Por Alexandro Martello, G1 — Brasília


Número de empregos no país cresce pelo sétimo mês consecutivo

Número de empregos no país cresce pelo sétimo mês consecutivo

O Brasil criou 76.599 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro deste ano, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (20).

O número é a diferença entre as contratações, que somaram 1.187.819, e o de demissões no mês passado, que totalizaram 1.111.220.

  • Foi o sétimo mês seguido com criação de postos de trabalho com carteira assinada no país;
  • O resultado de outubro também foi o melhor para um mês registrado em 2017;
  • Além disso, foi a primeira vez, desde 2013, em que as contratações superaram as demissões no mês de outubro. Deste modo, foi o melhor mês de outubro em quatro anos.

"São números que dão ainda mais certeza de que as medidas adotadas pelo governo colocaram o Brasil de volta nos trilhos do crescimento econômico", avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comenta os resultados do Caged

Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comenta os resultados do Caged

Segundo ele, os novos formatos de contrato de trabalho regulamentados pela nova lei trabalhista, o intermintente e o "home office", devem gerar dois milhões de vagas em dois anos (2018 e 2019).

Reportagem do G1 revelou, porém, que o formato de registro dos contratos intermitentes pode inflar os números do emprego formal.

Nesta segunda, Nogueira afirmou que o governo está se organizando para informa à sociedade o número de empregados contratados, e não o número de vínculos existentes para cada trabalhador intermitente.

"Vamos informar o número de pessoas formalmente com renda. E a modalidade do contrato dele", disse.

Criação de vagas de trabalho
Para meses de outubro
Fonte: Ministério do Trabalho

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, ainda de acordo com o governo, foram gerados 302.189 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o governo informou que foram demitidos 751.816 trabalhadores.

Foi o melhor resultado para os dez primeiros meses de um ano desde 2014, quando foram criados 912.287 empregos com carteira assinada.

Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2017, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a setembro. Os dados de outubro ainda são considerados sem ajuste.

Nos últimos doze meses, porém, as demissões superam as contratações em 294.305 vagas com carteira assinada.

Ao fim de outubro, o Brasil tinha 38,62 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada. No fim do mesmo mês do ano passado, o número era maior: 38,91 milhões.

Setores da economia e regiões

Em outubro deste ano, de acordo com o Ministério do Trabalho, três setores da economia contrataram mais do que demitiram. O setor que mais contratou foi o comércio, que registrou abertura de 37.321 vagas.

  • Serviços: abertura de 15.915 vagas;
  • Indústria de transformação: abertura de 33.200 vagas;

Outros cinco setores demitiram mais que contrataram no mês passado:

  • Agricultura: fechamento de 3.551 vagas;
  • Serviços de utilidade pública: fechamento de 729 vagas;
  • Indústria extrativa mineral: fechamento de 532 vagas;
  • Administração pública: fechamento de 261 postos de trabalho;
  • Construção civil: perda de 4.764 empregos com carteira;

Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de contratações em quatro das cinco regiões do país em outubro. Veja abaixo a variação do emprego formal por regiões:

  • Nordeste: +37.801 vagas;
  • Sul: +21.444 vagas;
  • Centro-Oeste: -408 vagas;
  • Norte: +4.210 vagas;
  • Sudeste: +13.552 vagas;

Salário médio de admissão

Segundo o governo, em outubro salário médio de admissão registrou queda real (após ajuste dos valores pela inflação) de 1,13%, para R$ 1.463,12. Em setembro, ele estava em R$ 1.479,89.

No acumulado do ano, porém, houve um crescimento real de 2,69%, visto que o salário médio de admissão estava em R$ 1.419,55 em dezembro do ano passado.

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