Virgínia Fonseca e Samara Pink, donas da WePink — Foto: Reprodução/Instagram
A influenciadora digital Virgínia Fonseca comemorou, na última semana, o faturamento de R$ 22 milhões em apenas 13 horas com a sua marca de cosméticos, a WePink. O valor, alcançado com uma live em que promovia os produtos, é bem maior do que o investimento inicial feito por Virgínia em 2021.
A influenciadora afirmou, em uma entrevista para a revista Forbes no ano da inauguração da marca, que ela e sua sócia, Samara Pink, investiram R$ 3 milhões para tirar a empresa do papel. Apesar disso, após a publicação desta reportagem, a equipe da WePink retificou o valor e informou que o investimento foi de R$ 600 mil.
- 'Live shopping': o método que fez Virgínia comemorar faturamento de R$ 22 milhões
O que é a WePink?
A ideia da marca surgiu após a influenciadora ter problemas com acne durante a gestação da sua primeira filha, Maria Alice. Virgínia resolveu se juntar a Samara Pink, que já atuava no mercado estético com uma empresa voltada para a produção de extensão de cílios, a Pink Lash. O faturamento no primeiro mês de vida da WePink, segundo Virgínia, foi de R$ 10 milhões.
A proposta inicial do e-commerce foi criar um único “sérum 10 em 1”, que prometia desempenhar funções diversas concentradas em um único produto. Menos de três anos depois, o site tem disponíveis 35 produtos, entre eles os perfumes “Virgínia Fonseca” e “Zé Felipe”, nome da empresária e de seu marido cantor, filho do sertanejo Leonardo (cada um custa R$ 250).
Perfumes Virgínia Fonseca e Zé Felipe custam R$ 250 — Foto: Reprodução
Além de proprietária da marca, Virgínia é a garota propaganda da empresa. Nas redes sociais e no site da linha de cosméticos, há fotos da influenciadora usando e promovendo os produtos.
Os bons resultados financeiros da We Pink são percebidos pelos seguidores de Virgínia Fonseca, que fizeram comentários sobre o presente que ela deu para seu marido, o cantor Zé Felipe: um avião particular.
Críticas aos produtos
Influenciadora Karen Bachini critica maquiagem lançada por Virgínia Fonseca
Apesar do sucesso nas vendas, no dia 4 de março, Virgínia Fonseca lançou a primeira linha de bases da sua marca. O preço alto da maquiagem, no valor de R$ 199, decepcionou os consumidores.
Foram tantas as críticas ao valor que a influenciadora precisou se posicionar e reforçou as vantagens da base, com "qualidade de importado".
As críticas não se limitaram ao preço. A youtuber Karen Bachini, conhecida por fazer vídeos de beleza nas redes sociais, fez duras críticas ao lançamento.
Linha da base da WePink disponível para venda no site da marca por R$ 199,90 — Foto: Reprodução
Ao som da música "Facilita aí", do cantor Zé Felipe, ela faz a comparação do produto recém-lançado com outras 19 bases, nacionais e importadas.
“Eu achei uma proposta muito ousada ela desmerecer as bases nacionais e falar que a dela era melhor e i'nternacional', ainda mais desapontada quando eu testei e esse é o resultado dela. […] Duração ela tem. Qualidade gringa? Aqui não, meu bem”, disse Karen.
Na mesma linha de Karen, outros influenciadores se posicionaram contra o preço, a textura, a consistência e dizendo que a WePink não entregou o que prometeu. Um dia após as críticas de Karen, Virgínia usou as redes para tentar mostrar que sua base seria, sim, a prova d'água.
R$ 22 milhões em 13 horas
A influenciadora disse ter faturado mais de R$ 22 milhões em apenas 13 horas para a WePink no último dia 16. Isso usando um método que ganha cada vez mais espaço entre os empreendedores e influencers: o "live shopping". Na tradução literal, esse termo significa "vendas ao vivo" e é exatamente isso o que acontece.
As marcas — representadas por seus funcionários, donos ou influenciadores — fazem transmissões ao vivo nas redes sociais e ali alavancam as vendas nos seus sites. É um evento bem mais barato do que se fosse presencial.