No computador e até no “zap”: milhões se capacitam de forma on-line para empreender

Foi o caso da empresária Maíra da Costa. Depois de alguns anos morando e trabalhando na Itália como designer gráfica, em 2015 decidiu voltar à São Paulo. Trouxe na bagagem, além de muitas histórias, dois planos de negócios: um no ramo de design e outro no de alimentação. Ambos, feitos a partir do que aprendeu nos cursos on-line do Sebrae.

Se o design parecia ser o caminho natural para Maíra, a ideia de trabalhar com alimentos veio de sua vivência com a intolerância à lactose. E, de alguma maneira, pela conexão que estabeleceu com a mãe por meio da comida. “Conversávamos quase diariamente, e geralmente durante as refeições. Eu, na Itália, preparando o meu almoço, e ela, no Brasil, cuidando do jantar. A comida nos unia, e a busca por uma alimentação saudável nos fez sonhar com o ramo da alimentação”, conta.

Pouco depois de chegar ao Brasil, foi com seus dois projetos até o Sebrae mais próximo. A ideia era apresentá-los aos especialistas e decidir o mais adequado para tocar. A escolha foi pelo ramo de alimentação. Como passo seguinte, definiu o formato do negócio: um delivery, mais condizente com a realidade econômica de Maíra e de sua mãe. Assim surgiu o Free Soul Food, especializado no que batizaram de comida inclusiva – um cardápio que respeitava diversas restrições alimentares, propondo alternativas saudáveis.

Tempos depois, criaram um bufê para eventos corporativos, até que veio a pandemia e, com ela, o isolamento social. “Nesse momento, o apoio do Sebrae foi novamente fundamental. Fizemos capacitações na trilha Empreenda Rápido para reinventar nosso negócio. Com o conhecimento que conquistamos, foi possível repensar nossos fluxos e nosso modelo de negócio. Pesquisamos o que o mercado procurava e passamos a entregar kits de alimentação para serem preparados em casa pelos clientes”, explica Maíra.

A relação com o Sebrae só se estreitava, e de aluna a empreendedora, se transformou em mentora de programas focados no empoderamento de mulheres negras e em situação de violência doméstica, além de dar palestras para públicos variados. “Privilegiamos a contratação de pessoas socialmente vulneráveis e imigrantes, como eu fui um dia. Também preferimos comprar alimentos de produtoras. Por isso, é um prazer ajudar pessoas e mostrar o poder do conhecimento – algo que aprendi com o Sebrae”, completa.

O consultor do sertão paraibano

Cajazeiras é uma pequena cidade da Paraíba com pouco mais de 60 mil habitantes. Lá vive o administrador de empresas Elaido Andrade, de 44 anos. Trabalhando como gerente financeiro de uma empresa, percebeu um mercado a ser explorado: o de consultoria empresarial. “Minha ideia é trabalhar estrategicamente nas empresas, cuidando do gerenciamento das companhias e dos fluxos de caixa. Aqui, há uma enorme carência de profissionais que ajudem pequenas empresas a desvincularem despesas pessoais de profissionais e criar fluxos bem definidos. Além disso, os empresários se queixam de que veem o dinheiro entrando, mas não sabem como ele sai. Estou me capacitando para ajudá-los nessas e em outras questões”, explica o gerente.

Enquanto não coloca seus planos em prática, Elaido investe na sua preparação, e os cursos on-line do Sebrae, em especial os oferecidos por WhatsApp, foram um divisor de águas. “Fazia os cursos rapidamente pelo WhatsApp porque são muito práticos. Estudei sobre abertura de empresas, como ser um microempreendedor individual, temas ligados a finanças, licitações e gestão de pessoas”, conta.

Para finalmente começar o negócio, o cajazeirense pretende concluir uma certificação e conquistar seu primeiro cliente. Essa será a mola propulsora para o início da vida empresarial e seus desafios como empreendedor.

DNA empreendedor

Mayele Prado é uma estudante incansável. Depois de se formar em Farmácia na Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais, trabalhou na indústria farmacêutica. Hoje atua no setor público como gerente de pronto atendimento. Embora a rotina seja corrida e cheia de imprevistos, Mayele encontra tempo para fazer cursos on-line do Sebrae, inclusive via WhatsApp e Telegram. Sim, entre um deslocamento e outro. Até o momento ela contabiliza 15 certificados nos cursos de finanças, vendas, gestão de pessoas e gestão de projetos. Para ela, as vantagens dos cursos são “a linguagem inclusiva, o conteúdo direto e didático, os recursos audiovisuais e a naturalidade com que o chatbot [robô que interage com o estudante durante o curso] conversa. Sem contar que está tudo na palma da mão”, conta.

O objetivo da farmacêutica é usar todo o conhecimento adquirido para o desenvolvimento de um projeto pessoal, que é criar uma plataforma de pesquisa para que os usuários encontrem rapidamente o que precisam com o menor custo”, relata, entusiasmada.

Por não ter conhecimentos em programação e até o momento não ter recursos, principalmente financeiros, para lançar a plataforma, vai aperfeiçoando seu plano de negócios e buscando parcerias. E, claro, mantendo suas capacitações em dia. “Tenho uma folha preenchida com os nomes dos cursos que quero fazer no Sebrae. Eles trazem vários insights para meu projeto e dão um suporte muito bom para eu ter noção dos passos que ainda preciso dar. Além disso, são cursos gratuitos, que possuem padrão elevado e são bastante atualizados com o mercado. Por isso eu valorizo tanto esse conteúdo”, diz.

E você, o que está esperando para começar?

Se empreender é o seu sonho, ou se quer transformar o seu negócio para melhor, o Sebrae pode ajudar. Só em 2022, foram realizados 20 milhões de atendimentos ao MEI, micro e pequeno empreendedor. A instituição oferece, ainda, centenas de cursos certificados de curta duração, trilhas, jogos e e-books para aprender quando e onde quiser, e gratuitamente. Quer experimentar os cursos pelo WhatsApp ou Telegram? Basta clicar aqui e escolher a opção desejada. Ela abrirá automaticamente em seu aparelho.

Cursos on-line e trilhas do Sebrae em números