Dados do Ministério da Educação obtidos com exclusividade pelo G1 mostram o histórico de repasses do governo federal a cada uma das 63 universidades federais do país na última década.
O levantamento leva em conta majoritariamente as despesas não obrigatórias, ou seja, que podem ou não sofrer cortes, já que o governo não é obrigado por lei a efetuar os repasses. Os valores já foram corrigidos pela inflação, usando como base de cálculo o IPCA médio.
Veja a situação da Universidade Federal de Rondônia (Unir), a única federal de Rondônia, que foi fundada em 1982 e, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 9.751 matrículas de graduação em 2016:
A Unir ampliou seu número de campi de sete para oito desde 2008, e criou 18 novos cursos. Em 2017, porém, o valor empenhado pelo MEC à instituição teve perdas reais de 27% comparação com 2013. Por isso, a Unir diz que se empenha em concluir apenas as obras em andamento – para 2018, ela solicitou R$ 25 milhões para isso, e diz que procura economizar em outras áreas:
- restrição de compra de passagens, "principalmente para a apresentação de trabalhos acadêmicos de docentes"
- congelamento do valor das bolsas de auxílio a estudantes
- redimensionamento de contratos
- paralisação de reformas em prédios
- paralisação da compra de equipamentos para grupos de pesquisas e laboratórios didáticos
*Com informações do G1 RO