Por Laís Ribeiro, g1


Aquecedor elétrico ou a óleo qual escolher — Foto: Juan Soares/g1

Os aquecedores tornam os cômodos da casa mais agradáveis nos dias mais frios do ano.

Os aparelhos utilizam resistências para gerar e irradiar calor no ambiente, deixando o ar, chão ou até objetos mais quentes.

São eletrodomésticos úteis, mas também com um certo risco: especialistas indicam que os aquecedores devem ser utilizados somente quando tiver alguém acordado.

Antes de dormir, é preciso desligar o equipamento para evitar a chance de causar incêndios.

Outros guias:

Existe uma variedade de modelos que se utilizam de métodos diferentes para aquecer: termoventiladores, halógenos, cerâmicos, a óleo e outros.

Para ajudar a escolher o produto que mais se adequa às suas necessidades, o Guia de Compras selecionou 8 tipos de aquecedores e listou suas características abaixo.

Halógeno

Com 800 W de potência, o AB800B é um aquecedor elétrico do tipo halógeno da Britânia. Pesa cerca de 1,2 kg.

Ele pode ser ligado em meia ou inteira potência. Tem como dispositivos de segurança o sistema contra superaquecimento e desligamento automático em caso de queda do aparelho no chão.

Com garantia de 360 dias, o produto custava R$ 144, em maio, nas lojas on-line consultadas.

Termoventilador

O Cadence AQC422 é um termoventilador de 1.500 W. É o mais leve da lista, com 850 g.

Tem duas configurações de aquecimento, média e alta. Vem ainda com a função de apenas ventilar, sem aquecer.

Possui proteção contra superaquecimento e desliga automaticamente caso o aparelho caia no chão.

Em maio, seu preço era R$ 127, nas principais lojas on-line. Tem garantia de 1 ano.

O aquecedor PAQ2000B, da Philco, tem potência de 1.500 W. O modelo pesa aproximadamente 1,5 kg.

É o único dentre os termoventiladores listados com controle de temperatura pelo termostato. Também oferece dois níveis de potência e função de ventilação sem calor.

Tem dispositivo de segurança contra superaquecimento.

Sua garantia é de 360 dias. Em maio, o produto custava R$ 300, nas lojas on-line consultadas.

O modelo A1-01, da Ventisol, é um aquecedor de potência de 1.500 W. Dentre os elétricos, é o segundo mais leve, com 1 kg.

Similar aos produtos da categoria dos termoventiladores, tem duas opções de regulagem de potência e uma para apenas ventilação.

Possui dispositivo contra superaquecimento.

Em maio, seu preço era R$ 115, nas grandes lojas da Internet. A garantia do produto é de 3 meses.

Cerâmica

O Termo Ceramic A-05, da Mondial, é um aquecedor de cerâmica de 1.500 W de potência e peso de 1,5 kg.

Possui dois níveis de regulagem de potência e controle de temperatura pelo termostato. Também pode ser usado apenas no modo ventilação, sem aquecimento.

Em caso de queda do aparelho no chão ou de superaquecimento, o aparelho desliga automaticamente.

O produto tem garantia de 1 ano. Seu preço, em maio, era R$ 220 nas lojas consultadas.

A óleo

O ConforTemp EW7707CB, da DeLonghi, é um aquecedor a óleo de 1.500 W de potência. Pesa cerca de 11,5 kg, o maior valor dentre os modelos selecionados.

Tem três configurações de potência – mínima, média e máxima – e um termostato para ajuste do calor. Ao chegar na temperatura desejada, o aparelho desliga automaticamente.

A fabricante não oferece informações sobre dispositivos de segurança.

O produto tem garantia de 1 ano e era encontrado por R$ 990, em meados de maio, nas grandes lojas da Internet.

O modelo AO3 da Ventisol pesa 7,5 kg e tem 1.500 W de potência.

Como o da DeLonghi, pode ser usado em três níveis de potência. Sua temperatura pode ser regulada pelo termostato.

Conta com sistema de desligamento automático em caso de queda.

Seu preço era R$ 495, na segunda semana de maio, nas lojas da Internet consultadas. Tem garantia de 360 dias.

O aquecedor a óleo da Philco PAQ1520P é o mais leve dentre os listados, com 7 kg – apenas 0,5 kg a menos que o da Ventisol.

Sua potência, de no máximo 1.500 W, pode ser ajustada em três níveis de intensidade. O termostato serve para fazer o ajuste fino de temperatura.

O aparelho possui dispositivos de segurança contra tombamento e superaquecimento.

Com garantia de 360 dias, o produto era encontrado por R$ 750, em maio, nas principais lojas on-line.

No que prestar atenção na hora da compra

QUAL É A DIFERENÇA? Ao buscar por aquecedores nas lojas, você vai precisar escolher se quer um aquecedor elétrico ou a óleo, e ainda pode se deparar com termos como termoventilador, halógeno e cerâmico.

