Por Henrique Martin, g1


Smartbands: teste com modelos da Amazfit, Xiaomi e Huawei — Foto: g1

As smartbands – ou pulseiras inteligentes – são o primeiro passo para quem quer começar a acompanhar informações sobre saúde no pulso, fazer exercícios e ver notificações do celular.

Esses aparelhos têm a grande vantagem de serem mais baratos que um smartwatch, o relógio inteligente.

O Guia de Compras testou três modelos de smartbands, com preços na faixa entre R$ 300 e R$ 400, na segunda metade de novembro nas lojas on-line. Para comparação, um smartwatch mais básico custa em torno de R$ 800.

Outros guias:

Curiosamente, as três pulseiras do teste têm o mesmo nome: Band 7, mudando somente a marca. Os modelos são os mais recentes lançados nas lojas on-line.

As funções são muito similares: todas medem batimentos cardíacos, oxigenação do sangue, acompanham o sono e estresse. Mudam os formatos das pulseiras e os aplicativos que se integram ao celular.

Os modelos avaliados foram:

Vale notar que autoridades de Saúde e os próprios fabricantes alertam que os dados de monitoramento desses aparelhos não substituem acompanhamento médico.

Os testes incluíram o uso diário das pulseiras, incluindo caminhadas e corridas. Veja a seguir os resultados e, ao final da reportagem, a conclusão.

Amazfit Band 7 — Foto: g1

A Amazfit Band 7 é uma pulseira inteligente com tela de 1,47" e grande duração de bateria. É a única com integração com a assistente digital Alexa, da Amazon.

Tem a melhor relação custo/benefício entre os modelos do teste, com um bom desempenho aliado ao menor preço entre as três pulseiras. Em novembro, nas lojas on-line, era vendida por R$ 300.

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Design e sistema

O visual da Amazfit Band 7 é muito parecido com o da Huawei Band 7 – ambas com o mesmo tamanho e formato retangular.

O dispositivo não tem botões e todos os comandos são feitos arrastando o dedo pela pequena tela sensível ao toque. A parte principal da smartband mede 42,3 x 24,3 x 12,2 mm.

A pulseira, que pode ser trocada, é feita em TPU (termoplástico de poliuretano) – um material bastante flexível e resistente.

A smartband usa o aplicativo Zepp para se conectar ao smartphone – Android ou iPhone.

O Zepp se integra bem ao uso com Android, com envio de notificações de ligações e mensagens.

Recursos de saúde

A Amazfit Band 7 monitora frequência cardíaca, oxigenação do sangue e estresse o tempo todo. E o Zepp atua como uma central de controle do dispositivo, trazendo também informações de saúde e treinamentos.

Como ocorre nos smartwatches da marca (veja o teste do Amazfit GTS 3), a pulseira adota um conceito chamado PAI para avaliar o desempenho nos esportes.

PAI é a sigla para Inteligência de Atividade Pessoal (Personal Activity Intelligence, em inglês), que dá uma nota de acordo com os batimentos cardíacos e outras atividades cotidianas.

A marca diz que o indicado é manter o índice de 100 PAI nas medições que consideram os últimos sete dias de uso.

A pulseira traz acompanhamento de 120 modos esportivos e até reconhece algumas atividades de forma automática após um tempo – basta caminhar ou correr por alguns minutos, por exemplo, para o exercício ser notado pelo aparelho.

Um recurso muito interessante para corrida é que é possível criar treinos que "competem" com suas corridas anteriores. Desse modo, é possível apostar corrida com você mesmo em busca de um melhor tempo.

A pulseira ainda mede, durante o exercício, o consumo de oxigênio máximo – chamado VO2Max, que serve como referência para avaliar mudanças e melhoria na performance esportiva.

Amazfit Band 7 com informações durante exercício — Foto: Henrique Martin/g1

Assim como os outros modelos do teste, a pulseira da Amazfit tem resistência a água de até 50 metros de profundidade. O modelo ainda monitora o sono e faz acompanhamento de ciclo menstrual.

A compatibilidade com a assistente digital Alexa se dá por um atalho na tela principal. Após configurar no celular, basta ativar o recurso e pedir para a Alexa itens como marcar lembretes, alarmes e outras funções.

Bateria

A smartband da Amazfit levou 14 dias para chegar a 20% de carga, o que é um ótimo indicador – alternando dias com e sem exercício.

Huawei Band 7 — Foto: g1

Das três smartbands, a Huawei Band 7 é a que mais lembra um smartwatch, pelo tamanho um pouco maior do aparelho. A bateria tem grande duração e o equipamento tem desempenho comparável aos outros dois do teste.

A pulseira inteligente era vendida em novembro por R$ 400 nas lojas da internet.

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Design e sistema

Apesar de ter o mesmo tamanho de tela (1,47"), a Huawei Band 7 é um pouco mais alta e larga que a Amazfit Band 7 – o modelo mede 44,35 × 26 × 9,99 mm.

A maior diferença é a presença de um botão lateral para acessar o menu e complementar o uso da tela sensível ao toque.

