Patins: saiba como escolher o modelo ideal para crianças e adolescentes — Foto: g1
Seja para um momento de descontração em família ou uma oportunidade para praticar uma nova atividade física, os patins são uma forma de trabalhar a consciência corporal de crianças e adolescentes, de acordo com especialistas.
“A patinação em si é um esporte de baixo impacto e menos traumático para as articulações, mas se praticado de forma incorreta, pode produzir lesões”, analisa Moisés Cohen, ortopedista do Hospital Israelita Albert Einstein e professor de ortopedia e medicina do esporte da Unifesp.
O g1 também conversou com Luara Carvalho especialista em desenvolvimento infantil e treinadora de patinação para saber as principais diferenças entre os modelos quad e inline, e quais são as principais dicas para iniciantes.
Outros guias:
Patins: saiba como escolher o modelo ideal para crianças e adolescentes - Quad — Foto: g1
O modelo quad possui duas rodas na frente e atrás, e conta com um freio frontal nas duas botas o que, segundo especialistas, garante um ponto de equilíbrio para crianças que não conseguem impulsionar apenas com os movimentos do próprio corpo.
“Para crianças eu recomendo a base de plástico; já para adolescentes, o ideal é usar uma base de alumínio, que é mais resistente”, avalia Luara Carvalho.
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Patins infantil Roller Derby — Foto: Divulgação
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Patins clássico Importway — Foto: Divulgação
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Patins Bellaz Azul Traxart — Foto: Divulgação
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Patins Infantil Tradicional Fila — Foto: Divulgação
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Patins: saiba como escolher o modelo ideal para crianças e adolescentes - Inline — Foto: g1
Já o modelo inline, também conhecido como “em linha”, possui rodas enfileiradas no centro da bota.
“Com o inline você tem menos equilíbrio nas laterais, e mais estabilidade para frente e para trás”, analisa Luara Carvalho, treinador de patinação.
Patins infantil J-One Girl – Fila
Patins infantil J-One Gril Fila — Foto: Divulgação
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Patins Vollo — Foto: Divulgação
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Estrutura dos patins
Rodas – Assim como no skate as rodas dos patins são classificadas de acordo com a escala “duromater”, que avalia a sua dureza. Pode ficar entre 72A e 102A.
Já o tamanho é medido em milímetros (mm) e varia entre 54 mm e 125 mm.
Ambas as características ajudam a determinar a velocidade, a agilidade e a estabilidade dos patins durante a prática, segundo Luara Carvalho, treinadora de patinação.
As rodas são comercializadas em três tipos de material: PVC, poliuretano e plástico.
“As rodas de plástico não são indicadas porque elas desgastam rapidamente, e podem causar acidentes”, afirma Luara Carvalho.
Rolamentos – Uma das peças fundamentais, que fica entre o eixo e as rodas dos patins. Sua função é diminuir a fricção e garantir um deslizamento “suave”.
São classificados de acordo com o Comitê de Engenharia de Rolamentos Anulares (da sigla ABEC, em inglês) e variam de 1 a 9.
“A classificação é em relação à precisão do rolamento. Quanto maior o ABEC, mais preciso ele é”, complementa Luara Carvalho, treinadora de patinação.
Para crianças que estão começando, a especialista indica o ABEC-3 ou ABEC-5.
Botas ajustáveis - Para a Luara Carvalho, o ideal para crianças são patins com botas ajustáveis: “Eles conseguem acompanhar o seu crescimento”.
A quantidade de ajustes difere entre os fabricantes: “Algumas marcas começam com os tamanhos 24 e vão até o 26, o menor número que você encontra para crianças”, complementa Luara Carvalho.
O modelo quad, segundo ela, não possui tantas opções de botas ajustáveis.
“O ideal é comprar um modelo do tamanho do pé da criança, e não um número maior como acontece com os adolescentes, que estão na fase do estirão”, explica Luara Carvalho, treinadora de patinação.
Cuidados e recomendações
Para andar de patins não existem restrições, mas, de acordo com Bernardo Carvalho, fisioterapeuta, começar a partir dos 5 anos é o ideal, momento em que a criança já tem noção de equilíbrio e coordenação dos movimentos do corpo.
“Andar de patins amplia o conceito de lateralidade, muito importante para o desenvolvimento das crianças, que vão tendo conhecimento dos lados direito e esquerdo, tendo como referência o seu corpo”, explica Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e professor convidado do curso de pós-graduação da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
“Como (para) qualquer esporte, é sempre bom estar atento aos itens de segurança indicados para a modalidade. Como principal podemos destacar o uso do capacete, da joelheira, da cotoveleira e do protetor de punho, de modo a minimizar lesões em caso de queda”, indica Bernardo Sampaio.
“O uso do equipamento de proteção é fundamental porque, mesmo que a pessoa caia, ela vai ter as lesões minimizadas, principalmente o trauma de cabeça, que é sempre preocupante”, afirma Moisés Cohen.
Outro ponto que deve ser levado em conta é o treinamento de queda com os equipamentos de segurança: “Muitas vezes a criança está com os itens, mas ela não sabe como deve cair e pode, por exemplo, fazer esse movimento para trás, onde não tem nada para protegê-la”, analisa Luara Carvalho, treinadora de patinação.
Em suas aulas ela faz brincadeiras lúdicas como o clássico “Vivo/Morto” para ensinar as crianças a deslizar durante as quedas utilizando a joelheira e munhequeira.
Para os especialistas, é importante ter sempre um adulto por perto para orientar e auxiliar no aprendizado das crianças.
“Uma dica é respeitar os limites e começar devagar, para ela se adaptar aos modelos e as dificuldades”, complementa Bernardo Sampaio.
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