Elétricos

Alguns modelos são chamados aquecedores “elétricos” – embora todos usem energia elétrica –, devido ao método de aquecimento mais simples, feito apenas através de uma resistência. Entenda como cada um funciona:

  • Termoventilador: a resistência tem formato de mola, que gera calor. O ventilador do aparelho então age dissipando a temperatura do aparelho para o ambiente.
  • Cerâmico: também usa uma ventoinha e uma resistência, que dessa vez é acoplada a placas de cerâmica, material que distribui o calor de forma mais suave. Permanece quente por mais tempo após desligado.
  • Halógeno: a resistência está dentro das lâmpadas halógenas, que aquecem e irradiam o calor. As lâmpadas ficam atrás de uma grade de metal, que pode ficar muito quente e até queimar a pele e objetos que encostarem nela.

A presença da ventoinha tem suas vantagens e desvantagens. Por um lado, a ventilação ajuda na distribuição do calor com rapidez pelo ar do ambiente.

“Já uso o meu há pelo menos 5 ou 6 anos. Ele é pequeno, mas consegue aquecer um cômodo também pequeno em poucos minutos, se estiver ligado na potência máxima”, conta Daniel Becker, que possui um termoventilador.

No caso do halógeno, que não tem esse recurso, o calor é irradiado apenas à frente e acima do aparelho.

Por outro lado, o ventilador faz barulho, que pode incomodar se ligado constantemente. As lâmpadas halógenas são silenciosas, mas têm iluminação forte e podem atrapalhar.

Os aquecedores elétricos são pequenos, portanto acabam sendo mais baratos e leves do que o aquecedor a óleo, porém não são tão duráveis.

“O problema deles para mim é que costumam ser frágeis. Já quebrei dois, que caíram e pararam de funcionar corretamente”, conta David Dias, dono dos dois tipos de modelos.

Aquecedor a óleo

No aquecedor a óleo, a resistência interna do aparelho fica submersa em óleo. O líquido esquenta de forma mais equilibrada e o ambiente é aquecido mais uniformemente.

São mais eficazes na função de esquentar uma área maior e, quando desligados, conservam a temperatura por bastante tempo.

"Se eu desligar, o quarto ainda fica quente por mais ou menos uma hora", conta Pedro Monreal, que usa o aquecedor a óleo apenas nos dias mais frios do ano.

Uma vantagem desses modelos é o termostato, que liga e desliga o aparelho automaticamente conforme o aquecimento e resfriamento do líquido. Isso ajuda a economizar no gasto de energia, que pode ser alto.

"Dá para usar metade dos filamentos ou inteiro. Eu deixo ligado por uma hora e, quando o ambiente já está quente, desligo metade dos filamentos, porque senão gasta muita energia", diz Monreal.

Outra limitação é que o aquecimento demora consideravelmente mais do que nos outros modelos, além do aparelho em si ser grande e pesado.

"É um trambolho. Conforme o peso, a rodinha não aguenta, quebra e ele vai ficar 'mancando'", avisa David Dias.

NÃO DURMA COM O AQUECEDOR LIGADO A utilização dos aquecedores deve ser feita observando uma série de cuidados, já que são aparelhos com alto risco de causar incêndios caso ocorra um curto-circuito durante o funcionamento.

“Antes de tudo, é preciso ter em mente que, ao utilizar qualquer tipo de aquecedor, é preciso manter o ambiente ventilado, para a renovação do ar”, avisa, em nota, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).

“Verifique se a instalação do equipamento está em local seguro na residência, distante de cortinas, estofados, móveis, e demais materiais inflamáveis. Não coloque nada sobre os aquecedores, já que em caso de incêndio os materiais propagarão as chamas rapidamente”, complementa o CBMSC.

Outro fator de risco é o uso prolongado dos aparelhos.

“Nunca deixe o aquecedor em funcionamento por muito tempo para que não ocorra o derretimento dos polos de eletricidade”, ensina o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR).

Os profissionais alertam ainda quanto ao perigo em usar os aparelhos em locais com água, como banheiros.

“Os modelos elétricos são os mais utilizados para aquecer banheiros antes do banho. Mas podem cair, causar um curto-circuito e iniciar um incêndio”, informa o CBMPR, em nota.

A organização diz que os aquecedores a óleo são mais seguros. “Eles possuem termostato que desliga o equipamento quando atinge a temperatura escolhida, além de não produzirem queima, evitando assim a contaminação por monóxido de carbono”, explicam.

Os perigos da contaminação são mais comuns nos aquecedores a gás, que consomem oxigênio e liberam o gás monóxido de carbono no ambiente, que pode causar desmaios e até sufocamento.

AR SECO Os aquecedores elétricos – em especial os com ventoinha – também agem como desumidificadores de ar. Isso pode ser um problema para quem tem alergias ou complicações respiratórias.

“Por conta da minha rinite, sinto a garganta muito seca com o aquecedor”, conta David Dias.

É interessante utilizar um umidificador de ar para combater os efeitos indesejados e manter a qualidade do ar dentro de casa. Veja as dicas de como escolher um desses aparelhos.

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