Huawei Band 7 após terminar o exercício — Foto: Henrique Martin/g1

A pulseira também é feita em TPU e pode ser trocada. Diferente das smartbands da Amazfit e Xiaomi, que se encaixam em uma pulseira feita em peça única, a da Huawei fica encaixada nas partes superior e inferior da caixa do aparelho, como ocorre nos relógios.

O aplicativo usado é o Huawei Saúde, que tem versões para iOS e Android. Ao sincronizar a smartband ao celular, dá para ver notificações, ver a previsão do tempo e controlar músicas em reprodução.

A Huawei adota a medida de metas diárias, com círculos que vão se preenchendo durante o dia – se ficou em pé naquela hora, quantos passos deu e quantos minutos ficou em movimento. É algo muito parecido com os círculos de atividade que a Apple usa no Apple Watch.

A pulseira também tem resistência à água (50 metros de profundidade), monitoramento de batimentos cardíacos, estresse e de oxigenação do sangue. E consegue monitorar 96 tipos de treinos distintos. Tem detecção automática de alguns exercícios, como caminhada, corrida, elíptico e remador.

Como ocorre nos relógios da marca (veja o teste do Huawei GT 2 Pro), a Huawei Band 7 também monitora itens como índice de capacidade de corrida, volume de consumo de oxigênio durante o exercício (VO2Max) e informa o tempo de recuperação após um treino.

Bateria

A bateria da Huawei Band 7 levou 11 dias para chegar a 20% da carga. A fabricante indica que 5 minutos de carga permitem o uso por mais dois dias.

Xiaomi Smart Band 7 — Foto: g1

A Xiaomi Smart Band 7 é a smartband mais recente da marca que popularizou esse tipo de dispositivo vestível mais em conta. Tem um visual mais de "pulseira" que de relógio e conta com uma ótima duração de bateria também.

Nas lojas on-line, a Xiaomi Smart Band 7 era vendida por R$ 400 em novembro.

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Design e sistema

A tela da Xiaomi Smart Band 7 parece ser a maior entre as três pulseiras, com 1,62".

Mas com seu design mais fino e esticado, a tela é a mais alta das três (46,5 mm contra 44 mm da Huawei, mas também a mais estreita (20,7 mm, contra 26 mm da Huawei).

O modelo tem 12,2 mm de espessura – a mesma da Amazfit. A pulseira de TPU envolve todo o dispositivo – que não tem botões, apenas a tela sensível ao toque – e pode ser trocada.

Telas do Zepp (Amazfit), Huawei Saúde (Huawei) e Mi Fitness (Xiaomi) — Foto: Henrique Martin/g1

A sincronia com o celular é feita pelo app Mi Fitness, disponível para Android e iOS. Segundo a fabricante, a pulseira também sincroniza dados com o Strava (que monitora e compartilha dados de exercícios com amigos) e com o Apple Saúde, do iOS.

O app envia notificações do celular para a pulseira, que também mostra outras informações como previsão do tempo e controla músicas.

O Mi Fitness é bem parecido com o Huawei Health (e o Apple Saúde) na medição de metas diárias – também com círculos que acompanham passos, tempo em pé e em movimento.

Nas atividades físicas, são 110 modos de acompanhamento, com cinco atividades detectadas de forma automática – caminhada, corrida, esteira, máquina de remo e elíptico.

Xiaomi Smart Band 7 com resumo de dados após caminhada — Foto: Henrique Martin/g1

A pulseira da Xiaomi também consegue medir VO2Max e traz dados de efeito de treino, carga de treinamento e informa a duração de recuperação após um exercício.

Bateria

A bateria da Xiaomi Smart Band 7 levou 12 dias para atingir a carga de 20% alternando dias com e sem exercício.

Conclusão

MELHOR CUSTO/BENEFÍCIO: as três smartbands são muito parecidas – em recursos oferecidos (sono, batimentos, oxigenação do sangue), design e duração de bateria.

Pelo preço consultado em novembro, o modelo da Amazfit era o que oferecia uma melhor relação custo/benefício – por R$ 300 nas lojas on-line, era um bom investimento.

ATENÇÃO PARA A TELA: com tamanhos menores em comparação a um smartwatch – com mais área de visualização em telas maiores, enxergar a pequena tela de uma smartband pode ser complicado sob a luz do sol.

A dica aqui é aumentar o brilho do display nas configurações ao sair para fazer uma atividade física – se o nível estiver baixo, a chance de ver as informações é igualmente reduzida (ou quase impossível).

MAIS CONFORTÁVEL Pelo tamanho menor em relação aos smartwatches, as smartbands têm uma vantagem na hora de usar à noite para dormir – são mais leves e incomodam menos no pulso durante o sono.

PRECISA SEMPRE DO CELULAR As smartbands não têm algo essencial aos smartwatches: o GPS integrado para rastrear as rotas dos exercícios e caminhadas ao ar livre. Desse modo, sempre precisam do smartphone por perto para sincronizar os dados – o que pode demorar um pouco mais para acontecer.

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