Terceira Ponte vai passar a ter seis faixas — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Após inauguração da Ciclovia da Vida e da ampliação da Terceira Ponte, na manhã deste domingo (27), o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fabio Damasceno, afirmou que a nova concessionária da principal via de ligação entre Vitória e Vila Velha vai ter que administrar, além das pistas para carros, a ciclovia recém-construída no local.
"A ciclovia deve entrar sim (na concessão), como forma de monitoramento, de manutenção. Ela é hoje a Terceira Ponte, então não dá para interpretar diferente", afirmou Damasceno.
Sobre a possibilidade de ter cobrança na ciclovia, o secretário garantiu que isso nunca vai ocorrer. "Isso não existe, não existe cobrança em ciclovia".
O contrato com a Rodosol, atual administradora da ponte, vence em dezembro. No dia 16 de agosto, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deu prazo de 30 dias para que o Estado apresente um plano de ação de como a nova concessão será feita.
Segundo Damasceno, o governo do Estado continua na fase de estudos do que deve acontecer com a ponte e, daqui a alguns meses, vai anunciar a decisão.
Pedágio na Terceira Ponte vai aumentar com liberação das novas faixas?
Considerada uma das principais ligações entre Vitória e Vila Velha, na Grande Vitória, a Terceira Ponte ganhou novas faixas nos dois sentidos, além da ciclovia. Diante dessas intervenções, surgiu uma dúvida: o pedágio vai sofrer alteração e aumentar de preço? O g1 foi atrás da resposta.
De acordo com a Rodosol, empresa que tem a concessão da via desde 1998, a obra realizada na Terceira Ponte foi executada pelo governo do Estado e não terá impacto sobre a tarifa do pedágio até dezembro deste ano. O secretário de estado de Mobilidade também descartou cobrança para ciclistas.
Ou seja, como as intervenções foram realizadas com recursos do estado, as obras não devem causar impactos, pelo menos neste momento, no bolso dos usuários.
Pedágio da Terceira Ponte — Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta
O último reajuste foi realizado no dia 1° de janeiro de 2023, quando a tarifa para carros e caminhonetes passou a ser R$ 2,80; para motos de R$ 1,40; e para caminhões leves, ônibus de R$ 5,60.
Vale lembrar que, após 25 anos de concessão, no dia 22 de dezembro, é justamente quando o contrato da Rodosol chega ao fim. Depois disso, como ficará o pedágio?
Questionado sobre o assunto, o governo do Estado não se posicionou a respeito de alterações ou mesmo aumento da tarifa do pedágio da Terceira Ponte. O governo já sinalizou que não deve renovar o contrato com a atual concessionária.
"O governo do Estado está tomando todas as medidas necessárias, que serão anunciadas posteriormente", informou a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) por meio de nota.
A pasta disse ainda que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) está realizando o estudo das melhores possibilidades para manutenção e operacionalização da Rodovia do Sol após o vencimento do contrato.
Obra de ampliação
Obra de ampliação da Terceira Ponte — Foto: Hélio Filho/Governo do ES
Com as obras, a Terceira Ponte conta agora com seis faixas, uma a mais em cada sentido, além de atender também os ciclistas que têm um local específico para trafegar. Com a adição a ampliação, a capacidade de tráfego de veículos nas vias vai aumentar cerca de 40%, de acordo com o governo.
Ao todo, a ponte tem tem 3,3 quilômetros de extensão e o vão central tem 70 metros de altura. A proposta de intervenções foi apresentada em 2019 pelo governo do Estado, como uma das obras prioritárias na área da mobilidade.
MPES notificou o governo do Estado
Terceira Ponte, Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta
No dia 16 de agosto deste ano, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) divulgou uma notificação recomendatória para o governo do Espírito Santo estabelecendo um prazo de 30 dias para apresentar um plano de ação de como serão feitos a exploração e o monitoramento da Terceira Ponte e dos 67,5 quilômetros da Rodovia do Sol.
No documento foi informado que a administração estadual contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que vai assessorar na elaboração de um modelo de seleção destinado à concessão do complexo formado pela ponte e rodovia. Mas os trabalhos da fundação estão previstos para serem concluídos em outubro do próximo ano.
O contrato de concessão, assinado em 1998, foi alvo de disputa judicial desde então. O governador Renato Casagrande já anunciou que não prorroga o contrato com a atual concessionária, a Rodosol.
Prazos e ações
O documento estabeleceu alguns prazos para que o governo desenvolva um Plano de Atuação, estabelecendo responsabilidades e protocolo que abranjam as novas pistas e a ciclovia, cuja inauguração está agendada para o próximo dia 27. São eles:
- Emergência - Em 10 dias, deve informar como será o atendimento de situações de emergência ocorridas nas pistas de rolamento, e na ciclovia, bem como tentativas de suicídio, acidentes, acesso indevido de pessoas e veículos, calamidades climáticas, etc, ajustando os papéis entre todos os atores envolvidos, entre eles, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, as Guardas Municipais de Vitória e Vila Velha, entre outras corporações.
- Utilização das pistas - Em 10 dias, devem ser divulgadas as regras de utilização das novas pistas, orientando os condutores de veículo quanto as pistas permitidas ou proibidas, velocidade, conduta em caso de panes mecânicas, acidentes, etc.
- Ciclovia - Também em 10 dias, devem ser divulgadas as regras de utilização da ciclovia da Terceira Ponte, orientando os usuários dos tipos de equipamentos elétricos e bicicletas permitidas ou proibidas, conduta em caso de panes, acidentes.