Por g1 ES


Marcas de azeite com venda proibida em todo o Brasil comercializavam produtos no ES

Marcas de azeite com venda proibida em todo o Brasil comercializavam produtos no ES

As marcas de azeite Torre Galiza, Coroa Real e Castelo dos Mouros, com venda proibida em todo o país, tiveram, ao todo, 240 garrafas apreendidas no Espírito Santo, nesta quarta-feira (5). O

Os produtos eram vendidos em oito supermercados da Grande Vitória e foram flagrados pela fiscalização da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon).

A fábrica das marcas Torre Galiza e Coroa Real, na cidade de Jambeiro, em São Paulo, foi fechada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em novembro de 2021, por falta autorização de funcionamento e condições sanitárias. A análise do produto detectou tratar-se de óleo de origem desconhecida e não azeite, como informado nas embalagens.

"Recebemos informações de que elas continuavam sendo comercializadas em estabelecimentos do Espírito Santo. O consumo deste tipo de produto pode trazer consequências graves para a saúde, já que, em alguns casos, as análises laboratoriais sequer identificam que tipo de óleo é aquele", declarou o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani.

Os proprietários dos estabelecimentos capixabas que continuam a vender produtos proibidos após divulgação do Mapa podem responder por crime contra relação de consumo, com pena de dois a cinco anos.

Foram apreendidas 240 garrafas de azeite adulterados em supermercados da Grande Vitória — Foto: Divulgação/PCES

Confira a lista completa das marcas irregulares interceptadas pelo ministério em 2021, em todo o Brasil:

  • Alcazar
  • Alentejano
  • Anna
  • Barcelona
  • Barcelona Vitrais
  • Castelo dos Mouros
  • Coroa Real
  • Da Oliva
  • Del Toro
  • Do Chefe
  • Épico
  • Fazenda Herdade
  • Figueira da Foz
  • llha da Madeira
  • Monsanto
  • Monte Ruivo
  • Porto Galo
  • Porto Real
  • Quinta da Beira
  • Quinta da Regaleira
  • Torre Galiza
  • Tradição
  • Tradição Brasileira
  • Valle Viejo

O dono da Valle Viejo, Robson de Freitas, disse ao g1 em novembro que as garrafas de azeite apreendidas com o nome da sua marca não foram fabricadas pela sua empresa e que, na verdade, tratam-se de uma falsificação do seu produto.

"O Ministério apreendeu uma carreta, levou para a análise e constatou que o produto era falsificado. É uma marca similar à nossa. Nós temos nosso registro todo correto e já entramos na Justiça para ratificar a denúncia", afirmou Freitas.

A Brasfoods, fabricante das marcas Barcelona, Barcelona Vitrais, Tradição e Tradição Brasileira disse ao g1 que "apenas oito lotes foram retirados das gôndolas dos mercados, todos no estado de São Paulo".

"Os demais lotes seguem rigorosamente o que determina o Ministério da Agricultura. Ressaltamos que esses produtos, caso tenham sido consumidos, não causam qualquer problema à saúde. Salientamos, por fim, que nossas marcas seguem rigorosamente os padrões de segurança alimentar, garantindo ao consumidor final um produto da mais elevada qualidade para o consumo das famílias brasileiras", disse a empresa.

A empresa Felicitá, fabricante do azeite Quinta da Beira, divulgou a seguinte nota: "A Empresa Felicitá Distribuidora e Importadora de Alimentos Ltda, na qual é uma empresa idônea, sediada e com todas licenças sanitárias devidamente legais. Informa que alguns lotes desse azeite deram insatisfatórios e ações administrativas estão sendo tomadas para correções para apurar possível cruzamento de linha de produção. Afirmamos que a empresa segue em funcionamento normal, comercializando nossos principais produtos que são óleos temperados e óleos mistos. Nosso Departamento Jurídico está tomando todas providências cabíveis afim de reparar todo e qualquer dano".

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