A febre dos pop it: quais os benefícios e como escolher — Foto: Foto: g1
O pop it, uma subcategoria dos "fidget toys", os chamados “brinquedos de inquietação”, se tornou febre nos últimos meses. Segundo especialistas, ele ajuda no bem-estar psicológico das crianças, pois, nesse aperta e solta repetitivo, elas descarregam a energia acumulada.
“Eu sinto que, para eles, é uma distração porque acaba tirando da televisão e dos eletrônicos, o que estimula a imaginação e ajuda a voltar ao foco depois de um período turbulento”, opina Elisa Zaghen, criadora de conteúdo e mãe de Beatriz, de 6 anos, e Daniel , de 1 ano e 8 meses.
“Ao realizar uma atividade de concentração, você distrai o foco de estresse e de tensão. Além disso, temos a ativação sensorial e a coordenação motora com o ato de encostar e apertar”, explica Thaise Lohr Tacla, coordenadora da psicologia da PUCPR.
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O g1 listou 14 pop it em formato de figuras geométricas, personagens de desenhos animados e jogos de tabuleiro, que podem ser utilizados em grupo, para estimular a interação, ou individualmente, para aliviar o estresse - mas apenas de forma momentânea, advertem os especialistas. Veja mais observações ao fim da reportagem.
Pop it Quadrado Brink+
Pop it Quadrado Brink — Foto: Divulgação
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Pop it Coração Brink+
Pop it Coração Brink+ — Foto: Divulgação
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Pop it Tabuleiro de xadrez Tomoin
Pop it Jogo de Xadrez - Tomoin — Foto: Divulgação
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Pop it Jogo de Tabuleiro Toys — Foto: Divulgação
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Pop it Jogo de Tabuleiro Yes Toys
Pop it Jogo de Tabuleiro Yes Toys — Foto: Divulgação
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Pop it Hexagonal Yes Toys — Foto: Divulgação
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Pop it Círculo Sufen — Foto: Divulgação
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Pop it Cubo Mágico Color Baby — Foto: Divulgação
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Pop it Quebra-cabeça Toys — Foto: Divulgação
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Pop it Trevo Mind Toys — Foto: Divulgação
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Pop it Dinossauro R.P.C — Foto: Divulgação
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Pop it Unicórnio Brink+ — Foto: Divulgação
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Pop it Borboleta Brink+ — Foto: Divulgação
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Pop it Trem Amigold — Foto: Divulgação
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Psicólogos citam benefícios e fazem alerta
Você pode não ter tido um pop it, mas todo mundo já usou alguma coisa para esse fim. "(A gente age assim) naqueles momentos em que ficamos apertando as cores das canetas, balançando as pernas, batucando a mesa, estourando plástico bolha”, lembra a psicóloga Alessandra Cieri.
De acordo com especialistas, o brinquedo não deve ser utilizado na frente do computador porque a criança não está com atenção plena naquela atividade específica e, no final das contas, o apertar acaba não tendo nenhum efeito concreto.
Pop it — Foto: Giphy
“Quando você tira o foco das suas sensações, dos seus pensamentos ansiosos e se concentra em algo exterior, isso pode ser uma ferramenta de distração e é por isso que o brinquedo está categorizado como sensorial: porque ele ativa um ou mais sentidos”, avalia a psicóloga.
Seu uso em excesso, como qualquer outro brinquedo, pode ser prejudicial: “Tira a oportunidade da criança de socializar, ter um diálogo mais efetivo com a família, pode levar ao isolamento”, adverte Alessandra.
Os pais ou responsáveis, segundo ela, devem ficar atentos a essa mudança de comportamento, criando uma rotina funcional e saudável para que a criança não leve o brinquedo fora do dia indicado pela escola e que não use durante a aula.
“A atenção dos pais não pode ser substituída por um brinquedo. Ele tem a função de estimular a socialização e a interação entre a família, mas cabe à família participar desse processo de aprendizado da criança, complementa Thaise Lohr Tacla, psicóloga da PUCPR.
Bebê pode usar?
De acordo com especialistas, o brinquedo, por ser feito de silicone, não causa nenhum dano à saúde das crianças. No entanto, o processo de escolha do objeto para bebês, deve ser mais minucioso.
"O cuidado, no que se refere a faixa etária, é em relação ao tamanho (do objeto). Para um bebê, por exemplo, que utiliza a estimulação sensorial de colocar na boca e morder, pode levá-lo a engolir um pedaço. Por isso, os jogos de tabuleiros que possuem dados não devem ser utilizados", alerta a psicóloga Thaise Lohr Tacla.
Uso em consultório
Atualmente, segundo Thaise, ainda não existem evidências científicas que indiquem que o uso desses dispositivos reduz os efeitos da ansiedade e do estresse a longo prazo ou se é algo apenas momentâneo.
“O que temos são indícios de que, se a criança estiver concentrada e entender como aquele objeto funciona, ele apresenta resultados, no sentido de gerenciamento de emoções, porque ele distrai do foco do estresse”, conclui.
A psicóloga Ludmila Ribeiro atende crianças no Instituto Juntos pelo Bem, ONG que visa dar atendimentos psicológicos a indivíduos que não têm condições financeiras para arcar com o tratamento.
Ela utiliza os "fidget toys" como uma alternativa aos meios eletrônicos e pela diversidade de formatos, cores e texturas que o brinquedo proporciona à criança.
“Consigo trabalhar de forma lúdica, tem várias formas de brincar que estimulam muitas vezes a criatividade, a forma de resolver problemas e a capacidade deles que é muito importante”, explica.
Para as que apresentam dificuldade de interação, ela opta pelos jogos de tabuleiro, que são uma forma de socializar até que elas se sintam confortáveis para verbalizar o que está sentido já que, de acordo com a psicóloga, as crianças conseguem se expressar durante as brincadeiras.
No entanto, segundo Alessandra Cieri, a viralização desses brinquedos está relacionado mais à moda do momento do que aos recursos terapêuticos que ele proporciona.
“Isso é um pouco perigoso. As pessoas estão comprando para as crianças como uma solução para a ansiedade e não é. Ocorre uma camuflagem dessas sensações porque essa é uma ferramenta para trabalhar com as crianças com a assistência de um profissional”, complementa Ludmila.
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