Smart TVs 8K ainda são bastante caras — Foto: g1
As smart TVs 8K, às vezes chamadas de "ultra full HD", chamam a atenção pelo tamanho e pelo preço. A resolução (7.680 x 4.320 pixels), mais nova e quatro vezes maior do que as 4K, cobra caro pelo que promete oferecer. Há modelos beirando os R$ 100 mil.
A questão é que ainda é raro encontrar conteúdo em 8K. O YouTube suporta vídeos nessa resolução e a Nasa disponibiliza alguns, por exemplo. No mundo dos games, isso também engatinha. E há mais opções para jogar no PC conectado a uma TV 8K do que em consoles.
Outro ponto importante é que o streaming de conteúdos em 8K vai requerer conexões ainda mais velozes: sua "popularização" deverá coincidir com a da internet 5G.
Veja abaixo uma seleção de TVs 8K e, ao fim da reportagem, 8 pontos a considerar na escolha.
Quer TVs mais baratas?
Samsung Neo QLED 8K 85QN900A – 85 polegadas
Também é vendida em 75 polegadas. A tela tem iluminação com MiniLEDs, tem frequência de 120 Hz (a maioria das TVs do mercado possui frequência menor, de 60 Hz) e conta com HDR+10 e som Dolby Digital Plus.
Outros guias:
Permite controle por voz com Alexa (assistente virtual da Amazon) e Google Assistente integrados e há 4 entradas HDMI e 3 USB.
Custava, em média, R$ 85 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
Samsung Smart Tv Qled 8K Q950ts – 85 polegadas
Também é vendida em 75 polegadas. A tela usa iluminação em QLED (pontos quânticos), tem frequência de 120 Hz, HDR10+ e som Dolby Digital Plus. Tem Alexa integrada para controle por voz e tem 4 entradas HDMI e 3 USB. Custava, em média, R$ 50 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
Samsung QLED 8K 82Q800T – 82 polegadas
Disponível também em 65 e 75 polegadas. Usando iluminação em QLED, a tela tem frequência de 120 Hz, com HDR10+ e som Dolby Digital Plus. Possui Alexa, para controle por voz, e tem 4 entradas HDMI e 2 USB.
Custava, em média, R$ 50 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
LG 75Nano95 8K IPS – 75 polegadas
Nano ou NanoCell é o nome que a LG dá para sua tecnologia de iluminação por pontos quânticos, equivalente ao QLED. Tem frequência de 60 Hz e conta com HDR10+ e som com suporte Dolby Atmos. Permite controle por voz com Alexa e Google Assistente e conta com 4 entradas HDMI 2.1 e 3 USB.
Custava, em média, R$ 15 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
LG 8K 65Nano95 – 65 polegadas
Versão menor do modelo descrito acima, também é fabricada em 55 polegadas. Custava, em média, R$ 11 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
Samsung QLED 8K 65Q800T - 65 polegadas
Versão menor da 82Q800T, com as mesmas configurações: tela com iluminação em QLED, frequência de 120 Hz, com HDR10+ e som Dolby Digital Plus. Possui Alexa, para controle por voz, e tem 4 entradas HDMI e 2 USB.
Custava, em média, R$ 11 mil em meados de novembro.
🛒Onde comprar o produto:
8 pontos para observar antes da compra
1) RESOLUÇÃO: "A prioridade é a qualidade de imagem", ensina o professor Marcelo Zuffo, coordenador do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas da Universidade de São Paulo (USP).
Atualmente, as principais tecnologias relacionadas a isso são 4K, 8K e Full HD. Elas dizem respeito à resolução da tela: quanto maior essa relação, mais nítida a imagem.
As 8K, às vezes chamadas de "ultra full HD", têm resolução de 7.680 x 4.320 pixels, quatro vezes maior do que as 4K e isso também explica por que elas são grandes. As 4K, mais comuns no mercado, tem resolução de 3.840 x 2.160 pixels. As Full HD, de (1.920 x 1.080 pixels).
2) ILUMINAÇÃO: as tecnologias de brilho e contraste também respondem pela qualidade do que se vê. Saiba aqui o que é LED, QLED (pontos quânticos), OLED e microLED, que são as opções ofertadas atualmente nas smart TVs.
3) HDR: a sigla de High Dynamic Range, em inglês, também entra nesse quesito. Ele deixa as cores mais vivas e atua também sobre brilho e contraste. Suas evoluções são o HDR10 e o HDR10+. HLG e Dolby Vision são equivalentes ao HDR.
4) FREQUÊNCIA ou taxa de atualização, é o número de vezes por segundo que a imagem (quadro) é recriada na tela. Ela é medida em hertz (Hz) e, em geral, as smart TVs possuem telas de 60 Hz (60 quadros por segundo). As que têm 120 Hz podem fazer muita diferença em games.
5) CONEXÃO DE INTERNET: de nada adianta tudo isso se a internet for ruim. Os serviços de streaming costumam recomendar em torno de 5 Mbps (megabites por segundo) para vídeos em qualidade HD. Para os 4K, ao menos 25 Mbps.
"Uma questão importante é verificar se a TV tem (entrada para cabo) Ethernet, que permite conectá-la por cabo ao modem, sem depender da rede wi-fi", destaca Zuffo.
6) SISTEMA OPERACIONAL: o especialista explica que a maioria das TVs utiliza um sistema próprio, como o webOS, da LG, e o Tizen, da Samsung. Com eles, o consumidor fica dependente das atualizações para continuar tendo acesso aos aplicativos de streaming e outros que venha a desejar.
"Em geral, depois de 5 anos, eles deixam de atualizar o sistema. A indústria de TV não é a de celular", compara Zuffo. Nesse caso, segundo ele, há duas opções. Uma são as TVs com sistemas operacionais de empresas especializadas, como o Android, do Google, e o Roku.
A segunda é recorrer aos sticks de TV, como Chromecast, também do Google, o próprio Roku, o Amazon Fire TV, entre outros.
7) HDMI E USB: são essas entradas que permitirão conectar sticks, consoles, computadores e outros dispositivos à TV. "Tem que escolher (pelo menos) o HDMI 2.0", recomenda Zuffo. Já há TVs com HDMI 2.1. E o número de entradas também é importante.
8) SOM: recursos como Dolby Atmos prometem som de cinema. Para o professor da USP, este é um item muito pessoal. "Và à loja e teste o som alto", recomenda.
Aliás, para Zuffo, a experiência presencial faz diferença até na escolha da tecnologia de imagem e também para entender a operação: mudar de canal, como instalar a TV, etc.
Vale verificar se a TV tem suporte para Bluetooth ou conexão por cabo com caixas de som e fones de ouvido.
Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.