Chuveiro ou ducha elétrica: saiba como escolher a opção ideal para sua residência — Foto: g1
O banho é um momento relaxante. Para isso, é preciso investir em um chuveiro que tenha uma potência adequada, uma pressão de água que se adeque às preferências e uma instalação compatível com o modelo escolhido .
Outros guias:
O Guia de Compras selecionou 6 modelos entre chuveiros e duchas elétricas, com preços que variavam entre R$ 140 a R$ 540, nas principais lojas on-line, em abril.
Chuveiro elétrico
É um modelo que possui sistema de aquecimento próprio e funciona por meio de uma resistência localizada na parte de dentro do chuveiro.
A pressão dos aparelho é medida em metros de coluna d'água (m.c.a), ou seja, a distância entre a instalação do chuveiro e a caixa d'água.
Se comparado a uma ducha elétrica, o chuveiro consome menos água, já que a sua vazão é menor, com cerca de 4 litros de água por minuto (entenda como ele pode influenciar a pressão da água, ao final da reportagem).
Chuveiro Polo Plus Hydra — Foto: g1
O chuveiro Polo Plus da Hydra tem sistema de controle de temperatura eletrônico com visor digital, que pode ser manuseado por uma haste. Nele, é possível acompanhar e controlar o quanto de água está sendo gasto por meio de gotinhas preenchidas conforme o uso.
A pressão mínima e máxima da ducha é de 1 m.c.a e 40 m.c.a, respectivamente.
Na versão de 110 V, a potência é de 5.500 W e no modelo de 220 V ela é de 7.700 W.
Seu preço era de R$ 450, nas principais lojas on-line, em abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Chuveiro Acqua Duo Lorenzetti — Foto: g1
O Acqua Duo da Lorenzetti é um modelo versátil que pode ser utilizado como chuveiro ou ducha, basta acionar a trava localizada na lateral do aparelho. Além disso, conta com sistema de controle eletrônico de temperatura.
A marca promete maior durabilidade da resistência do que nos modelos convencionais.
A potência da ducha de 110 V é de 5.500 W. No modelo de 220 V fica em 6.800 W ou 7.800 W, a depender da resistência escolhida.
Não conta com pressurizador, mas possui tecnologia Press Plus, que aumenta a pressão do jato de água. A pressão mínima e máxima da água fica entre 1 m.c.a e 40 m.c.a.
O chuveiro custava R$ 540, nas lojas on-line, em abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Ducha elétrica
Conta com sistema de aquecimento de água externo que pode ser a gás, solar ou elétrico, como é o caso dos modelos selecionados.
“Se for uma ducha elétrica, necessita de fiação elétrica, mas, se for uma ducha comum, não, porque ela já vem aquecida de acordo com o seu sistema de funcionamento”, explica Milene Galeti, professora do curso de engenharia elétrica do Centro Universitário FEI.
Assim como no chuveiro, a pressão da água na ducha elétrica é medida em m.c.a. Esses aparelhos consomem, em média, 10 litros de água por minuto.
Ducha Eletrônica Hydra Fit — Foto: g1
A ducha Eletrônica Fit da Hydra tem pressão mínima de 1 m.c.a e máxima de 40 m.c.a.
O sistema de controle de temperatura é eletrônico e pode ser manuseado por meio de uma haste acoplada ao chuveiro.
Disponível nas versões de 110 V e 220 V, tem potência de 5.500 W na primeira e 6.800 W na segunda.
Nas lojas on-line, o modelo saía por R$ 150, em abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Ducha Lorenzetti Top Jet Turbo Eletrônica — Foto: g1
A ducha Top Jet Turbo Eletrônica da Lorenzetti é um aparelho com 3 potências diferentes que são definidas de acordo com o modelo de resistência escolhido. Na versão de 110 V, a potência fica por volta de 5.500 W e na de 220 V pode chegar a 6.800 W ou 7.500 W.
O controle de temperatura é eletrônico e pode ser manuseado por meio de uma haste de 30 cm.
Com pressurizador embutido, possui botão liga e desliga para a função turbo, que é indicada para casas com pouca pressão de água, segundo a marca (saiba mais ao final da reportagem).
A pressão mínima e máxima da ducha é de 1 m.c.a e 40 m.c.a.
O modelo da Lorenzetti custava em torno de R$ 320, nas principais lojas on-line, no mês de abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Ducha Sublime Zagonel — Foto: g1
A ducha Sublime da Zagonel tem sistema de controle eletrônico de temperatura, com indicador de LED que varia a cor conforme o ajuste da haste.
Tem pressão mínima e máxima de, respectivamente, 1 m.c.a e 40 m.c.a.
O modelo tem potência de 5.500 W na versão de 110 V e 7.500 na de 220 V.
Possui jato inteligente que desliga quando a ducha manual é acionada.
O aparelho era vendido por R$ 140, nas principais lojas on-line, em abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Ducha Evidence Fame — Foto: g1
A ducha Evidence da Fame conta com sistema eletrônico de temperatura. A pressão mínima e máxima do aparelho é de 1,3 m.c.a e 40 m.c.a, respectivamente.
O aparelho apresenta potências distintas em cada voltagem. No modelo de 110 V, ela fica em 5.400 W e no de 220 V, 6.800 W.
O modelo custava em torno de R$ 140, no mês de abril.
🛒 Onde comprar o produto:
Selo Procel
Diferente dos eletrodomésticos comuns, como geladeira, máquina de lavar e micro-ondas, a classificação do chuveiro não é pela sua eficiência energética e, sim, pela sua potência.
