Dados do Ministério da Educação obtidos com exclusividade pelo G1 mostram o histórico de repasses do governo federal a cada uma das 63 universidades federais do país na última década.
O levantamento leva em conta majoritariamente as despesas não obrigatórias, ou seja, que podem ou não sofrer cortes, já que o governo não é obrigado por lei a efetuar os repasses. Os valores já foram corrigidos pela inflação, usando como base de cálculo o IPCA médio.
Veja a situação da Universidade de Brasília (UnB), a única federal do Distrito Federal, que foi fundada em 1962 e, segundo dados mais recentes do Censo da Educação Superior, tinha 35.028 matrículas de graduação em 2016:
Nos últimos dez anos, a UnB construiu dois novos campi e abriu mais de 20 novos cursos nos seus quatro endereços atuais. Ela ainda prevê arrecadar cerca de R$ 168 milhões em 2018 em receitas próprias, mas apenas um terço pode ser aplicado em educação, segundo o novo teto de gastos. Por isso, a UnB desenhou um “plano de austeridade” que inclui:
- dispensa de mais de mil estagiários
- aumento do preço do restaurante universitário
- reajuste no aluguel de imóveis próprios
- redução no número de funcionários terceirizados – segundo o sindicato de trabalhadores da universidade, o corte pode chegar a 55% dos funcionários, mas a Reitoria não confirmou os números
*Com informações do G1 DF