27/05/2015 22h42 - Atualizado em 28/05/2015 08h39

MEC diz que greve 'com data marcada' nas federais 'não é diálogo'

Em nota, ministério diz que greve deve ser último recurso.
Sindicato nacional aprovou no dia 16, paralisação a partir desta quinta-feira.

Do G1, em São Paulo

Na véspera do início de uma greve de professores e servidores técnicos das instituições federais de ensino superior, o Ministério da Educação divulgou uma nota afirmando que buscou dialogar com as entidades representativas das categorias nas últimas semanas e que elas só devem recorrer à greve "em último caso". O comunicado foi divulgado na noite desta quarta-feira (26), e o início da greve acontece na manhã desta quinta (27), segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

De acordo com a entidade sindical, o comando de greve será instalado às 10h desta quinta em Brasília, e só depois será divulgado o primeiro levantamento oficial sobre quantas universidades e institutos federais já aderiram à greve.

O MEC afirmou que se reuniu com as entidades em busca de diálogo, "mas desde o início elas já informaram ter data marcada para a greve", diz a nota divulgada nesta quarta. "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", afirma o ministério.

No comunicado, o MEC diz que "normalmente o Poder Público atende tanto quanto pode, segundo realidades conjunturais, recursos disponíveis, agendas e acordos consagrados, sempre tendo em vista o superior fim que é a educação inclusiva de qualidade", e que "paralisações de viés combativo só devem acontecer quando não houver outros meios de resolver as questões".

'Último recurso'
Em comunicado divulgado na tarde desta quarta, o Andes-SN afirmou que a greve foi aprovada no dia 16 de maio como "o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos públicos para a educação pública, e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Públicas Federais, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos, docentes e estrutura adequada".

Em 2012, na maior greve organizada pelo sindicato, as instituições pararam em maio, e a maioria delas retomou as aulas apenas em setembro, depois de quase quatro meses de paralisação. O movimento chegou a atingir, em níveis diversos, 57 das 59 instituições.
 

 

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