.
E O IPHONE? O iPhone 14 Pro entra no topo da categoria dos celulares objeto de desejo – configurações e câmeras incríveis, tela e recursos profissionais.
Vale o investimento? Sem dúvida. Mas muitas vezes pode ser avançado demais para a maioria das pessoas que apenas o iPhone 14 "normal" já atende.
ADEUS FONE DE OUVIDO Nenhum dos celulares do teste tem entrada padrão para fones de ouvido (3,5mm). A alternativa aqui é usar um fone de ouvido sem fio, com bluetooth, ou um modelo com conector USB-C – nenhum dos dois, porém, vem na caixa dos produtos.
NEM TODO SENSOR É IGUAL Uma brincadeira curiosa durante os testes foi fotografar em ambientes escuros com luz colorida – e os resultados foram diferentes.
Para ficar em um exemplo, com iluminação mais avermelhada (com tons fracos de azul), alguns smartphones penaram.
Veja nas fotos abaixo:
A referência – mais próxima da realidade – foi do Motorola Edge 30 Pro, seguida do Galaxy S22 Ultra, que ficaram mais "rosa". Os outros aparelhos puxaram a cor para o azul e roxo.
Como foram feitos os testes
O g1 selecionou smartphones da categoria premium lançados em 2022 com conectividade 5G e disponíveis nas lojas on-line em novembro. Aparelhos como o Asus Zenfone 9 não estavam à venda em grandes lojas, por exemplo, durante a realização do teste.
Os produtos foram cedidos em caráter de teste e serão devolvidos.
Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 5, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.
Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.
Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino.
A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.
O resultado é uma estimativa de quanto aquela bateria pode durar longe da tomada. Na prática o número da vida real pode ser distinto, já que não usamos o telefone da forma intensiva o tempo todo.
Para os testes de câmera, foram feitas fotos dentro de casa e na rua (quando possível), com várias mudanças de iluminação em cenários similares para poder comparar as imagens.
Os testes de 5G foram feitos usando uma linha da operadora Vivo, no bairro do Cambuci, em São Paulo. O aplicativo SpeedTest, da Ookla, serviu para medir velocidades de download e upload.
ATENÇÃO PARA O 5G: Os resultados do teste com 5G dependem de diversos fatores, como qualidade do sinal, distância da antena 5G, se o 5G é "puro" (o chamado standalone) ou compartilhado com a rede 4G ("non-standalone") e até mesmo usar o celular em ambiente interno ou externo.
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