“Isso acontece porque esses aparelhos têm uma troca de calor direta e, por isso, não têm muitas perdas, só com o contato com a água. Dessa forma, a eficiência energética é alta, mas é destacada em outro ponto”, destaca Milene Galeti.
O Selo Procel, emitido por laboratórios e entidades de certificação indicados pela Eletrobras e com supervisão do Inmetro, categoriza os aparelhos de A, potências abaixo de 2400 W, a G, acima de 7.900 W.
Segundo a engenheira elétrica, não existe uma potência melhor que a outra. Cada uma delas se adéqua a um determinado clima e região. No entanto, quanto mais alta for essa capacidade, se tem um volume de água mais quente e, consequentemente, um gasto maior de energia.
"Se você mora em uma região muito quente, não é necessário um chuveiro com uma potência muito alta, porque você vai sair do banho com mais calor do que entrou. Agora, para quem mora em uma região fria, é necessário um equipamento que forneça uma vazão de água e uma temperatura maior para dar conforto durante o banho”, analisa Galeti.
O Inmetro recomenda diferentes potências para cada região do Brasil. Para localidades com clima quente, como a região Norte, a indicação é investir em chuveiros com potências entre 2.400 W e 4.600, que estão nas categorias A, B e C.
Já para locais com climas amenos e quentes, como as regiões Nordeste e Centro-Oeste, o ideal é comprar aparelhos classificados com D ou E, com potências maiores que 4.600 W e menores que 6.800 W.
Por fim, para regiões com climas mais frios, como o Sul e Sudeste, a recomendação são chuveiros categorizados com F e G, com potências maiores que 6.800 W.
O que pode influenciar a pressão da água?
A pressão dos chuveiros é medida em m.c.a (metros de colunas d’água) que representa a distância entre o ponto de instalação de chuveiro e a caixa d’água. Antes da compra, recomenda-se verificar esse item que está indicado no manual do produto e na embalagem.
Para quem mora em apartamento, o cálculo é o mesmo, mas é preciso entender se existe alguma válvula reguladora no meio do caminho.
“Às vezes, o prédio é muito alto e eles colocam válvulas para evitar que a pressão fique muito alta nos apartamentos dos primeiros andares, o que pode ocasionar problemas de encanamento”, pontua Milene Galeti.
A vazão é um fator que pode influenciar no volume de pressão de água. Ela depende da preferência do usuário, responsável pela escolha de um jato potente ou não.
O espalhador é a parte do chuveiro com furinhos por onde sai a água.
“Então, quando a pressão é mais baixa, você busca um espalhador menor. Dessa forma, consegue direcionar mais o jato. Se você tem uma pressão muito alta, escolha um espalhador maior para não sentir um esguicho muito forte na pele”, recomenda Galeti.
No entanto, uma pressão inferior a 3 m.c.a não é indicada, porque o chuveiro vai passar pouca água e a resistência não vai funcionar. Esse quadro ocasiona um mau funcionamento do produto e pode queimar a resistência.
Em um chuveiro com baixa pressão, é possível optar por modelos com pressurizador embutido. Ele funciona com uma bomba capaz de dar mais força à água.
Agora, se a pressão for superior a 6 m.c.a, é necessário colocar um redutor, porque a água vai começar a sair pelas laterais do chuveiro e não pelo espalhador, que é o ideal.
Controle de temperatura
No mercado, são comercializados dois sistemas de controle de temperatura: o eletrônico e o multitemperaturas. O primeiro é uma opção moderna que, geralmente, possui uma haste utilizada para regular o aquecimento, ou não, da água.
O multitemperaturas é um modelo tradicional com três opções de temperatura (desligado, verão e inverno). No entanto, diferente do eletrônico, só é possível manuseá-lo com o chuveiro desligado.
No Selo Procel, são indicadas as capacidades mínimas e máximas de elevação de temperatura da água.
A resistência queima com facilidade?
Não. É uma peça trocada com mais frequência do que o chuveiro em si, mas não é feita para queimar facilmente.
“Ela é uma peça vendida separadamente. Se não fosse uma coisa que acontecesse com uma dada frequência, não venderia separado”, complementa Milene Galeti.
Segundo ela, é mais barato trocar a resistência do que o chuveiro.
Verifique a instalação
A instalação do chuveiro é um ponto importante, mas deve ser feita por partes. Primeiro, é necessário verificar se a fiação elétrica e o disjuntor são compatíveis com o modelo desejado.
“É necessário entender se o fio que tem na sua instalação suporta a corrente que o chuveiro está solicitando. Caso contrário, ou você vai ter que optar por um aparelho com uma potência menor, ou você vai ter que trocar a sua instalação”, sinaliza Galeti.
Essa etapa deve ser realizada por um eletricista, profissional especializado na área, que pode orientar o usuário para a melhor escolha e evitar consequências mais graves.
“Você nunca pode trocar só uma das peças. Deve primeiro substituir a fiação e depois o disjuntor, dispositivo que protege o fio”, explica a engenheira elétrica.
Os chuveiros são comercializados em duas voltagens, 110 V e 220 V. No entanto, é importante verificar a tensão exata do local de instalação.
“Se você tem um equipamento de 220 V e você liga no 110 V, ele não vai funcionar de forma correta, ou seja, com a potência que o fabricante fornece. Se for ao contrário, ele vai ter uma sobrecorrente e vai queimar”, finaliza Milene Galeti.
Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.