Cerca de 6 em cada 10 consumidores (58,9%) não sabem quanto estão devendo, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (29) pelo pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo o levantamento, 36% não sabem também a quantidade de empresas para quem devem. Entre os que têm conhecimento, o valor médio das dívidas chega a R$ 3.422,29.
O cartão de crédito segue como maior vilão entre as contas que levaram os brasileiros a ficarem com o nome sujo, apontado por 43,4% dos entrevistados, seguido pelos empréstimos (23,5%) e cartão de lojas varejistas (19,3%).
Na média, os brasileiros têm ou tinham contas em atraso com 2,1 empresas.
Segundo a pesquisa, as principais justificativas para a falta de pagamento dessas contas foram o desemprego (29,2%) e a redução da renda (14,6%).
Os setores que mais sofreram cortes para o pagamento das contas em atraso são o de lazer (41,2%), roupas e calçados (38,6%) e alimentação fora de casa (27,5%).
A prioridade de pagamento das dívidas atrasadas é das que possuem a maior taxa de juros (37,2%), seguidas pelas que possibilitam a manutenção do consumo por serem utilizadas para o parcelamento de novas compras como cartão de crédito, cartões de lojas e crediário (22,9%).
Mais da metade tenta negociar as dívidas
O estudo mostra ainda que a estratégia mais adotada para quitar as dívidas é a tentativa de acordo com o credor ( 57,1%). No entanto, quando investigadas as maiores dificuldades enfrentadas para limpar o nome, o acordo com o credor também está em primeiro lugar, (36,3%) o que demonstra a dificuldade dos devedores no processo de negociação.
A pesquisa mostra que 8 em cada 10 brasileiros (78,8%) inadimplentes ou ex-inadimplentes fizeram uma contraproposta ao credor.
