Dados do Ministério da Educação obtidos com exclusividade pelo G1 mostram o histórico de repasses do governo federal a cada uma das 63 universidades federais do país na última década.
O levantamento leva em conta majoritariamente as despesas não obrigatórias, ou seja, que podem ou não sofrer cortes, já que o governo não é obrigado por lei a efetuar os repasses. Os valores já foram corrigidos pela inflação, usando como base de cálculo o IPCA médio.
Veja a situação das quatro universidades federais do Pará:
- Universidade Federal do Pará (Ufpa), fundada em 1960 e que, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 38.687 matrículas de graduação em 2016:
- Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), fundada em 2002 e que, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 6.573 matrículas de graduação em 2016:
- Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), fundada em 2009 e que, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 7.046 matrículas de graduação em 2016:
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), fundada em 2013 e que, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 3.264 matrículas de graduação em 2016
A Unifesspa existe há apenas seis anos, e registrou um aumento de 80% no número de novos alunos entre 2013 e 2017, de 635 para 1.158 matrículas de calouros. Desde 2008 o número de campi da Unifesspa saltou de um para cinco e 22 cursos foram criados, chegando a 38 no ano passado. Mas a instituição já opera com um orçamento menor, considerando a inflação, do que quando foi criada pelo governo federal e precisou fazer cortes em diversas áreas:
- redução de 25% no valor das bolsas de assistência estudantil
- planos parados de criação de novos cursos
- planos parados de expansão de matrículas
- troca de dois postos armados de vigilância por postos desarmados, que são mais baratos
- demissão de quatro vigilantes terceirizados, situação remediada com a conquista de recursos suplementares do MEC
*Com informações do G1 PA